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17/09/2006 - 15h17

PMDB deve eleger maior nº de governadores; partidos da base vão encolher

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O PMDB deve sair das próximas eleições como o grande vitorioso nas sucessões estaduais. O PT e os partidos da base aliada do governo, por sua vez, devem encolher nos Estados, segundo revelam pesquisas eleitorais divulgadas ao longo deste mês.

O PSDB, um dos principais adversários políticos do PT, também deve sair um pouco menor, mas com a vantagem de emplacar governadores nos principais colégios eleitorais do país. O PFL, por sua vez, tem chances de aumentar seu quadro na comparação com as eleições passadas.

Entre os 10 maiores colégios eleitorais do país, o PMDB tem candidatos fortes no Rio de Janeiro e no Paraná. No Rio Grande do Sul, seu representante deve ir para o segundo turno em uma disputa apertada com o PT.

Nos demais Estados, a legenda deve emplacar seus candidatos no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul. E também possui candidatos que devem ir para o segundo turno nos Estados de Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Amazonas, Tocantins e Santa Catarina. E ainda por cima, seus candidatos lideram a intenção de voto no RS, AM, GO, PR, RN e SC.

Em 2002, a legenda fez 5 governadores ante os 7 eleitos pelo PSDB. Desta vez, o PMDB pode fazer entre 3 e 11 governadores, no cenário mais pessimista e no mais otimista. Os tucanos, por sua vez, podem fazer entre 4 e 6 governadores.

PT e aliados

Em 2002, PT, PSB e PPS (que ainda fazia parte da base aliada) conseguiram emplacar nove governadores naquelas eleições. Neste ano, o problema é a perda do PPS, que se aliou a tucanos e pefelistas.

Sondagens dos institutos Ibope, Datafolha e Sensus revelam que o PT tem vitórias praticamente garantidas (entre 50% e 60% de intenção de voto) no Piauí e no Acre, bem como em Sergipe, onde Marcelo Déda tem 48% da preferência eleitoral e tem larga vantagem sobre o segundo lugar.

A legenda do presidente Lula apresenta candidatos com chances de segundo turno nos Estados do Rio Grande do Sul e Pernambuco. Na melhor dos cenários (todos os candidatos ganham), o partido até poderia aumentar seu quadro de governadores na comparação com 2002 (quando elegeu 3), o que é possível, mas não provável (seus candidatos não lideram no RS e PE).

O PSB, por sua vez, pode emplacar seu candidato do Ceará e possui candidato com chances de segundo turno somente no Rio Grande do Norte.

PSDB e PFL

Os principais adversários políticos do PT e do presidente Lula podem emplacar candidatos nos principais colégios eleitorais do país, bem como nos Estados menores.

Os candidatos do PSDB e PFL tem grandes chances de vitória (acima de 50% da intenção de voto) em pelo menos cinco dos dez maiores colégios eleitorais, que representam 76% do eleitorado nacional: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará e Maranhão.

Os tucanos devem emplacar governadores em 4 Estados e dois candidatos devem ir para o segundo turno. O PFL pode fazer três, tendo outros três com chances de disputar uma segunda rodada.

O PPS, que neste ano se aliou aos tucanos e pefelistas, tem chances de vencer a eleição para o governo de Mato Grosso e Rondônia.

Risco político

Governadores, além de serem os principais interlocutores do presidente com os Estados, tradicionalmente detêm influência política sobre as bancadas federais e portanto, atuam no jogo político do Congresso Nacional.

Os governadores também são figuras-chave na discussão da reforma política, como já mostrou publicamente o presidente Lula. 'A parte dos estados [do projeto de reforma tributária] está lá no Congresso Nacional, porque eles pretendem continuar fazendo a guerra fiscal, e nós queremos fazer a reforma tributária de verdade', reclamou o presidente, durante entrevista para o 'Jornal da Globo', no final de agosto.

Para o analista Alex Agostini, da Austin Rating, o quadro estadual, aliado às expectativas de que a bancada do PT no Congresso Nacional encolha, aponta para um risco político não desprezível de crise da governabilidade em um eventual segundo mandato de Lula.

Uma possível saída, pondera o analista, está na composição com o PMDB, que deve ter uma bancada federal ainda maior em 2007, e tem boas chances nos Estados.

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