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20/09/2006 - 11h25

Conselho adia votação do processo contra Suassuna para depois das eleições

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Conselho de Ética do Senado decidiu nesta quarta-feira deixar para depois das eleições a votação do relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM) sobre o processo de cassação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Por falta de quórum, o relator pediu o adiamento da sessão. Apenas seis parlamentares compareceram à votação marcada para esta quarta-feira. O quórum mínimo para abertura de sessão no Conselho de Ética é de oito senadores.

O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), remarcou a votação do relatório para o dia 4 de outubro. "Não podemos abrir sessão tão importante com apenas quatro ou cinco senadores", disse o presidente.

As bancadas do PSDB e do PFL avisaram João Alberto (PMDB-MA) que não iriam comparecer à votação porque os senadores estariam no Rio de Janeiro para o lançamento do programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O relator considerou "estranho" os partidos não terem liberado os senadores para acompanharem a votação.

"Eu lamento a falta de quorum porque na última reunião sete ou oito senadores se comprometeram em estar aqui. Lamento que o Senado não consiga reunir oito senadores para apreciar matéria tão importante", disse Peres.

Nos bastidores, alguns senadores afirmaram que o PSDB e o PFL teriam executado manobra em favor de Suassuna para esvaziar a sessão. Com o adiamento, o senador não correria o risco de ter o pedido de cassação apresentado por Jefferson Peres às vésperas das eleições. Suassuna concorre à reeleição ao Senado na Paraíba.

O senador, no entanto, negou qualquer tentativa de manobra em seu favor. "Eu preferia que isso tivesse se resolvido hoje, tanto é que pedi para o presidente do Conselho esperar mais dez ou quinze minutos até atingirmos o quorum necessário para a sessão. Eu tinha esperança que fosse dar quórum mesmo sem o PFL e o PSDB", disse Suassuna.

Inocente

O senador reiterou inocência no processo e negou qualquer envolvimento com a máfia das ambulâncias. "Se eu fosse da quadrilha, para que eu pediria para alguém assinar por mim?", questionou Suassuna ao comentar a assinatura de sua ex-assessora Mônica Teixeira em documento que liberou recursos para a compra de ambulâncias.

Em depoimento à Corregedoria do Senado, Mônica confirmou a assinatura do documento, mas disse que agiu a pedido do ex-chefe de gabinete de Suassuna, Marcelo Carvalho, sem o conhecimento do senador.

O relator Jefferson Peres já declarou ter elementos favoráveis a Suassuna no processo. Segundo o relator, ele não teria assinado o ofício, mas se omitiu ao deixar assessores trabalharem à sua revelia.

Peres mantém sob suspense o teor de seu relatório. "Seria uma descortesia com os membros do Conselho divulgar o teor do relatório pela imprensa", disse.

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