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20/09/2006
-
13h52
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, chamou nesta quarta-feira de "baixaria eleitoral" o episódio sobre a suposta compra de um dossiê pelo PT contra ele e o tucano Geraldo Alckmin, candidato à Presidência.
"Uma baixaria organizada pelo PT, pelo presidente do PT [Ricardo Berzoini], pelo candidato do PT em São Paulo [Aloizio Mercadante] e por outros integrantes deste partido", disse Serra durante o lançamento do programa de governo de Alckmin.
O tucano disse ainda que agora é fundamental investigar a origem do dinheiro. "Trata-se de delinqüentes, de comercialização de baixaria."
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, convocou uma reunião de emergência, no Palácio da Alvorada, para tratar do dossiê. Participam do encontro o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e o publicitário da campanha, João Santana.
O presidente do PT deve explicar a participação de seus subordinados na compra do dossiê. Jorge Lorenzetti, que até ontem fazia parte da coordenação de campanha do presidente, é apontado como um dos mandantes da negociação do documento.
Expedito Afonso Veloso é diretor da área de Gestão de Riscos do Banco do Brasil e supostamente teria recepcionado Valdebran Padilha da Silva, o intermediário de Luiz Antônio Vedoin, principal envolvido no esquema dos sanguessugas e que teria produzido e tentado vender o dossiê.
Oswaldo Bargas foi secretário do Ministério do Trabalho durante a gestão de Berzoini e procurou jornalistas da revista "Época" para oferecer material contra "políticos de renome", com "fotos, vídeos e documentos", o que levantou suspeitas de que também soubesse do dossiê.
Em conversas reservadas, dirigentes do PT apostam que nas próximas horas Berzoini deve entregar o cargo de coordenador nacional da campanha de Lula e dificilmente também vai se sustentar na presidência do partido.
A avaliação é que o presidente do PT não poderá se colocar como inocente no episódio, pois este papel já pertence ao presidente Lula.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, Valdebran, que é filiado ao PT do Mato Grosso, e o advogado Gedimar Pereira Passos foram presos, em São Paulo, sob suspeita de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de Serra e Alckmin com a máfia dos sanguessugas. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão.
Gedimar afirmou à PF que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Para a PF, o advogado disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Freud". Freud Godoy pediu afastamento do cargo de assessor especial da Presidência. Ele nega as acusações.
Especial
Leia cobertura completa da máfia dos sanguessugas
Leia cobertura completa das eleições 2006
Serra chama de "baixaria eleitoral" episódio sobre dossiê
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da Folha Online, no Rio
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, chamou nesta quarta-feira de "baixaria eleitoral" o episódio sobre a suposta compra de um dossiê pelo PT contra ele e o tucano Geraldo Alckmin, candidato à Presidência.
"Uma baixaria organizada pelo PT, pelo presidente do PT [Ricardo Berzoini], pelo candidato do PT em São Paulo [Aloizio Mercadante] e por outros integrantes deste partido", disse Serra durante o lançamento do programa de governo de Alckmin.
O tucano disse ainda que agora é fundamental investigar a origem do dinheiro. "Trata-se de delinqüentes, de comercialização de baixaria."
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, convocou uma reunião de emergência, no Palácio da Alvorada, para tratar do dossiê. Participam do encontro o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e o publicitário da campanha, João Santana.
O presidente do PT deve explicar a participação de seus subordinados na compra do dossiê. Jorge Lorenzetti, que até ontem fazia parte da coordenação de campanha do presidente, é apontado como um dos mandantes da negociação do documento.
Expedito Afonso Veloso é diretor da área de Gestão de Riscos do Banco do Brasil e supostamente teria recepcionado Valdebran Padilha da Silva, o intermediário de Luiz Antônio Vedoin, principal envolvido no esquema dos sanguessugas e que teria produzido e tentado vender o dossiê.
Oswaldo Bargas foi secretário do Ministério do Trabalho durante a gestão de Berzoini e procurou jornalistas da revista "Época" para oferecer material contra "políticos de renome", com "fotos, vídeos e documentos", o que levantou suspeitas de que também soubesse do dossiê.
Em conversas reservadas, dirigentes do PT apostam que nas próximas horas Berzoini deve entregar o cargo de coordenador nacional da campanha de Lula e dificilmente também vai se sustentar na presidência do partido.
A avaliação é que o presidente do PT não poderá se colocar como inocente no episódio, pois este papel já pertence ao presidente Lula.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, Valdebran, que é filiado ao PT do Mato Grosso, e o advogado Gedimar Pereira Passos foram presos, em São Paulo, sob suspeita de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de Serra e Alckmin com a máfia dos sanguessugas. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão.
Gedimar afirmou à PF que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Para a PF, o advogado disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Freud". Freud Godoy pediu afastamento do cargo de assessor especial da Presidência. Ele nega as acusações.
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