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04/10/2000
-
19h27
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
A eleição de dois índios rivais políticos para vereador em São Valério do Sul (RS) colocou a tribo caingangue da reserva de Inhacorá, no município, em guerra interna, exigindo a intervenção da Funai (Fundação Nacional de Apoio ao Índio).
Os seguidores dos índios eleitos vereadores _João Camargo (PDT) e Danilo Gerônimo (PPB)_ entraram em conflito durante a comemoração do resultado na noite de domingo. Os simpatizantes de Camargo e de Gerônimo se apedrejaram e causaram destruição parcial de algumas casas da reserva.
Cerca de 250 índios, de uma das facções, abandonaram a reserva, indo acampar em um mato próximo. Depois foram alojados em um ginásio. As tentativas de conciliação feitas até hoje fracassaram.
O administrador da Funai em Passo Fundo, Jaci Sbardelotto, estará hoje em Inhacorá para tentar pacificar a reserva, onde moram cerca de 750 pessoas.
"Eles se dividiram por razões políticas. Mas a comunidade é ordeira e trabalhadora", disse o funcionário da Funai. "Recebemos diferentes informações dando conta de destruição de casas. Vamos avaliar a situação", disse.
Conforme a Brigada Militar (a PM Gaúcha), o grupo que saiu da reserva só aceita retornar se os adversários consertarem suas casas e os objetos que foram danificados.
O pedetista Camargo se elegeu com 101 votos, enquanto o pepebista Gerônimo conquistou sua vaga com 89 votos. O prefeito eleito, Ari Bartsch (PMDB), teve 833 votos (51,48%).
No sábado, véspera das eleições, o índio Alécio Lopes de Paula, 17, foi morto, em Faxinalzinho (norte do Estado), em briga que envolveu índios e a PM.
Leia mais no especial Eleições Online.
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Eleição provoca conflito em reserva indígena no RS
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da Agência Folha, em Porto Alegre
A eleição de dois índios rivais políticos para vereador em São Valério do Sul (RS) colocou a tribo caingangue da reserva de Inhacorá, no município, em guerra interna, exigindo a intervenção da Funai (Fundação Nacional de Apoio ao Índio).
Os seguidores dos índios eleitos vereadores _João Camargo (PDT) e Danilo Gerônimo (PPB)_ entraram em conflito durante a comemoração do resultado na noite de domingo. Os simpatizantes de Camargo e de Gerônimo se apedrejaram e causaram destruição parcial de algumas casas da reserva.
Cerca de 250 índios, de uma das facções, abandonaram a reserva, indo acampar em um mato próximo. Depois foram alojados em um ginásio. As tentativas de conciliação feitas até hoje fracassaram.
O administrador da Funai em Passo Fundo, Jaci Sbardelotto, estará hoje em Inhacorá para tentar pacificar a reserva, onde moram cerca de 750 pessoas.
"Eles se dividiram por razões políticas. Mas a comunidade é ordeira e trabalhadora", disse o funcionário da Funai. "Recebemos diferentes informações dando conta de destruição de casas. Vamos avaliar a situação", disse.
Conforme a Brigada Militar (a PM Gaúcha), o grupo que saiu da reserva só aceita retornar se os adversários consertarem suas casas e os objetos que foram danificados.
O pedetista Camargo se elegeu com 101 votos, enquanto o pepebista Gerônimo conquistou sua vaga com 89 votos. O prefeito eleito, Ari Bartsch (PMDB), teve 833 votos (51,48%).
No sábado, véspera das eleições, o índio Alécio Lopes de Paula, 17, foi morto, em Faxinalzinho (norte do Estado), em briga que envolveu índios e a PM.
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