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22/09/2006
-
19h06
da Folha Online
Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pelo "SP TV" mostra que o ex-prefeito José Serra (PSDB) se mantém à frente na disputa pelo governo de São Paulo, com 48% das intenções de voto --no levantamento anterior, ele tinha 47%.
O candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, aparece em seguida, com 23% das intenções de voto --mesmo percentual verificado no levantamento anterior.
Essa foi a primeira pesquisa Ibope realizada após a crise deflagrada pela tentativa de compra de um suposto dossiê contra o ex-ministro José Serra. Na semana passada, a PF deteve em São Paulo os petistas Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha.
O peemedebista Orestes Quércia aparece em seguida, com 9% das intenções de voto --mesmo percentual verificado no levantamento anterior.
O candidato do PDT, Carlos Apolinário, tem 2%. Os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) recebeu 1%. Os demais não atingiram 1%.
O levantamento foi feito entre terça-feira e ontem. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Num eventual segundo turno entre Serra e Mercadante, o tucano venceria com 59% das intenções de voto contra 28% do petista. Contra Quércia, Serra venceria com 63% contra 19% do peemedebista. Entre Mercadante e Quércia, o petista venceria com 44% contra 28% do adversário. O "SP TV" não divulgou o percentual de votos válidos da pesquisa.
O caso
A 15 dias das eleições, a Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
O material contra Serra seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário, que levaria o dossiê contra o tucano. O PT nega que o dinheiro seja do partido.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar. Os quatro envolvidos foram presos pela Polícia Federal.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do ex-coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula, mas, por enquanto, permanece na presidência do partido.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pelo "SP TV" mostra que o ex-prefeito José Serra (PSDB) se mantém à frente na disputa pelo governo de São Paulo, com 48% das intenções de voto --no levantamento anterior, ele tinha 47%.
O candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, aparece em seguida, com 23% das intenções de voto --mesmo percentual verificado no levantamento anterior.
Essa foi a primeira pesquisa Ibope realizada após a crise deflagrada pela tentativa de compra de um suposto dossiê contra o ex-ministro José Serra. Na semana passada, a PF deteve em São Paulo os petistas Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha.
O peemedebista Orestes Quércia aparece em seguida, com 9% das intenções de voto --mesmo percentual verificado no levantamento anterior.
O candidato do PDT, Carlos Apolinário, tem 2%. Os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) recebeu 1%. Os demais não atingiram 1%.
O levantamento foi feito entre terça-feira e ontem. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Num eventual segundo turno entre Serra e Mercadante, o tucano venceria com 59% das intenções de voto contra 28% do petista. Contra Quércia, Serra venceria com 63% contra 19% do peemedebista. Entre Mercadante e Quércia, o petista venceria com 44% contra 28% do adversário. O "SP TV" não divulgou o percentual de votos válidos da pesquisa.
O caso
A 15 dias das eleições, a Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
O material contra Serra seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário, que levaria o dossiê contra o tucano. O PT nega que o dinheiro seja do partido.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar. Os quatro envolvidos foram presos pela Polícia Federal.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do ex-coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula, mas, por enquanto, permanece na presidência do partido.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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