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23/09/2006 - 13h23

Para Heloísa, só quem vê Lula como "burro" crê que ele desconhecia dossiê

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CRISTINA CHARÃO
da Folha Online, em Sorocaba

A candidata à Presidência da República pelo PSOL, senadora Heloísa Helena, afirmou neste sábado que só quem vê o candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, como um "incompetente" e "burro" pode acreditar que o presidente não sabia da operação de compra de dossiê contra candidatos tucanos.

"Só quem tem do presidente Lula uma visão elitista e preconceituosa contra ele seria capaz de dizer que ele não sabia de nada, porque era preciso ele ser muito burro", disse Heloísa.

Comentando a afirmação do também candidato e também ex-petista Cristovam Buarque (PDT) de que "99% dos petistas não sabiam do que acontecia" no governo e no PT, a senadora fez questão de separar os ex-companheiros como joio e trigo.

"Que tem gente inteligente, honesta, socialista dentro do PT, isso tem. Como tem dentro de várias outras organizações partidárias e de outras organizações de gente que detesta partido", afirmou.

A candidata participou na manhã de hoje de uma caminhada no centro de Sorocaba (100 km a oeste de São Paulo). Em um palanque improvisado pelo PSOL local, Heloísa discursou para um grupo de militantes e alguns curiosos.

Com a voz sumindo, falou em "cordas vocais combalidas" e seus olhos se encheram de lágrimas. No final de sua fala, chorou.

Barreira

Heloísa assumiu que o PSOL está preocupado com a cláusula de barreira imposta pela minirreforma política. A cláusula exige um mínimo de cinco milhões de votos para a Câmara Federal, ou o partido perde direitos como o acesso ao Fundo Partidário.

"Como não temos dinheiro para contratar uma pesquisa qualitativa, nós não sabemos ao certo --fora a intuição, especulação--, nós não temos como analisar se há transferência de votos para a legenda, nada", comentou.

A senadora disse preferir não acreditar nas pesquisas, que a colocam em terceiro lugar na corrida presidencial. Os últimos resultados apresentados pelo Datafolha apontam a perda de um ponto percentual --de 8% para 7%.

"Como mãe de família, que ensino aos meus filhos que é proibido roubar, eu prefiro não acreditar, porque elas simbolizam a vitória do banditismo eleitoral", afirmou.

Especial
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