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23/09/2006 - 17h07

Lula diz que precisa de aliados no Congresso Nacional

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Uberlândia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em comício hoje, em Uberlândia (MG), evitou a "crise do dossiê", não comentou a pesquisa Datafolha e, mais uma vez, pediu votos para o ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, candidato ao Senado pelo PMDB, enfatizando que precisa de aliados no Senado para não ter que fazer votação "na rua".

"Precisamos construir a nossa maioria na Câmara e no Senado. Não adianta dizer [que] o cara é bonzinho; vai votar contra nós, mais um para a turma do PFL. Não dá, gente, aí nós vamos ter que ir para a rua para fazer a votação. Porque nós não podemos repetir aquele tipo de gente que tem lá. Se não melhorar o nível de pessoas comprometidas com o governo...", afirmou.

Lula não desenvolveu o raciocínio sobre o que seria "ir para a rua fazer votação". Recentemente, o jornalista Elio Gaspari, colunista da Folha, informou que, em encontro com empresários, Eugênio Staub, presidente da Gradiente, perguntou a Lula como ele pretendia fazer as reformas que julga necessárias. Lula teria dito a Staub para que não acordasse o "demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso". O Palácio do Planalto negou.

Newton, ex-rival do PT, que chegou a pedir o impeachment do ex-governador mineiro [1987-1991], disputa o Senado contra o deputado Eliseu Resende [PFL]. "Tem gente que fala que o Lula está com o Newton Cardoso. O outro [Geraldo Alckmin] está junto com quem? O outro está junto com o Eliseu Resende", disse Lula, que acrescentou, erguendo a mão de Newton: "Esse aqui, eu tenho certeza: vai votar com o governo. O outro eu tenho certeza que vai votar contra".

Lula convocou a população a ir para as ruas nestes últimos dias de campanha para "debater" o seu governo, alegando que os seus adversários querem derrotá-lo falando somente em "coisas virtuais", o que pode ser entendido como o dossiê que petistas ligados a sua campanha quiseram comprar para prejudicar adversários do PSDB.

"Nesta semana que falta, nós precisamos ocupar as ruas de Uberlândia, as ruas de Minas Gerais e as ruas do Brasil. Porque eles querem ganhar as eleições sem fazer debate econômico, administrativo. Querem ganhar as eleições apenas falando em coisas virtuais. E nós queremos tête-à-tête."

O candidato petista disse que as pessoas deveriam se informar nas universidades, com professores de história, de sociologia política e de economia, sobre a sua gestão e a comparação com governos passados no campo educacional, econômico e social. Aproveitou que um rapaz carregava um cartaz o criticando e pedindo "fora FMI" para citar aquilo como exemplo de "má informação".

"Eu quero que vocês discutam, na universidade, com os professores, com aqueles que não confiam em nós ou que não acreditam em nós, que são contra, mas nem sabem por que são contra."

Lula defendeu suas viagens e criticou os rivais por não conhecerem o Brasil. Disse que o governante deve pensar também com o "coração" para promover socialmente os mais pobres e, por esse motivo, afirmou ter escolhido recentemente Carmen Lúcia para ministra do Supremo Tribunal Federal, por ser ela de origem simples, do interior mineiro.

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