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05/10/2000 - 04h49

Direção do PSDB não quer apoio a Marta

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LUIZA DAME, da Folha de S.Paulo

A direção nacional do PSDB vai recomendar hoje que os tucanos de São Paulo não formalizem apoio à candidata petista Marta Suplicy para não fortalecer as candidaturas do PT ao governo do Estado e à Presidência da República em 2002. O anúncio foi feito ontem pelo secretário-geral do partido, deputado federal Marcio Fortes (PSDB-RJ).

"É preciso lembrar que a vitória de Marta carrega a candidatura de José Genoino a governador e a de Lula a presidente daqui a dois anos", afirmou Marcio Fortes, durante café da manhã com jornalistas.

O secretário-geral do PSDB disse que o partido vetará o apoio ao candidato do PPB, Paulo Maluf, tradicional adversário dos tucanos em São Paulo, mas integrante da base aliada em nível federal.

Segundo ele, o PSDB tem de considerar o aspecto da administração de São Paulo, mas não pode esquecer o contexto nacional. "Não podemos fortalecer o palanque do PT. Nossa obrigação é alertar para o contexto político nacional", argumentou Fortes.

Voto

A Executiva Nacional tem reunião marcada para hoje pela manhã para acertar alianças.

"A decisão final é do diretório municipal de São Paulo, mas a tendência é que todos votem em Marta", disse o presidente do PSDB, senador Teotonio Vilela Filho (AL).

Em São Paulo a tendência, segundo o líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG), é liberar o voto para a candidata petista, sem contudo se envolver diretamente na campanha eleitoral.

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), também descartou ontem, em Mogi Mirim, a possibilidade de votar em Maluf. Afirmou que não votará em branco.

No entanto, o governador não quis admitir que deve votar na candidata do PT.

"Não vou antecipar meu posicionamento que será defendido amanhã (hoje) na reunião do PSDB", disse Covas.

"Não há possibilidade de neutralidade com o ex-prefeito Paulo Maluf. Ele (Maluf) sempre será adversário", declarou.

O governador, no entanto, criticou o PT. O motivo foi a não declaração de apoio à candidatura tucana ao governo do Estado, em 98, apesar do apoio declarado de Marta. "O PT fala que o PSDB fica em cima do muro, mas quando chegou em 98 eles não decidiram apoio a ninguém."

O ministro José Serra (Saúde) também declarou ontem que não vota em Maluf, mas não revelou se votará em Marta.

Reação

O líder do PT na Câmara, Aloizio Mercadante (SP), não concorda com a tendência tucana de não se engajar na campanha de Marta. "Se o PSDB optar por recompor a aliança com Maluf, vai abdicar de um valor fundamental da sua origem: o compromisso com a ética", disse Mercadante.

Ele lembrou que, no segundo turno das eleições municipais de 1996, os tucanos não apoiaram formalmente a candidatura de Luiza Erundina, na época no PT, e Celso Pitta venceu as eleições.

A exceção, segundo Mercadante, foi o deputado Franco Montoro, morto no ano passado, que organizou um comitê pró-Luiza Erundina.

"A população mostrou que quer seriedade administrativa e austeridade. É sobre isso que o PSDB tem de decidir, escolhendo um bom prefeito para São Paulo, sem pensar em 2002", argumentou Mercadante.

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