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27/09/2006
-
21h20
LEONARDO SOUZA
FÁBIO VICTOR
da Folha de S.Paulo, em Cuiabá
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
A Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos seis petistas considerados envolvidos com a compra do dossiê contra o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra.
A partir dos telefonemas trocados entre os dois encarregados diretos de fechar o negócio, Gedimar Passos e Valdebran Padilha, com os quatro que teriam arquitetado a operação --Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Expedito Veloso e Freud Godoy--, a Polícia Federal espera reunir mais elementos para confirmar a participação de todos no caso.
A quebra dos sigilos foi requisitada pela PF na segunda-feira. Os policiais encarregados da investigação esperam também encontrar movimentações financeiras atípicas nas contas de pelo menos alguns dos envolvidos na compra do dossiê.
Valdebran e Gedimar foram presos na madrugada do dia 15 com R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil. O primeiro, apesar de ser ligado ao PT de Mato Grosso, representava o empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias e autor do dossiê. Gedimar foi designado para levar o dinheiro que chegou a ser repassado, em parte, a Valdebran.
Em depoimento logo após ter sido detido pela PF em São Paulo, Gedimar disse que o pagamento do dossiê havia sido ordenado por uma "pessoa chamada Froude ou Freud". Freud Godoy era assessor especial da Presidência até o estouro do escândalo, mas nega envolvimento no caso.
Gedimar estava subordinado a Jorge Lorenzetti, ex-coordenador da área de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valdebran disse à PF que conversou por telefone com Lorenzetti sobre dinheiro na sexta-feira em que foi preso.
Lorenzetti, no entanto, negou que tenha autorizado uma operação financeira para a aquisição dos documentos.
Na semana passada, a revista "Época" divulgou comunicado pelo qual afirmou ter sido procurada por Lorenzetti e por Oswaldo Bargas com a oferta do dossiê. Segundo a revista, os dois afirmaram que o dossiê teria "farta documentação" incriminando José Serra.
Acompanhado de Expedito, Bargas foi a Cuiabá tratar do dossiê diretamente com Vedoin no dia em que a venda do material foi fechada (dia 14). Segundo escutas realizadas pela PF, ele chegou a receber do chefe da máfia das ambulâncias um DVD com imagens de Serra.
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Justiça autoriza quebra de sigilo de envolvidos com dossiê
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FÁBIO VICTOR
da Folha de S.Paulo, em Cuiabá
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
A Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos seis petistas considerados envolvidos com a compra do dossiê contra o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra.
A partir dos telefonemas trocados entre os dois encarregados diretos de fechar o negócio, Gedimar Passos e Valdebran Padilha, com os quatro que teriam arquitetado a operação --Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Expedito Veloso e Freud Godoy--, a Polícia Federal espera reunir mais elementos para confirmar a participação de todos no caso.
A quebra dos sigilos foi requisitada pela PF na segunda-feira. Os policiais encarregados da investigação esperam também encontrar movimentações financeiras atípicas nas contas de pelo menos alguns dos envolvidos na compra do dossiê.
Valdebran e Gedimar foram presos na madrugada do dia 15 com R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil. O primeiro, apesar de ser ligado ao PT de Mato Grosso, representava o empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias e autor do dossiê. Gedimar foi designado para levar o dinheiro que chegou a ser repassado, em parte, a Valdebran.
Em depoimento logo após ter sido detido pela PF em São Paulo, Gedimar disse que o pagamento do dossiê havia sido ordenado por uma "pessoa chamada Froude ou Freud". Freud Godoy era assessor especial da Presidência até o estouro do escândalo, mas nega envolvimento no caso.
Gedimar estava subordinado a Jorge Lorenzetti, ex-coordenador da área de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valdebran disse à PF que conversou por telefone com Lorenzetti sobre dinheiro na sexta-feira em que foi preso.
Lorenzetti, no entanto, negou que tenha autorizado uma operação financeira para a aquisição dos documentos.
Na semana passada, a revista "Época" divulgou comunicado pelo qual afirmou ter sido procurada por Lorenzetti e por Oswaldo Bargas com a oferta do dossiê. Segundo a revista, os dois afirmaram que o dossiê teria "farta documentação" incriminando José Serra.
Acompanhado de Expedito, Bargas foi a Cuiabá tratar do dossiê diretamente com Vedoin no dia em que a venda do material foi fechada (dia 14). Segundo escutas realizadas pela PF, ele chegou a receber do chefe da máfia das ambulâncias um DVD com imagens de Serra.
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