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05/10/2000
-
05h00
LUIZ ANTÔNIO RYFF, da Folha de S.Paulo
O candidato do PTB à Prefeitura do Rio, Cesar Maia, vai fazer uma campanha de oposição ampla no segundo turno, com críticas aos governos municipal, estadual e federal. Maia já deu este tom oposicionista no último programa do horário eleitoral no primeiro turno, semana passada, com ataques implícitos à administração FHC.
O petebista não tem muita opção além do discurso oposicionista. A rigor, ele enfrenta uma candidatura que uniu os políticos que detêm o controle das três principais máquinas do Estado. A aliança em torno do prefeito Luiz Paulo Conde (PFL) junta o deputado Sérgio Cabral Filho (PMDB), presidente da Assembléia, e o governador Anthony Garotinho (PDT).
"As máquinas estadual e da Assembléia são poderosas. Mas nós vamos trabalhar contra elas", afirmou Maia.
No plano nacional, Maia já está comprometido com a candidatura à Presidência em 2002 de Ciro Gomes (PPS) -potencialmente um dos principais adversários dos presidenciáveis tucanos. Essa aliança com Ciro inviabiliza a possibilidade de apoio do PSDB à sua candidatura.
Maia conta, entretanto, com a omissão do governo federal no segundo turno da eleição carioca. Ele diz ter sido comunicado de que o Palácio do Planalto não irá se envolver. "Disseram de Brasília que não virá esse tipo de intervenção. Espero que não venha."
O PSDB fluminense deve anunciar sua neutralidade ainda esta semana. O presidente estadual do partido, o ex-governador Marcello Alencar, conversou com o presidente FHC sobre o assunto. A decisão tucana no Rio reflete a divisão e a falta de unidade do partido no Estado. Algumas lideranças já anunciaram quem irão apoiar individualmente antes mesmo de qualquer decisão partidária.
O deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, candidato derrotado à prefeitura, apóia Conde. O secretário-geral do PSDB, Marcio Fortes, está com Maia.
No caso dos dois outros partidos importantes na cidade, PT e PDT, dificilmente Maia poderá contabilizar um apoio explícito.
A Folha apurou que há dúvidas dentro do comando da campanha de Maia de que um apoio formal de Brizola possa agregar votos para a sua candidatura, por exemplo. Maia construiu sua carreira política em oposição a Brizola e à corrente representada por ele.
A expectativa é de que o pedetista ajude Maia concentrando suas críticas no pefelista Conde e na aliança do atual prefeito com o governador Garotinho.
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Cesar Maia amplia discurso de oposição
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O candidato do PTB à Prefeitura do Rio, Cesar Maia, vai fazer uma campanha de oposição ampla no segundo turno, com críticas aos governos municipal, estadual e federal. Maia já deu este tom oposicionista no último programa do horário eleitoral no primeiro turno, semana passada, com ataques implícitos à administração FHC.
O petebista não tem muita opção além do discurso oposicionista. A rigor, ele enfrenta uma candidatura que uniu os políticos que detêm o controle das três principais máquinas do Estado. A aliança em torno do prefeito Luiz Paulo Conde (PFL) junta o deputado Sérgio Cabral Filho (PMDB), presidente da Assembléia, e o governador Anthony Garotinho (PDT).
"As máquinas estadual e da Assembléia são poderosas. Mas nós vamos trabalhar contra elas", afirmou Maia.
No plano nacional, Maia já está comprometido com a candidatura à Presidência em 2002 de Ciro Gomes (PPS) -potencialmente um dos principais adversários dos presidenciáveis tucanos. Essa aliança com Ciro inviabiliza a possibilidade de apoio do PSDB à sua candidatura.
Maia conta, entretanto, com a omissão do governo federal no segundo turno da eleição carioca. Ele diz ter sido comunicado de que o Palácio do Planalto não irá se envolver. "Disseram de Brasília que não virá esse tipo de intervenção. Espero que não venha."
O PSDB fluminense deve anunciar sua neutralidade ainda esta semana. O presidente estadual do partido, o ex-governador Marcello Alencar, conversou com o presidente FHC sobre o assunto. A decisão tucana no Rio reflete a divisão e a falta de unidade do partido no Estado. Algumas lideranças já anunciaram quem irão apoiar individualmente antes mesmo de qualquer decisão partidária.
O deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, candidato derrotado à prefeitura, apóia Conde. O secretário-geral do PSDB, Marcio Fortes, está com Maia.
No caso dos dois outros partidos importantes na cidade, PT e PDT, dificilmente Maia poderá contabilizar um apoio explícito.
A Folha apurou que há dúvidas dentro do comando da campanha de Maia de que um apoio formal de Brizola possa agregar votos para a sua candidatura, por exemplo. Maia construiu sua carreira política em oposição a Brizola e à corrente representada por ele.
A expectativa é de que o pedetista ajude Maia concentrando suas críticas no pefelista Conde e na aliança do atual prefeito com o governador Garotinho.
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