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28/09/2006
-
21h12
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha, em Maceió
A menos de uma semana da eleição, a ex-primeira-dama Rosane Malta, hoje separada de Fernando Collor de Mello (PRTB), participou de um culto evangélico na noite da última terça-feira, em Maceió, no qual criticou o ex-presidente da República (1990-1992) e pediu aos fiéis para que olhassem para o "passado" dos candidatos. Sem citar o nome do ex-marido, aconselhou os fiéis a procurar os "melhores servos de Deus" ao escolher em quem votar.
"Procurem ver quem são melhores servos de Deus. Olhem para o passado do candidato, para o futuro, vejam como estão fazendo [a campanha]. Nosso voto é uma arma", disse Rosane, em um depoimento público. Collor é candidato ao Senado por Alagoas e disputa a liderança nas pesquisas com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
A ex-primeira-dama, que há um ano e cinco meses se converteu à religião evangélica, participou de um culto em comemoração ao lançamento do CD com depoimentos da missionária da igreja do Evangelho Quadrangular Maria Cecília da Silva, no ginásio de uma escola particular, no bairro Benedito Bentes, a cerca de 20 km do centro de Maceió.
"Nunca abri minha boca para falar absolutamente nada em relação a Fernando [Collor] ou de quem quer que seja. Hoje, não vim com o intuito de prejudicar ninguém, mas vim para testemunhar algo que aconteceu na vida de uma amiga. Se coincidiu com a eleição, foi porque Deus quis", disse a ex-primeira-dama, durante o evento.
Em seu discurso, Rosane disse que seu ex-marido lhe "tirou tudo" financeira e emocionalmente e que ele tem agora um "casamento fictício". "Passei por todos os problemas que vocês possam imaginar. Ele me tirou tudo, financeiramente, emocionalmente. Arranjou um casamento fictício, de mentira [com a arquiteta Caroline Medeiros]. Mas tenho um advogado maior, que é Deus. Ele vai dar a resposta", disse. O suplente na chapa de Collor, Euclides Mello (PRTB), primo do ex-presidente, disse que o candidato não iria comentar o assunto.
Um dia antes do culto, Maria Cecília havia dado uma entrevista ao jornal "Tribuna de Alagoas", cujo diretor é irmão de Ronaldo Lessa, dizendo que, quando foi mãe-de-santo, trabalhou para Collor e Rosane. Há 12 anos ela se converteu à religião evangélica. Exemplares do jornal com a entrevista de Maria Cecília estão sendo distribuídos no interior do Estado pela coligação que apóia Ronaldo Lessa.
O presidente da igreja do Evangelho Quadrangular em Alagoas, o vereador e pastor João Luís Rocha (PTB), disse que foi surpreendido com a entrevista dada pela missionária ao jornal e que a igreja não teve envolvimento com o fato. Para ele, o conteúdo da entrevista, publicada na véspera da eleição, pode prejudicar a intenção de voto do eleitor religioso no candidato Collor.
Maria Cecília não quis dar entrevista à Folha. A reportagem não conseguiu falar com a ex-primeira-dama. Rosane disse em seu depoimento que no dia do culto recebeu ameaças por telefone para que não participar do evento. "Disseram que, se eu falasse [no culto], não voltaria, e eu disse: 'Vou falar e vou voltar porque o sangue de Cristo tem poder'". Rosane, no entanto, não disse de quem teriam partido as ameaças.
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Leia cobertura completa das eleições 2006
Ex-mulher de Collor pede que eleitores olhem para o passado de candidatos
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da Agência Folha, em Maceió
A menos de uma semana da eleição, a ex-primeira-dama Rosane Malta, hoje separada de Fernando Collor de Mello (PRTB), participou de um culto evangélico na noite da última terça-feira, em Maceió, no qual criticou o ex-presidente da República (1990-1992) e pediu aos fiéis para que olhassem para o "passado" dos candidatos. Sem citar o nome do ex-marido, aconselhou os fiéis a procurar os "melhores servos de Deus" ao escolher em quem votar.
"Procurem ver quem são melhores servos de Deus. Olhem para o passado do candidato, para o futuro, vejam como estão fazendo [a campanha]. Nosso voto é uma arma", disse Rosane, em um depoimento público. Collor é candidato ao Senado por Alagoas e disputa a liderança nas pesquisas com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
A ex-primeira-dama, que há um ano e cinco meses se converteu à religião evangélica, participou de um culto em comemoração ao lançamento do CD com depoimentos da missionária da igreja do Evangelho Quadrangular Maria Cecília da Silva, no ginásio de uma escola particular, no bairro Benedito Bentes, a cerca de 20 km do centro de Maceió.
"Nunca abri minha boca para falar absolutamente nada em relação a Fernando [Collor] ou de quem quer que seja. Hoje, não vim com o intuito de prejudicar ninguém, mas vim para testemunhar algo que aconteceu na vida de uma amiga. Se coincidiu com a eleição, foi porque Deus quis", disse a ex-primeira-dama, durante o evento.
Em seu discurso, Rosane disse que seu ex-marido lhe "tirou tudo" financeira e emocionalmente e que ele tem agora um "casamento fictício". "Passei por todos os problemas que vocês possam imaginar. Ele me tirou tudo, financeiramente, emocionalmente. Arranjou um casamento fictício, de mentira [com a arquiteta Caroline Medeiros]. Mas tenho um advogado maior, que é Deus. Ele vai dar a resposta", disse. O suplente na chapa de Collor, Euclides Mello (PRTB), primo do ex-presidente, disse que o candidato não iria comentar o assunto.
Um dia antes do culto, Maria Cecília havia dado uma entrevista ao jornal "Tribuna de Alagoas", cujo diretor é irmão de Ronaldo Lessa, dizendo que, quando foi mãe-de-santo, trabalhou para Collor e Rosane. Há 12 anos ela se converteu à religião evangélica. Exemplares do jornal com a entrevista de Maria Cecília estão sendo distribuídos no interior do Estado pela coligação que apóia Ronaldo Lessa.
O presidente da igreja do Evangelho Quadrangular em Alagoas, o vereador e pastor João Luís Rocha (PTB), disse que foi surpreendido com a entrevista dada pela missionária ao jornal e que a igreja não teve envolvimento com o fato. Para ele, o conteúdo da entrevista, publicada na véspera da eleição, pode prejudicar a intenção de voto do eleitor religioso no candidato Collor.
Maria Cecília não quis dar entrevista à Folha. A reportagem não conseguiu falar com a ex-primeira-dama. Rosane disse em seu depoimento que no dia do culto recebeu ameaças por telefone para que não participar do evento. "Disseram que, se eu falasse [no culto], não voltaria, e eu disse: 'Vou falar e vou voltar porque o sangue de Cristo tem poder'". Rosane, no entanto, não disse de quem teriam partido as ameaças.
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