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28/09/2006 - 23h05

Lula critica "pequena elite preconceituosa" em seu último discurso de campanha

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, fez hoje em seu último discurso de campanha críticas ao que chamou de "pequena elite preconceituosa", que, segundo ele, gostaria de trocar de povo. Lula discursou por cerca de 20 minutos e evitou falar de escândalos como a susposta compra do dossiê contra candidatos tucanos.

Tuca Vieira/Folha Imagem
Lula faz discurso de 20 minutos durante comício final da campanha em São Bernardo do Campo
Lula faz discurso de 20 minutos durante comício final da campanha em São Bernardo do Campo
Lula foi ao comício em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, acompanhado por 10 de seus ministros, do vice-presidente José Alencar e não citou seus adversários na disputa eleitoral. O candidato do PT desistiu de comparecer ao debate entre presidenciáveis promovido na noite desta quinta-feira pela TV Globo no Rio de Janeiro.

Os deputados acusados de envolvimento com o esquema do "mensalão", Professor Luizinho e José Mentor, também subiram ao palco.

"Eu não poderia deixar de vir a este comício por nada neste mundo", disse Lula em sua única referência indireta ao fato de não ter comparecido ao debate da TV Globo.

Lula fez promessas para a área de educação como a ampliação do Prouni e a de estender a Universidade do ABC para São Bernardo. Durante seu discurso, Lula chamou o ministro Luiz Marinho para falar sobre o mercado de trabalho, a geração de empregos e o crescimento da renda.

Lula fez uma pequena menção a seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e disse que ele [FHC] esperava que Lula falhasse para voltar ao poder. "Ele achou que iria voltar como salvador da pátria".

As críticas mais pesadas do presidente foram dirigidas à imprensa. "Eu, se puder vou publicar um livro sobre alguns articulistas deste país", disse. "No fundo há uma questão de pele em jogo. Não estava escrito que a minha classe podia chegar ao poder", afirmou.

Lula voltou a criticar o que chamou de uma "pequena elite preconceituosa deste país", que, segundo ele, gostaria de "trocar de povo." "Qualquer dia eles vão fazer um decreto anulando a parte pobre que vota", disse.

O presidente falou também sobre indicadores econômicos positivos de seu governo, como queda nos preços da alimentação e de sua proximidade com a população de baixa renda. "Eu cheguei lá, mas não saí do meio de vocês".

Lula procurou rebater as acusações de seu principal adversário, o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, de que age de forma autoritária. "Tudo o que alguns querem é me chamar de autoritário, mas a democracia é minha essência", disse.

A ausência de Lula no debate da TV Globo só foi citada uma vez, pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), que discursou antes de Lula no comício. Segundo Marta, o presidente teria adorado responder algumas perguntas como "conseguiu diminuir a pobreza e reduzir a internação de crianças por desnutrição", disse.

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