Publicidade
Publicidade
30/09/2006
-
09h29
ANDRÉA MICHAEL
SHEILA D'AMORIM
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A casa de câmbio Disk Line foi quem comprou parte dos US$ 248 mil apreendidos pela Polícia Federal com petistas que tentavam, no dia 15, negociar um dossiê contra o tucano José Serra. Com escritórios em São Paulo e Rio, a Disk Line é de Marco Antônio Cursini.
Segundo a Folha apurou, os dados do BC repassados à PF apontam a Disk Line como sendo a empresa que adquiriu os dólares das corretoras Action e EBS, com sede em São Paulo. O dinheiro negociado por essas corretoras (cerca de US$ 110 mil) fazia parte de um lote de US$ 15 milhões comprado pelo banco Sofisa junto ao Commerzbank de Frankfurt, no dia 15 de agosto.
A identificação de um dos compradores dos dólares envolvidos no escândalo surge um dia depois de a oposição criticar duramente a PF e o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) de estarem escondendo o nome do comprador. Horas após os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (PFL-PI) saírem de um encontro com o presidente do BC, Henrique Meirelles, acusando Bastos de ser "cúmplice de um crime", BC e PF começaram oficialmente a trabalhar em conjunto nas investigações.
O BC divulgou nota na quinta-feira afirmando que não tinha sido procurado para ajudar no rastreamento dos dólares. Enquanto isso, a PF explicou, em nota, que "em um levantamento realizado junto ao Banco Central constatou que a operação de compra de dólares pelo banco Sofisa S/A atendeu a todas as exigência legais".
Ontem, o BC informou que foi procurado pela PF no meio da tarde, logo após ter sido divulgada a nota oficial relatando a conversa de Meirelles com os senadores. Muito antes disso, a PF já sabia que parte dos US$ 248 mil tinha sido comprado por uma mesma pessoa em quatro locais. Além das corretoras EBS e Action, uma outra parte dos recursos veio da corretora Pioneer e duma agência do banco Safra em São Paulo.
Ontem, o diretor da corretora Action, Ricardo Cardoso, informou que não havia sido procurado nem pela PF e nem pelo BC. Ele explicou que opera regularmente com o banco Sofisa mas que, em setembro, não fez nenhuma compra de dólares com a instituição. Em agosto, comprou dólares do Sofisa.
Segundo Cardoso, todas as operações realizadas estão devidamente registradas como determinam as regras do BC. A direção da EBS não respondeu aos contatos da reportagem. Já o diretor da Pioneer, João Medeiros, afirmou que há um ano não opera com a Sofisa. O Safra informou que tinha enviado as informações solicitadas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise do dossiê
PF identifica a casa de câmbio que comprou dólares de petistas
Publicidade
SHEILA D'AMORIM
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A casa de câmbio Disk Line foi quem comprou parte dos US$ 248 mil apreendidos pela Polícia Federal com petistas que tentavam, no dia 15, negociar um dossiê contra o tucano José Serra. Com escritórios em São Paulo e Rio, a Disk Line é de Marco Antônio Cursini.
Segundo a Folha apurou, os dados do BC repassados à PF apontam a Disk Line como sendo a empresa que adquiriu os dólares das corretoras Action e EBS, com sede em São Paulo. O dinheiro negociado por essas corretoras (cerca de US$ 110 mil) fazia parte de um lote de US$ 15 milhões comprado pelo banco Sofisa junto ao Commerzbank de Frankfurt, no dia 15 de agosto.
A identificação de um dos compradores dos dólares envolvidos no escândalo surge um dia depois de a oposição criticar duramente a PF e o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) de estarem escondendo o nome do comprador. Horas após os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (PFL-PI) saírem de um encontro com o presidente do BC, Henrique Meirelles, acusando Bastos de ser "cúmplice de um crime", BC e PF começaram oficialmente a trabalhar em conjunto nas investigações.
O BC divulgou nota na quinta-feira afirmando que não tinha sido procurado para ajudar no rastreamento dos dólares. Enquanto isso, a PF explicou, em nota, que "em um levantamento realizado junto ao Banco Central constatou que a operação de compra de dólares pelo banco Sofisa S/A atendeu a todas as exigência legais".
Ontem, o BC informou que foi procurado pela PF no meio da tarde, logo após ter sido divulgada a nota oficial relatando a conversa de Meirelles com os senadores. Muito antes disso, a PF já sabia que parte dos US$ 248 mil tinha sido comprado por uma mesma pessoa em quatro locais. Além das corretoras EBS e Action, uma outra parte dos recursos veio da corretora Pioneer e duma agência do banco Safra em São Paulo.
Ontem, o diretor da corretora Action, Ricardo Cardoso, informou que não havia sido procurado nem pela PF e nem pelo BC. Ele explicou que opera regularmente com o banco Sofisa mas que, em setembro, não fez nenhuma compra de dólares com a instituição. Em agosto, comprou dólares do Sofisa.
Segundo Cardoso, todas as operações realizadas estão devidamente registradas como determinam as regras do BC. A direção da EBS não respondeu aos contatos da reportagem. Já o diretor da Pioneer, João Medeiros, afirmou que há um ano não opera com a Sofisa. O Safra informou que tinha enviado as informações solicitadas.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice