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01/10/2006
-
12h59
RENATO SANTIAGO
da Folha Online
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, evitou comentar neste domingo a possível influência da divulgação das fotos do R$ 1,7 milhão que seriam supostamente usados na compra de um dossiê contra tucanos nas eleições.
"Não dá para dizer que isso teve influência ou vai ter influência na formação do voto. O fato é que a Polícia Federal trabalhou muito bem e vai desvendar o caso sob todos os aspectos", disse Bastos na escola onde vota, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.
As fotos do dinheiro foram entregues a jornalistas pelo delegado Edmilson Pereira Bruno, da PF de São Paulo, nesta sexta-feira. "Tudo vai ser investigado, será dado o direito de defesa [a Bruno], e o caso será resolvido dentro do devido processo legal", disse Bastos.
Ontem, Bruno disse que divulgou as fotos "seguindo a consciência", sem sofrer pressão. "As fotos não estavam em sigilo. Não cometi nenhum crime", disse.
Para Bastos, mesmo com o envolvimento do delegado na divulgação das imagens, a Polícia Federal não pode ser acusada de ter atuação política. "Não acredito que se possa fazer qualquer acusação à PF. Ela é uma instituição do Estado, não do governo".
Dossiê
A 15 dias das eleições, a PF apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas. O material seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo com o dinheiro. Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi 'contratado pela Executiva Nacional do PT' para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Após o episódio, Freud Godoy, então assessor da Presidência, pediu afastamento do cargo. Ele seria o contato de Gedimar dentro do PT. Ricardo Berzoini, presidente do PT, seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- deixaram a campanha.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Em São Paulo, o candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na 'IstoÉ' contra Serra.
Com Folha de S.Paulo
Especial
Leia a cobertura completa sobre as eleições 2006
Bastos diz que não dá para avaliar se divulgação de fotos vai influenciar eleição
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da Folha Online
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, evitou comentar neste domingo a possível influência da divulgação das fotos do R$ 1,7 milhão que seriam supostamente usados na compra de um dossiê contra tucanos nas eleições.
"Não dá para dizer que isso teve influência ou vai ter influência na formação do voto. O fato é que a Polícia Federal trabalhou muito bem e vai desvendar o caso sob todos os aspectos", disse Bastos na escola onde vota, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.
As fotos do dinheiro foram entregues a jornalistas pelo delegado Edmilson Pereira Bruno, da PF de São Paulo, nesta sexta-feira. "Tudo vai ser investigado, será dado o direito de defesa [a Bruno], e o caso será resolvido dentro do devido processo legal", disse Bastos.
Ontem, Bruno disse que divulgou as fotos "seguindo a consciência", sem sofrer pressão. "As fotos não estavam em sigilo. Não cometi nenhum crime", disse.
Para Bastos, mesmo com o envolvimento do delegado na divulgação das imagens, a Polícia Federal não pode ser acusada de ter atuação política. "Não acredito que se possa fazer qualquer acusação à PF. Ela é uma instituição do Estado, não do governo".
Dossiê
A 15 dias das eleições, a PF apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas. O material seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo com o dinheiro. Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi 'contratado pela Executiva Nacional do PT' para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia.
Após o episódio, Freud Godoy, então assessor da Presidência, pediu afastamento do cargo. Ele seria o contato de Gedimar dentro do PT. Ricardo Berzoini, presidente do PT, seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- deixaram a campanha.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Em São Paulo, o candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na 'IstoÉ' contra Serra.
Com Folha de S.Paulo
Especial
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