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01/10/2006
-
22h26
da Folha Online
O candidato tucano José Serra já está virtualmente eleito governador de São Paulo neste domingo em primeiro turno e, com isso, conquistou para o PSDB o quarto mandato seguido de governador no mais populoso Estado do país.
Com 76,61% das urnas apuradas, o tucano tinha 58,57% dos votos válidos e não será mais alcançado pelo segundo colocado, Aloizio Mercadante (PT), com 31,27%. O próprio Mercadante já admitiu a derrota e cumprimentou Serra pela vitória.
Serra, no entanto, afirmou que vai aguardar a apuração de ao menos 85% dos votos antes de comemorar a vitória. O local da comemoração, porém, já está escolhido: o Espaço São Paulo, em Pinheiros.
O tucano deixou sua casa para votar na hora do almoço, retornou para sua residência e saiu à janela apenas acenar para a imprensa e fazer breves comentários sobre as apurações.
O resultado confirma o favoritismo constatado pelo Datafolha na véspera do pleito. A última pesquisa do instituto, divulgada ontem, mostrou o tucano com 53% das intenções de voto e 59% dos votos válidos, contra 22% e 25%, respectivamente, do petista Aloizio Mercadante.
Na reta final da eleição, Mercadante chegou a subir nas pesquisas, mas o escândalo da compra de um dossiê contra tucanos poucos dias antes da eleição interrompeu sua reação.
Acusado de ter negociado a compra do dossiê, o coordenador de comunicação da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, foi afastado do cargo, mas o estrago já estava feito.
José Serra Chirico, 64, nasceu em São Paulo em 19 de março de 1942. É filho único de um imigrante italiano com uma filha de imigrantes italianos.
Em 1960, iniciou o curso de engenharia civil na USP (Universidade de São Paulo), o qual não foi concluído. Foi líder estudantil nos anos 60 e chegou à presidência da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1963.
Em 1964, em razão do golpe militar no Brasil, exilou-se e passou pela Bolívia, Uruguai e Chile, onde iniciou sua carreira acadêmica e casou-se com Monica Allende. Cursou economia na Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e fez mestrado na Universidade do Chile. Em 1973, com o golpe do general Augusto Pinochet, seguiu para os EUA, doutorando-se em Cornell em 1977.
Volta ao Brasil
Voltou ao Brasil em 1978 e entrou no MDB, mas o regime o impediu de disputar a eleição. Serra iniciou sua vida pública como secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, em 1983, durante o governo Franco Montoro (1983-1987). Três anos depois, foi eleito deputado federal e, em 1990, reeleito.
Na Assembléia Constituinte, foi autor do artigo que determinou a realização de um plebiscito sobre qual regime de governo o país seguiria (presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia) e da emenda que criou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). No mandato seguinte, instituiu o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que ajudou a viabilizar o seguro-desemprego.
Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos. No ano seguinte, porém, deixou o cargo para integrar a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Foi ministro do Planejamento de 1995 a 1996 e deixou a pasta para concorrer à Prefeitura de São Paulo --ficou atrás de Celso Pitta e Luiza Erundina.
Voltou ao governo em 1998 como ministro da Saúde, cargo ocupado até fevereiro de 2002. Naquele ano, disputou a presidência da República, quando perdeu para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2004, levou pela primeira vez o PSDB à Prefeitura de São Paulo, vencendo Marta Suplicy (PT), que tentava a reeleição.
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Leia cobertura completa das eleições 2006
Serra está virtualmente eleito em primeiro turno para governo de SP
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O candidato tucano José Serra já está virtualmente eleito governador de São Paulo neste domingo em primeiro turno e, com isso, conquistou para o PSDB o quarto mandato seguido de governador no mais populoso Estado do país.
Com 76,61% das urnas apuradas, o tucano tinha 58,57% dos votos válidos e não será mais alcançado pelo segundo colocado, Aloizio Mercadante (PT), com 31,27%. O próprio Mercadante já admitiu a derrota e cumprimentou Serra pela vitória.
Serra, no entanto, afirmou que vai aguardar a apuração de ao menos 85% dos votos antes de comemorar a vitória. O local da comemoração, porém, já está escolhido: o Espaço São Paulo, em Pinheiros.
O tucano deixou sua casa para votar na hora do almoço, retornou para sua residência e saiu à janela apenas acenar para a imprensa e fazer breves comentários sobre as apurações.
O resultado confirma o favoritismo constatado pelo Datafolha na véspera do pleito. A última pesquisa do instituto, divulgada ontem, mostrou o tucano com 53% das intenções de voto e 59% dos votos válidos, contra 22% e 25%, respectivamente, do petista Aloizio Mercadante.
Na reta final da eleição, Mercadante chegou a subir nas pesquisas, mas o escândalo da compra de um dossiê contra tucanos poucos dias antes da eleição interrompeu sua reação.
Acusado de ter negociado a compra do dossiê, o coordenador de comunicação da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, foi afastado do cargo, mas o estrago já estava feito.
José Serra Chirico, 64, nasceu em São Paulo em 19 de março de 1942. É filho único de um imigrante italiano com uma filha de imigrantes italianos.
Em 1960, iniciou o curso de engenharia civil na USP (Universidade de São Paulo), o qual não foi concluído. Foi líder estudantil nos anos 60 e chegou à presidência da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1963.
Em 1964, em razão do golpe militar no Brasil, exilou-se e passou pela Bolívia, Uruguai e Chile, onde iniciou sua carreira acadêmica e casou-se com Monica Allende. Cursou economia na Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e fez mestrado na Universidade do Chile. Em 1973, com o golpe do general Augusto Pinochet, seguiu para os EUA, doutorando-se em Cornell em 1977.
Volta ao Brasil
Voltou ao Brasil em 1978 e entrou no MDB, mas o regime o impediu de disputar a eleição. Serra iniciou sua vida pública como secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, em 1983, durante o governo Franco Montoro (1983-1987). Três anos depois, foi eleito deputado federal e, em 1990, reeleito.
Na Assembléia Constituinte, foi autor do artigo que determinou a realização de um plebiscito sobre qual regime de governo o país seguiria (presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia) e da emenda que criou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). No mandato seguinte, instituiu o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que ajudou a viabilizar o seguro-desemprego.
Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos. No ano seguinte, porém, deixou o cargo para integrar a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Foi ministro do Planejamento de 1995 a 1996 e deixou a pasta para concorrer à Prefeitura de São Paulo --ficou atrás de Celso Pitta e Luiza Erundina.
Voltou ao governo em 1998 como ministro da Saúde, cargo ocupado até fevereiro de 2002. Naquele ano, disputou a presidência da República, quando perdeu para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2004, levou pela primeira vez o PSDB à Prefeitura de São Paulo, vencendo Marta Suplicy (PT), que tentava a reeleição.
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