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01/10/2006 - 23h47

Cabral e Frossard disputam governo do Rio no segundo turno

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CLARICE SPITZ
DENYSE GODOY
da Folha Online, no Rio e em São Paulo

O senador Sergio Cabral (PMDB) e a juíza e deputada federal Denise Frossard (PPS) vão disputar, no segundo turno, o governo do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com o definido pela votação realizada neste domingo.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que 100% dos votos no Estado já foram apurados. Cabral teve 3.422.345 votos, o que corresponde a 41,42% dos votos válidos. Frossard ficou com 1.964.987 votos, ou 23,78%.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira, Cabral tinha 53% das intenções de voto para o segundo turno, contra 35% de Frossard.

Marcelo Crivella (PRB) terminou o pleito em terceiro lugar, com 1.531.410 votos (18,54%). A pesquisa de boca-de-urna realizada pelo Ibope apontava que Frossard tinha 23% dos votos válidos e Crivella, 21%. Como a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, Frossard e Crivella estavam tecnicamente empatados.

De 9.255.434 votos no Estado, 8.262.048 (89,27% do total) foram válidos; 399.199 (4,31% do total), brancos, e 594.187 (6,42% do total), nulos. Houve 1.635.577 abstenções, o que corresponde a 15,02% do eleitorado de 10.891.293 pessoas.

Vladimir Palmeira (PT) teve 633.593 votos --7,67% dos votos válidos. Eduardo Paes (PSDB) ficou com 440.478 (5,33%); Lupi (PDT), com 125.735 (1,52%); e Milton Temer (PSOL), com 118.935 (1,44%).

Os candidatos Eliane Cunha (PRP), Luiz Novaes (PSDC), Alexandre Furtado (PSL) e Thelma Maria (PCO) tiveram menos de 1% dos votos cada um.

Cabral

Ex-presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Cabral é a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo e disse que não hesitaria em contar com a intervenção do Exército para ajudar a conter a violência no Estado. Ele conta com o apoio do casal Anthony e Rosinha Garotinho.

Neste ano, Garotinho foi descartado pelo PMDB como candidato à Presidência da República mesmo após fazer greve de fome. Em âmbito nacional, o partido se dividiu entre o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva e a de Geraldo Alckmin.

Já a atual governadora Rosinha preferiu cumprir seu mandato até o final após ter cogitado se lançar para uma reeleição ou tentar uma eventual vaga no Senado.

A candidatura à reeleição de Rosinha seria complicada porque, pela lei, pessoas da mesma família não podem ocupar cargos executivos por mais de dois mandatos --o governador anterior havia sido Garotinho.

A assessoria jurídica de Rosinha chegou a argumentar que ela poderia concorrer à reeleição porque foi antecedida no cargo por Benedita da Silva. Já os opositores sustentaram que ela não poderia, pois quem se elegera quatro anos antes havia sido Garotinho, e Benedita apenas o sucedera quando ele deixou o cargo para concorrer à Presidência, em 2002.

Caso Cabral vença as eleições no Rio, o suplente Regis Velasco assumirá sua vaga no Senado.

Frossard

Nascida em Minas Gerais, Frossard veio sozinha para o Rio de Janeiro estudar na PUC-RJ. Formou-se em Direito em 1977, advogou e tornou-se juíza.

Ela ganhou projeção quando determinou em 1993 a prisão da cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro. No ano passado, teve bom espaço na mídia durante a CPI dos Correios.

Neste ano, foi acusada de preconceito contra portadores de deficiência física ao escrever justificativa polêmica em projeto de lei.

Ela escreveu que "a deformidade física fere o senso estético do ser humano. A exposição em público de chagas e aleijões produz asco no espírito dos outros, uma rejeição natural ao que é disforme e repugnante, ainda que o suporte seja uma criatura humana."

A candidata se desculpou e alegou que descreveu apenas como a sociedade observa os deficientes.

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