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02/10/2006
-
01h45
da Folha Online
Pelo menos três dos deputados suspeitos de terem recebido "mensalão" ficaram entre os dez candidatos a deputado federal mais votados em Goiás, Mato Grosso e Pará. A vitória deles, no entanto, ainda não pode ser confirmada. Ela depende do quociente eleitoral.
O deputado Sandro Mabel (PL-GO) foi o mais bem colocado. Ele havia sido acusado pelo deputado cassado Roberto Jefferson de ser um dos operadores do "mensalão" e de ter oferecido R$ 1 milhão de "luvas" mais R$ 30 mil mensais para a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) ir para o PL. Mabel sempre negou as acusações, e acabou absolvido.
Na eleição, conforme dados parciais obtidos à 1h, ele foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado de Goiás, com 108.629 votos. O número equivale a 3,83% dos votos válidos.
Outro suposto mensaleiro bem-colocado no pleito foi o deputado Pedro Henry (PP-MT). Ele havia sido apontado por Jefferson como um dos distribuidores do "mensalão". Absolvido, o deputado obteve 73.168 votos. Com 5,10% dos votos válidos, ele era, até a madrugada desta segunda-feira, o sexto deputado federal mais votado de Mato Grosso.
No Pará, Paulo Rocha (PT-PA) ocupava o sétimo lugar entre os candidatos a deputado federal mais votados, até o começo da madrugada desta segunda-feira. Ele recebeu ao menos 111.013 votos, o equivalente a 3,63% do total de votos válidos.
Rocha renunciou ao cargo de deputado depois de ter sido acusado pelo empresário Marcos Valério de ter sacado R$ 920 mil das contas da SMPB, empresa por meio da qual seria operado o sistema de distribuição de propina aos parlamentares. Documentos coletados pela CPI do Mensalão comprovaram que uma assessora dele sacou R$ 420 mil. Em sua defesa, Rocha afirmou ter usado o dinheiro em caixa dois para pagar dívidas de campanhas de 2002.
São Paulo
Em São Paulo, três dos parlamentares suspeitos de receber propina receberam mais de 100 mil votos. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), cuja mulher comprovadamente sacou R$ 50 mil de uma agência do banco Rural em Brasília (DF), recebeu ao menos 176.937 votos, o equivalente a 0,87% dos votos válidos. Cunha foi absolvido das acusações e, até a 1h desta segunda, era o 15º candidato a deputado federal mais votado do Estado.
Em 48º lugar ficou José Mentor (PT-SP), com 104.702 votos. O número corresponde a 0,51% dos votos válidos. Por intermédio de seu escritório de advocacia, Mentor teria recebido R$ 120 mil da 2S Participações, de Marcos Valério. Os parlamentares da CPI do Mensalão chegaram a encontrar a cópia de um cheque no valor de R$ 60 mil depositado na conta do escritório. Mentor alegou que o escritório prestava serviços à empresa e foi absolvido.
No 49º lugar ficou Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou depois de confessar ter recebido R$ 6,5 milhões do caixa dois do PT para a campanha de 2002. Candidato a deputado federal, nestas eleições ele recebeu ao menos 103.995 votos. O número é referente a 0,51% dos votos válidos.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Mensaleiros ficam entre os deputados mais votados nos Estados
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Pelo menos três dos deputados suspeitos de terem recebido "mensalão" ficaram entre os dez candidatos a deputado federal mais votados em Goiás, Mato Grosso e Pará. A vitória deles, no entanto, ainda não pode ser confirmada. Ela depende do quociente eleitoral.
O deputado Sandro Mabel (PL-GO) foi o mais bem colocado. Ele havia sido acusado pelo deputado cassado Roberto Jefferson de ser um dos operadores do "mensalão" e de ter oferecido R$ 1 milhão de "luvas" mais R$ 30 mil mensais para a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) ir para o PL. Mabel sempre negou as acusações, e acabou absolvido.
Na eleição, conforme dados parciais obtidos à 1h, ele foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado de Goiás, com 108.629 votos. O número equivale a 3,83% dos votos válidos.
Outro suposto mensaleiro bem-colocado no pleito foi o deputado Pedro Henry (PP-MT). Ele havia sido apontado por Jefferson como um dos distribuidores do "mensalão". Absolvido, o deputado obteve 73.168 votos. Com 5,10% dos votos válidos, ele era, até a madrugada desta segunda-feira, o sexto deputado federal mais votado de Mato Grosso.
No Pará, Paulo Rocha (PT-PA) ocupava o sétimo lugar entre os candidatos a deputado federal mais votados, até o começo da madrugada desta segunda-feira. Ele recebeu ao menos 111.013 votos, o equivalente a 3,63% do total de votos válidos.
Rocha renunciou ao cargo de deputado depois de ter sido acusado pelo empresário Marcos Valério de ter sacado R$ 920 mil das contas da SMPB, empresa por meio da qual seria operado o sistema de distribuição de propina aos parlamentares. Documentos coletados pela CPI do Mensalão comprovaram que uma assessora dele sacou R$ 420 mil. Em sua defesa, Rocha afirmou ter usado o dinheiro em caixa dois para pagar dívidas de campanhas de 2002.
São Paulo
Em São Paulo, três dos parlamentares suspeitos de receber propina receberam mais de 100 mil votos. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), cuja mulher comprovadamente sacou R$ 50 mil de uma agência do banco Rural em Brasília (DF), recebeu ao menos 176.937 votos, o equivalente a 0,87% dos votos válidos. Cunha foi absolvido das acusações e, até a 1h desta segunda, era o 15º candidato a deputado federal mais votado do Estado.
Em 48º lugar ficou José Mentor (PT-SP), com 104.702 votos. O número corresponde a 0,51% dos votos válidos. Por intermédio de seu escritório de advocacia, Mentor teria recebido R$ 120 mil da 2S Participações, de Marcos Valério. Os parlamentares da CPI do Mensalão chegaram a encontrar a cópia de um cheque no valor de R$ 60 mil depositado na conta do escritório. Mentor alegou que o escritório prestava serviços à empresa e foi absolvido.
No 49º lugar ficou Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou depois de confessar ter recebido R$ 6,5 milhões do caixa dois do PT para a campanha de 2002. Candidato a deputado federal, nestas eleições ele recebeu ao menos 103.995 votos. O número é referente a 0,51% dos votos válidos.
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