Publicidade
Publicidade
02/10/2006
-
10h49
FERNANDA KRAKOVICS
enviada especial da Folha a Maceió
Candidata à presidência pelo PSOL, a senadora Heloísa Helena (AL) disse ontem à noite que seu partido não apoiará no segundo turno nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Geraldo Alckmin (PSDB).
"Seria rasgar 12 anos de história e confronto político com o projeto neoliberal do PSDB e contra a gangue partidária que virou o governo Lula. Nossos eleitores são homens e mulheres livres. Não precisam da nossa indicação para escolher em quem votar", disse a senadora.
Expulsa do PT em 2003, Heloísa Helena disse que foi a vitória do "banditismo político, da roubalheira, da corrupção, de tudo isso que aconteceu no Brasil e é muito triste."
A principal estratégia de campanha da senadora foi tentar mostrar que a disputa entre Alckmin e Lula seria uma falsa polarização, já que eles teriam o mesmo projeto político. A expectativa de militantes do PSOL era que ela não apoiasse ninguém em um segundo turno. Indagada se considera o voto nulo uma "posição definida", a senadora não quis responder.
"Meu voto é nulo", disse o candidato do PSOL ao Senado por Alagoas, Otávio Cabral, ao falar do segundo turno. É a mesma posição do tesoureiro do partido, Mário Agra, candidato a deputado estadual por Alagoas: "a democracia é assim. Se aceita o resultado das urnas mesmo quando é baseado na falta de acesso à informação, na utilização do dinheiro público roubado para comprar lideranças políticas, na utilização do velho balcão de negócios sujos onde se troca cargos, emendas [ao Orçamento] e poder."
Lula e Collor
Heloísa chegou às 7h30 em sua seção eleitoral, dirigindo o próprio carro. Como não queria furar a fila, colocou a prima Lúcia de Fátima guardando um lugar para ela, por cerca de uma hora, enquanto tomava café na casa de uma amiga em frente.
Após votar, a senadora se isolou em Palmeira dos Índios, cidade onde passou sua adolescência e onde mora seu irmão. No caminho ela parou em casas de parentes e amigos e cumprimentou pessoas nas ruas.
Heloísa disse que o governo Lula contribuiu para o atraso do país ao apoiar velhas oligarquias. "Sempre foram privilegiadas pelo governo Fernando Henrique e pelo governo Lula. É fácil sobreviver tendo a máquina do governo federal. É muito mais fácil culpar o povo do que reconhecer que o governo federal alimentou a sobrevivência dessas oligarquias", disse a candidata do PSOL.
Ela nivelou Lula com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, eleito para o Senado na vaga deixada por ela. "Talvez o povo de Alagoas tenha feito um protesto porque Lula roubou tanto ou mais do que ele e permaneceu no Palácio do Planalto", disse ela.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Heloísa afirma que não irá apoiar nem Lula nem Alckmin
Publicidade
enviada especial da Folha a Maceió
Candidata à presidência pelo PSOL, a senadora Heloísa Helena (AL) disse ontem à noite que seu partido não apoiará no segundo turno nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Geraldo Alckmin (PSDB).
"Seria rasgar 12 anos de história e confronto político com o projeto neoliberal do PSDB e contra a gangue partidária que virou o governo Lula. Nossos eleitores são homens e mulheres livres. Não precisam da nossa indicação para escolher em quem votar", disse a senadora.
Expulsa do PT em 2003, Heloísa Helena disse que foi a vitória do "banditismo político, da roubalheira, da corrupção, de tudo isso que aconteceu no Brasil e é muito triste."
A principal estratégia de campanha da senadora foi tentar mostrar que a disputa entre Alckmin e Lula seria uma falsa polarização, já que eles teriam o mesmo projeto político. A expectativa de militantes do PSOL era que ela não apoiasse ninguém em um segundo turno. Indagada se considera o voto nulo uma "posição definida", a senadora não quis responder.
"Meu voto é nulo", disse o candidato do PSOL ao Senado por Alagoas, Otávio Cabral, ao falar do segundo turno. É a mesma posição do tesoureiro do partido, Mário Agra, candidato a deputado estadual por Alagoas: "a democracia é assim. Se aceita o resultado das urnas mesmo quando é baseado na falta de acesso à informação, na utilização do dinheiro público roubado para comprar lideranças políticas, na utilização do velho balcão de negócios sujos onde se troca cargos, emendas [ao Orçamento] e poder."
Lula e Collor
Heloísa chegou às 7h30 em sua seção eleitoral, dirigindo o próprio carro. Como não queria furar a fila, colocou a prima Lúcia de Fátima guardando um lugar para ela, por cerca de uma hora, enquanto tomava café na casa de uma amiga em frente.
Após votar, a senadora se isolou em Palmeira dos Índios, cidade onde passou sua adolescência e onde mora seu irmão. No caminho ela parou em casas de parentes e amigos e cumprimentou pessoas nas ruas.
Heloísa disse que o governo Lula contribuiu para o atraso do país ao apoiar velhas oligarquias. "Sempre foram privilegiadas pelo governo Fernando Henrique e pelo governo Lula. É fácil sobreviver tendo a máquina do governo federal. É muito mais fácil culpar o povo do que reconhecer que o governo federal alimentou a sobrevivência dessas oligarquias", disse a candidata do PSOL.
Ela nivelou Lula com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, eleito para o Senado na vaga deixada por ela. "Talvez o povo de Alagoas tenha feito um protesto porque Lula roubou tanto ou mais do que ele e permaneceu no Palácio do Planalto", disse ela.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice