Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/10/2006 - 17h52

Alckmin afirma que Lula deixou a sua chance passar

Publicidade

FELIPE NEVES
da Folha Online

No dia seguinte à definição de que a disputa presidencial será decidida no segundo turno, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT, já teve sua chance de comandar o país, mas deixou ela passar.

"Eu entendo que o Lula teve a sua chance, o povo deu a ele a sua chance. Eu acho que ele deixou passar essa chance. O Brasil poderia ter crescido mais, poderia ter tido um governo melhor", disse Alckmin na tarde desta segunda-feira em entrevista coletiva na zona sul de São Paulo.

Para o tucano, a maior decepção da gestão petista foi no aspecto ético. "Sob o ponto de vista ético, [o governo] poderia ter dado o exemplo para o Brasil. Infelizmente, não foi isso que nós vimos. Acho que nós vamos ter a nossa chance de trabalhar pelo país", afirmou.

Na avaliação de Alckmin, não houve um fato isolado --o episódio do dossiê ou a ausência nos debates-- que tenha feito a candidatura de Lula cair na reta final da eleição. As pesquisas apontavam, até menos de uma semana antes da votação, a reeleição do petista ainda no primeiro turno.

Foi justamente a "seqüência de escândalos" do atual governo que deu forças à campanha tucana, opina Alckmin. "Não é um fato, você teve um conjunto de questões, empresas estatais envolvidas, Congresso Nacional, ministérios, um partido político, o PT, e não foram pessoas distantes do poder, mas foi a cúpula do partido do presidente."

Apesar das críticas, Alckmin evitou responder se pretende explorar no segundo turno o mais recente escândalo do PT, o da tentativa de compra de um dossiê antitucano. Segundo ele, não é uma questão de usar ou não isso na campanha, trata-se de uma demanda da população.

"A sociedade brasileira está esperando as respostas: de quem é o dinheiro? Quem é o dono das contas? De quem é o dólar? Como é que entrou no Brasil? É óbvio que a sociedade espera, não sou eu".

Para a disputa do segundo turno, Alckmin acredita que suas chances de vencer são "boas". "A confiança na nossa candidatura vem crescendo. Nós ultrapassamos uma barreira dura, que é a descrença. Agora, estamos lá", disse. "Acho que no segundo turno, o que pesa muito é a rejeição. E a minha rejeição é a menor."

Apoio

O tucano sinalizou que vai buscar o apoio de Cristovam Buarque, que concorreu à Presidência pelo PDT. Ao classificar a educação como prioridade, Alckmin elogiou o adversário do primeiro turno.

"Acho que ele levou uma mensagem muito forte para o país todo. Esse é o desafio do mundo moderno, o mundo do conhecimento, da ciência, da tecnologia", afirmou.

Alckmin, no entanto, não quis confirmar se houve um acerto de apoio para o segundo turno. "As conversas devem ser partidárias", desconversou. Ele disse que também pretende ligar para Heloísa Helena (PSOL).

Após a coletiva, o tucano viajou para Brasília, onde deve se reunir com a cúpula do PSDB para definir as estratégias para a disputa com Lula, assim como as negociações por apoio a sua candidatura.

Além do PDT, o tucano adiantou que busca o apoio do PMDB. "Nós já entramos em contato, o Tasso Jereissatti [presidente do PSDB] com o presidente nacional do PMDB, presidente Michel Temer. O PMDB elegeu uma enorme bancada federal, é um partido importante."

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página