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05/10/2000 - 19h36

Eleitores descontentes incendeiam prédios públicos no Pará

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da Agência Folha

Eleitores de Alenquer e São João do Araguaia, no Pará, incendiaram prédios públicos ontem de madrugada, por descontentamento com o resultado eleitoral. Esta semana fatos semelhantes aconteceram em outros três municípios paraenses: São Félix do Xingu, Barcarena e Vizeu.

Três fóruns, uma câmara municipal e uma prefeitura foram depredados ou incendiados por apoiadores de candidatos insatisfeitos com os resultados das urnas.

Ontem de madrugada, cerca de 300 apoiadores da candidata Tereza Cristina Batista Carneiro (PDT) teriam incendiado o fórum de São João do Araguaia (sul do Estado). A Polícia Civil autuou 27 pessoas. Segundo o delegado da Diretoria de Polícia do Interior, Dilermano Gomes Tavares, havia pessoas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no tumulto.

O coordenador do MST em Marabá, Arnaldo Milan, disse que não sabia do fato, nem de envolvimento de membros do movimento no quebra-quebra.

Em Alenquer (oeste do Estado), enquanto manifestantes protestavam em frente ao fórum da cidade, um incêndio criminoso acontecia na câmara municipal ontem de madrugada. A Polícia Civil deve pedir a prisão provisória de quatro pessoas suspeitas.

Em Vizeu (fronteira do Pará com o Maranhão), uma manifestação, na terça-feira, acabou em confronto entre policiais militares e militantes dos candidatos Astrid Maria da Cunha e Silva (PPS) e Luis Alfredo Amim Fernandes (PMDB). Duas pessoas foram baleadas e 16 manifestantes detidos.

Em Barcarena (nordeste do Pará), dez pessoas ligadas ao candidato João Carlos dos Santos Dias (PMN) irão responder pelo incêndio no fórum da cidade. Uma pessoa foi baleada durante o quebra-quebra, que aconteceu na terça-feira.

Em São Félix do Xingu (sul do Pará), quatro simpatizantes do candidato derrotado Denimar Rodrigues (PPS) foram detidos depois da depredação da prefeitura e parte do fórum. Segundo a Polícia Federal, índios caiapós participaram do quebra-quebra.

O tumulto começou durante a apuração dos votos na segunda-feira de madrugada. A eleição foi paralisada e terminou apenas na terça-feira.

A oposição ao candidato eleito Antônio Levino (PTB) entrou ontem com um pedido de anulação das eleições porque o nome de um candidato a vereador não foi registrado nas urnas eletrônicas.



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