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02/10/2006
-
23h20
FÁBIO GUIBU
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Recife
O fim de semana passado não foi dos melhores para a família Cavalcanti. Os dois representantes do clã mais famoso da cidade de João Alfredo (a 115 km de Recife, PE) que disputavam a eleição foram derrotados. Além disso, a dois dias do pleito, um de seus herdeiros políticos foi baleado na perna durante tentativa de assalto.
Chefe do clã, o ex-presidente da Câmara e presidente estadual do PP, Severino Cavalcanti, previa receber cem mil votos. Obteve pouco mais que a metade disso e não conseguiu recuperar o mandato.
Sua filha Ana, que tentava se reeleger à Assembléia Legislativa, também foi derrotada. Os dois ficaram com a primeira suplência. Após a eleição, eles viajaram a Recife para visitar o superintendente regional da Agricultura, José Maurício, também filho de Severino.
Ele se recupera de um tiro que levou ao reagir a um assalto. José passa bem. Quando melhorar, seu pai deve incentivá-lo para que se candidate a prefeito de João Alfredo, em 2008.
Severino disse que ficou satisfeito com a votação obtida em sua terra natal, apesar de não conseguir se eleger. Ele avalia que o apoio recebido mostra que ainda tem prestígio na cidade--talvez o suficiente para tentar levar seu filho ao comando da prefeitura.
Sobre seu próprio futuro político, ainda não há nada decidido. Segundo apurou a Folha, o ex-presidente da Câmara avalia que foi traído por alguns de seus aliados, que não cumpriram com a palavra de conquistar os votos prometidos a ele.
Antes de tomar qualquer decisão, Severino vai aguardar a definição das eleições estadual e presidencial. Aliado de dois candidatos que ainda disputam os pleitos --Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, e o presidente Lula--, o ex-deputado federal tem esperança de, ao menos, ser atendido em algumas indicações políticas.
Severino Cavalcanti renunciou à presidência da Câmara e ao seu mandato, em setembro de 2005, após ser acusado de receber propina para manter ilegalmente em funcionamento um restaurante na Câmara.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Severino Cavalcanti e sua filha são derrotados nas eleições
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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Recife
O fim de semana passado não foi dos melhores para a família Cavalcanti. Os dois representantes do clã mais famoso da cidade de João Alfredo (a 115 km de Recife, PE) que disputavam a eleição foram derrotados. Além disso, a dois dias do pleito, um de seus herdeiros políticos foi baleado na perna durante tentativa de assalto.
Chefe do clã, o ex-presidente da Câmara e presidente estadual do PP, Severino Cavalcanti, previa receber cem mil votos. Obteve pouco mais que a metade disso e não conseguiu recuperar o mandato.
Sua filha Ana, que tentava se reeleger à Assembléia Legislativa, também foi derrotada. Os dois ficaram com a primeira suplência. Após a eleição, eles viajaram a Recife para visitar o superintendente regional da Agricultura, José Maurício, também filho de Severino.
Ele se recupera de um tiro que levou ao reagir a um assalto. José passa bem. Quando melhorar, seu pai deve incentivá-lo para que se candidate a prefeito de João Alfredo, em 2008.
Severino disse que ficou satisfeito com a votação obtida em sua terra natal, apesar de não conseguir se eleger. Ele avalia que o apoio recebido mostra que ainda tem prestígio na cidade--talvez o suficiente para tentar levar seu filho ao comando da prefeitura.
Sobre seu próprio futuro político, ainda não há nada decidido. Segundo apurou a Folha, o ex-presidente da Câmara avalia que foi traído por alguns de seus aliados, que não cumpriram com a palavra de conquistar os votos prometidos a ele.
Antes de tomar qualquer decisão, Severino vai aguardar a definição das eleições estadual e presidencial. Aliado de dois candidatos que ainda disputam os pleitos --Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, e o presidente Lula--, o ex-deputado federal tem esperança de, ao menos, ser atendido em algumas indicações políticas.
Severino Cavalcanti renunciou à presidência da Câmara e ao seu mandato, em setembro de 2005, após ser acusado de receber propina para manter ilegalmente em funcionamento um restaurante na Câmara.
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