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02/10/2006
-
23h55
THIAGO REIS
da Agência Folha
O PT só irá apoiar Esperidião Amin (PP) no segundo turno da eleição para o governo de Santa Catarina, contra o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), se o pepista abraçar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-secretário nacional de Pesca do governo Lula José Fritsch (PT), que saiu derrotado das urnas, condicionou o apoio a uma posição mais firme de Amin. Hoje, Amin desconversou e disse que a decisão é do PP, que no primeiro turno pregou a "liberdade de escolha".
Em 2002, o PT apoiou Luiz Henrique no segundo turno, o que foi fundamental para a vitória dele. Hoje, o atual governador está com Geraldo Alckmin (PSDB), apesar de acreditar em apoio do PT no âmbito estadual. Fritsch descartou um alinhamento e disse que a decisão será baseada no cenário nacional.
A estratégia de Amin, no entanto, é não perder votos dos tucanos. Em Santa Catarina, Alckmin teve 780 mil votos a mais que Lula. Em contrapartida, o pepista terá de tirar uma diferença de mais de 500 mil votos de Luiz Henrique. Amin teve 1,07 mihão de votos; Luiz Henrique, 1,6 milhão. Em 2002, ocorreu o inverso. O peemedebista virou após ir ao segundo turno com quase 400 mil votos a menos que Amin.
Historicamente, Amin sempre se aliou ao PSDB. Esteve junto de Fernando Henrique Cardoso duas vezes. Em 2002, apoiou Serra. No início da campanha deste ano, chegou a acompanhar visitas de Alckmin no Estado.
Neste segundo turno, o ex-governador (1983-1986 e 1999-2002) contará com o apoio extra de sua mulher. Ângela Amin (PP), ex-prefeita de Florianópolis, foi eleita ontem a deputada federal mais bem votada de Santa Catarina e fará campanha pelo marido na capital.
Já Luiz Henrique conseguiu que os seus principais secretários (Saúde, Segurança e Agricultura) fossem eleitos para a Assembléia Legislativa.
O atual governador --hoje licenciado do cargo-- descartou uma reviravolta na disputa. "Não tenho medo."
Mesmo com o eventual apoio do PT, Amin pode não ganhar votos, já que a candidatura de Fritsch não alavancou, entre outros motivos, pelo escândalo do dossiê, que envolveu um militante do diretório estadual do partido: Jorge Lorenzetti.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Amin só terá apoio do PT em Santa Catarina se apoiar reeleição de Lula
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da Agência Folha
O PT só irá apoiar Esperidião Amin (PP) no segundo turno da eleição para o governo de Santa Catarina, contra o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), se o pepista abraçar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-secretário nacional de Pesca do governo Lula José Fritsch (PT), que saiu derrotado das urnas, condicionou o apoio a uma posição mais firme de Amin. Hoje, Amin desconversou e disse que a decisão é do PP, que no primeiro turno pregou a "liberdade de escolha".
Em 2002, o PT apoiou Luiz Henrique no segundo turno, o que foi fundamental para a vitória dele. Hoje, o atual governador está com Geraldo Alckmin (PSDB), apesar de acreditar em apoio do PT no âmbito estadual. Fritsch descartou um alinhamento e disse que a decisão será baseada no cenário nacional.
A estratégia de Amin, no entanto, é não perder votos dos tucanos. Em Santa Catarina, Alckmin teve 780 mil votos a mais que Lula. Em contrapartida, o pepista terá de tirar uma diferença de mais de 500 mil votos de Luiz Henrique. Amin teve 1,07 mihão de votos; Luiz Henrique, 1,6 milhão. Em 2002, ocorreu o inverso. O peemedebista virou após ir ao segundo turno com quase 400 mil votos a menos que Amin.
Historicamente, Amin sempre se aliou ao PSDB. Esteve junto de Fernando Henrique Cardoso duas vezes. Em 2002, apoiou Serra. No início da campanha deste ano, chegou a acompanhar visitas de Alckmin no Estado.
Neste segundo turno, o ex-governador (1983-1986 e 1999-2002) contará com o apoio extra de sua mulher. Ângela Amin (PP), ex-prefeita de Florianópolis, foi eleita ontem a deputada federal mais bem votada de Santa Catarina e fará campanha pelo marido na capital.
Já Luiz Henrique conseguiu que os seus principais secretários (Saúde, Segurança e Agricultura) fossem eleitos para a Assembléia Legislativa.
O atual governador --hoje licenciado do cargo-- descartou uma reviravolta na disputa. "Não tenho medo."
Mesmo com o eventual apoio do PT, Amin pode não ganhar votos, já que a candidatura de Fritsch não alavancou, entre outros motivos, pelo escândalo do dossiê, que envolveu um militante do diretório estadual do partido: Jorge Lorenzetti.
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