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03/10/2006
-
17h59
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSOL confirmou nesta terça-feira que vai se manter neutro, sem apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Geraldo Alckmin (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais.
Apesar da neutralidade, os filiados ao PSOL não poderão fazer campanha publicamente para nenhum dos dois candidatos. "Na urna pode fazer o que quiser. Publicamente, não poderão apoiar nenhum dos dois", disse a presidente do PSOL, Heloísa Helena.
A senadora subiu hoje à tribuna do Senado para anunciar a neutralidade do partido. Ela fez um apelo para que os coordenadores de campanha dos dois candidatos não procurem a legenda em busca de apoio. "O PSOL tem posição política. Não nos procurem oficialmente, digo isso ao Lula e ao Alckmin", afirmou.
A senadora negou, no entanto, que o partido vá ficar "em cima do muro" ou "lavar as mãos" no segundo turno. "Nós estamos no chão, não em cima do muro. Os dois candidatos apresentam o mesmo projeto neoliberal. Não vamos rasgar 12 anos de militância em dois dias", enfatizou.
Segundo a senadora, os eleitores do partido são livres para escolher que caminho seguir no segundo turno. "Eu não sou vaqueira para liberar gado. Os eleitores do PSOL são livres. Tão livres que foram capazes, apesar de todos os obstáculos, de me escolher", disse.
Ela fez um apelo, em especial, para que petistas não procurem Plínio de Arruda Sampaio, ex-membro do PT que disputou o governo de São Paulo pelo PSOL, em busca de apoio. "Não adianta o ministro [Guido] Mantega ligar para o Plínio porque ele é um homem de partido e vai contar isso depois", disse.
Homenagem
Depois de discursar, Heloísa foi saudada com discursos de despedida de pelo menos dez senadores --a maioria da oposição-- que rasgaram elogios à conduta da senadora e ao seu desempenho nas urnas. Emocionada, a candidata do PSOL aproveitou para agradecer os 6,85% de votos que recebeu no último domingo.
Ela enfatizou que, com a eleição de Lula ou de Alckmin, o PSOL vai continuar a luta política contra a corrupção. "Seja Alckmin ou Lula, estaremos no campo de batalha", disse.
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da Folha Online, em Brasília
O PSOL confirmou nesta terça-feira que vai se manter neutro, sem apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Geraldo Alckmin (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais.
Apesar da neutralidade, os filiados ao PSOL não poderão fazer campanha publicamente para nenhum dos dois candidatos. "Na urna pode fazer o que quiser. Publicamente, não poderão apoiar nenhum dos dois", disse a presidente do PSOL, Heloísa Helena.
A senadora subiu hoje à tribuna do Senado para anunciar a neutralidade do partido. Ela fez um apelo para que os coordenadores de campanha dos dois candidatos não procurem a legenda em busca de apoio. "O PSOL tem posição política. Não nos procurem oficialmente, digo isso ao Lula e ao Alckmin", afirmou.
A senadora negou, no entanto, que o partido vá ficar "em cima do muro" ou "lavar as mãos" no segundo turno. "Nós estamos no chão, não em cima do muro. Os dois candidatos apresentam o mesmo projeto neoliberal. Não vamos rasgar 12 anos de militância em dois dias", enfatizou.
Segundo a senadora, os eleitores do partido são livres para escolher que caminho seguir no segundo turno. "Eu não sou vaqueira para liberar gado. Os eleitores do PSOL são livres. Tão livres que foram capazes, apesar de todos os obstáculos, de me escolher", disse.
Ela fez um apelo, em especial, para que petistas não procurem Plínio de Arruda Sampaio, ex-membro do PT que disputou o governo de São Paulo pelo PSOL, em busca de apoio. "Não adianta o ministro [Guido] Mantega ligar para o Plínio porque ele é um homem de partido e vai contar isso depois", disse.
Homenagem
Depois de discursar, Heloísa foi saudada com discursos de despedida de pelo menos dez senadores --a maioria da oposição-- que rasgaram elogios à conduta da senadora e ao seu desempenho nas urnas. Emocionada, a candidata do PSOL aproveitou para agradecer os 6,85% de votos que recebeu no último domingo.
Ela enfatizou que, com a eleição de Lula ou de Alckmin, o PSOL vai continuar a luta política contra a corrupção. "Seja Alckmin ou Lula, estaremos no campo de batalha", disse.
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