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04/10/2006
-
08h35
da Agência Folha
O futuro político de petistas de peso derrotados nas urnas no último domingo passa pelo engajamento no segundo turno da campanha presidencial, mas também pelas eleições municipais de 2008 e até pela "limpeza" de seus nomes na Justiça.
O ex-ministro da Saúde e candidato derrotado ao governo de Pernambuco, Humberto Costa, definiu como prioridade, após a eleição, "limpar" seu nome, envolvido com a máfia dos vampiros.
Indiciado pela Polícia Federal e denunciado à Justiça, durante a campanha, pelo Ministério Público Federal, Costa disse acreditar que o caso foi determinante para sua derrota.
Sem cargo público, o ex-ministro, que é médico e jornalista, deverá reassumir a Secretaria de Comunicação do PT nacional. Em 2008, poderá disputar a Prefeitura de Recife, há seis anos sob comando petista.
Até o final do mês, Costa vai dividir o tempo dedicado a sua defesa jurídica com o apoio ao candidato do PSB, Eduardo Campos, que disputa o segundo turno com o governador José Mendonça Filho (PFL).
O ex-ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) perdeu a vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul para o senador Pedro Simon (PMDB), mas tem a mira já posta na Prefeitura de Porto Alegre. Mesmo sem assumir oficialmente, seu nome é visto como natural para o PT nas eleições de 2008, e esse é seu projeto a longo prazo.
Por ora, Rossetto prefere falar nas eleições de segundo turno (de Olívio Dutra para o governo gaúcho e Lula para a Presidência) e reclamar das pesquisas, que mostravam larga vantagem para Simon --ao fim, a dianteira foi inferior a seis pontos percentuais.
Derrotado no domingo, o senador Delcídio Amaral, que foi candidato a governador de Mato Grosso do Sul, voltará ao Senado para mais quatro anos de mandato, mas antes disse que se concentrará na campanha de Lula.
"Na região Centro-Oeste, o presidente Lula perdeu nos três Estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Vamos nos organizar para levar essa campanha até o dia 29", disse.
Reeleito em 2002 e fora das últimas eleições, o governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, ficará sem mandato em janeiro e disse que, se convidado após eventual vitória de Lula, só aceitaria assumir um ministério ligado à questão agrária.
"Se o presidente me convidar para a reforma agrária, eu falaria para ele hoje que seria o único ministério que gostaria de assumir", afirmou. "Está na hora de desapropriar o latifúndio improdutivo. Tem fazenda criando cupim."
Neste mês, Zeca, que coordena a campanha de Lula no Centro-Oeste, afirmou que trabalhará com a militância para reeleição do presidente.
Em Sergipe, o ex-senador e ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra perdeu a disputa ao Senado para Maria do Carmo Alves (PFL), por uma diferença de menos de três pontos percentuais.
Dutra prefere não falar sobre seu futuro político. "Não estou pensando nisso agora."
O petista disse que, após semana de folga em Brasília, volta para Aracaju para "trabalhar com afinco" pela reeleição do presidente. "Acho que, pelo fato de um governo do PT [Marcelo Déda] ter sido eleito, vai aumentar a votação de Lula no Estado. O povo quer interlocução entre os governos federal e estadual", disse.
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Leia cobertura completa das eleições 2006
PT perdedor apóia Lula, mas pensa em 2008 e em "limpar" nome
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O futuro político de petistas de peso derrotados nas urnas no último domingo passa pelo engajamento no segundo turno da campanha presidencial, mas também pelas eleições municipais de 2008 e até pela "limpeza" de seus nomes na Justiça.
O ex-ministro da Saúde e candidato derrotado ao governo de Pernambuco, Humberto Costa, definiu como prioridade, após a eleição, "limpar" seu nome, envolvido com a máfia dos vampiros.
Indiciado pela Polícia Federal e denunciado à Justiça, durante a campanha, pelo Ministério Público Federal, Costa disse acreditar que o caso foi determinante para sua derrota.
Sem cargo público, o ex-ministro, que é médico e jornalista, deverá reassumir a Secretaria de Comunicação do PT nacional. Em 2008, poderá disputar a Prefeitura de Recife, há seis anos sob comando petista.
Até o final do mês, Costa vai dividir o tempo dedicado a sua defesa jurídica com o apoio ao candidato do PSB, Eduardo Campos, que disputa o segundo turno com o governador José Mendonça Filho (PFL).
O ex-ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) perdeu a vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul para o senador Pedro Simon (PMDB), mas tem a mira já posta na Prefeitura de Porto Alegre. Mesmo sem assumir oficialmente, seu nome é visto como natural para o PT nas eleições de 2008, e esse é seu projeto a longo prazo.
Por ora, Rossetto prefere falar nas eleições de segundo turno (de Olívio Dutra para o governo gaúcho e Lula para a Presidência) e reclamar das pesquisas, que mostravam larga vantagem para Simon --ao fim, a dianteira foi inferior a seis pontos percentuais.
Derrotado no domingo, o senador Delcídio Amaral, que foi candidato a governador de Mato Grosso do Sul, voltará ao Senado para mais quatro anos de mandato, mas antes disse que se concentrará na campanha de Lula.
"Na região Centro-Oeste, o presidente Lula perdeu nos três Estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Vamos nos organizar para levar essa campanha até o dia 29", disse.
Reeleito em 2002 e fora das últimas eleições, o governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, ficará sem mandato em janeiro e disse que, se convidado após eventual vitória de Lula, só aceitaria assumir um ministério ligado à questão agrária.
"Se o presidente me convidar para a reforma agrária, eu falaria para ele hoje que seria o único ministério que gostaria de assumir", afirmou. "Está na hora de desapropriar o latifúndio improdutivo. Tem fazenda criando cupim."
Neste mês, Zeca, que coordena a campanha de Lula no Centro-Oeste, afirmou que trabalhará com a militância para reeleição do presidente.
Em Sergipe, o ex-senador e ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra perdeu a disputa ao Senado para Maria do Carmo Alves (PFL), por uma diferença de menos de três pontos percentuais.
Dutra prefere não falar sobre seu futuro político. "Não estou pensando nisso agora."
O petista disse que, após semana de folga em Brasília, volta para Aracaju para "trabalhar com afinco" pela reeleição do presidente. "Acho que, pelo fato de um governo do PT [Marcelo Déda] ter sido eleito, vai aumentar a votação de Lula no Estado. O povo quer interlocução entre os governos federal e estadual", disse.
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