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04/10/2006
-
11h57
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de ouvir o relator Jefferson Péres (PDT-AM) recomendar ao Conselho de Ética do Senado a cassação do seu mandato, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) reagiu duramente às críticas do relator. Muito emocionado, o senador peemedebista negou que tenha sido "leniente" ao permitir que seu ex-funcionário Marcelo Cardoso integrasse o esquema de liberação de emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Não sou leniente. Sou uma pessoa que confio nos outros e fui traído", disse Suassuna, que chegou às lágrimas durante sua defesa verbal ao Conselho.
Suassuna acusou Peres de estar "procurando chifre em cabeça de cavalo" ao recomendar sua cassação com o argumento de que o atual sistema político parlamentar está falido, sem provas concretas de seu suposto envolvimento na máfia das ambulâncias.
"Essa utopia que Vossa Excelência procura não existe", afirmou Suassuna.
Acusações
Visivelmente irritado, Suassuna partiu para o ataque contra Peres. Acusou o senador de ter prejudicado duramente sua campanha à reeleição na Paraíba ao ter afirmado, em entrevista à imprensa, que não seria "pizzaiolo" --ao responder pergunta se o julgamento de Suassuna terminaria em pizza. "Essa colocação de Vossa Excelência foi exaustivamente usada pelos meus adversários na campanha. Depois dela, perdi seis pontos nas pesquisas de intenção de voto. Vossa Excelência também quebrou o decoro parlamentar ao adiantar seu pensamento à imprensa, e não aos seus pares do Conselho", acusou Suassuna.
O peemedebista acabou perdendo a eleição ao Senado para o seu principal adversário, Cícero Lucena (PSDB). Suassuna disse a Péres que ele foi responsável pela Paraíba "eleger alguém que roubou R$ 100 milhões".
O senador também acusou Péres de ter empregado sua esposa em seu próprio gabinete, o que contraria o seu pensamento em defesa da ética. Peres reagiu à acusação de Suassuna. "Vossa Excelência mentiu ao dizer que a minha mulher é funcionária do meu gabinete. Não queira trazer o episódio para o lado pessoal", reagiu Peres.
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Depois de ouvir o relator Jefferson Péres (PDT-AM) recomendar ao Conselho de Ética do Senado a cassação do seu mandato, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) reagiu duramente às críticas do relator. Muito emocionado, o senador peemedebista negou que tenha sido "leniente" ao permitir que seu ex-funcionário Marcelo Cardoso integrasse o esquema de liberação de emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Não sou leniente. Sou uma pessoa que confio nos outros e fui traído", disse Suassuna, que chegou às lágrimas durante sua defesa verbal ao Conselho.
Suassuna acusou Peres de estar "procurando chifre em cabeça de cavalo" ao recomendar sua cassação com o argumento de que o atual sistema político parlamentar está falido, sem provas concretas de seu suposto envolvimento na máfia das ambulâncias.
"Essa utopia que Vossa Excelência procura não existe", afirmou Suassuna.
Acusações
Visivelmente irritado, Suassuna partiu para o ataque contra Peres. Acusou o senador de ter prejudicado duramente sua campanha à reeleição na Paraíba ao ter afirmado, em entrevista à imprensa, que não seria "pizzaiolo" --ao responder pergunta se o julgamento de Suassuna terminaria em pizza. "Essa colocação de Vossa Excelência foi exaustivamente usada pelos meus adversários na campanha. Depois dela, perdi seis pontos nas pesquisas de intenção de voto. Vossa Excelência também quebrou o decoro parlamentar ao adiantar seu pensamento à imprensa, e não aos seus pares do Conselho", acusou Suassuna.
O peemedebista acabou perdendo a eleição ao Senado para o seu principal adversário, Cícero Lucena (PSDB). Suassuna disse a Péres que ele foi responsável pela Paraíba "eleger alguém que roubou R$ 100 milhões".
O senador também acusou Péres de ter empregado sua esposa em seu próprio gabinete, o que contraria o seu pensamento em defesa da ética. Peres reagiu à acusação de Suassuna. "Vossa Excelência mentiu ao dizer que a minha mulher é funcionária do meu gabinete. Não queira trazer o episódio para o lado pessoal", reagiu Peres.
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