Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/10/2006 - 21h06

PSDB-MG condena PT-Newton, mas contemporiza Alckmin-Garotinho

Publicidade

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Apesar dos ataques do governador Aécio Neves ao PT, que se aliou ao PMDB do ex-governador mineiro Newton Cardoso, O PSDB de Minas contemporizou o apoio que o casal Garotinho formalizou ao presidenciável Geraldo Alckmin. Apesar de falar em "desconforto" e que "apoio não se recusa", o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Nárcio Rodrigues, atribuiu o fato em que se meteu Alckmin à "atitude sempre oportunista de Garotinho".

O dirigente tucano defendeu Alckmin ao dizer que o importante a verificar nesse processo é se há algum tipo de compromisso com Anthony e Rosinha Garotinho, ambos do PMDB.

"Apoio também não se recusa, é complicado. Mas o importante é o nível de compromisso, que é nenhum. Não precisa beijar na boca, como o Lula fez com o [ex-presidente Fernando] Collor", disse Nárcio.

Para o presidente do PSDB mineiro, no entanto, o envolvimento de Alckmin com os Garotinho poderia ter acontecido mais para frente, após um trabalho de preparação das forças políticas no Rio que dão apoio à candidatura Alckmin e após um trabalho para tentar atrair o apoio do candidato do PMDB ao governo fluminense, Sérgio Cabral Filho.

"Fazer isso antes de consolidar o apoio que já tem... Era preciso que tivesse antes mantido todos os contatos com o PPS [da deputada Denise Frossard, candidata ao governo contra o PMDB], o César Maia [prefeito, do PFL] e o Cabral para depois fazer isso. Mas o Garotinho se antecipou em um ato de oportunismo, não podemos deixar de receber apoios", afirmou.

Na última segunda, um dia após se reeleger governador, Aécio fez pronunciamento com duros ataques ao PT de Lula por terem os petistas se aliado ao newtismo no Estado, tão criticado quanto os Garotinho no Rio. "O PT não perdeu apenas eleitoralmente, perdeu politicamente", disse Aécio, para quem os petistas deram "péssimo exemplo com a aliança oportunista", com o "vale tudo" para tentar vencer uma eleição.

Perdedores na eleição em Minas, PT e Newton ainda não sabem se estarão juntos neste segundo turno. Newton disse que espera ser convidado para o palanque de Lula, a quem reafirmou apoio. Mas o prefeito de Belo Horizonte, o petista Fernando Pimentel, coordenador da campanha de Lula em Minas, em entrevista à TV Assembléia, disse que a aliança com Newton "pesou" na chapa petista.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página