Publicidade
Publicidade
06/10/2006
-
09h31
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio, Sérgio Cabral, retirou ontem, "em caráter definitivo", a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 70) que previa o reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo. O senador Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Igreja Universal, disse que essa foi uma das condições que impôs para apoiá-lo no segundo turno. Cabral nega.
"Sérgio Cabral aceitou minha ponderação. Isso é um princípio fundamental tanto da Igreja Católica quanto da evangélica, que são a maioria no Rio. Pedi a ele que revisse a posição e ele o fez. Assinou requerimento retirando o projeto, e achei isso um gesto muito importante", afirmou o senador do PRB.
A página do Senado na internet informa que Sérgio Cabral, por meio do requerimento 1.023 de 2006, solicitou ontem "a retirada, em caráter definitivo da matéria de sua tramitação". A PEC vai ao arquivo.
Ontem, Cabral foi ao Palácio do Alvorada, onde recebeu apoio do presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva. O peemedebista é afilhado político do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, que apóia Geraldo Alckmin (PSDB). Crivella e o atual vice-governador do Rio, Luiz Paulo Conde, estiveram no evento.
Terceiro colocado na eleição, com 18,5% dos votos, Crivella fez campanha para o presidente Lula e, no encontro em Brasília, declarou voto em Cabral. Antes ele havia prometido apoio a Denise Frossard (PPS) no segundo turno e chegou a se irritar ao ver Lula anunciar seu apoio ao candidato do PMDB antes de ele fazê-lo.
Panfletos
No primeiro turno, Cabral foi alvo de panfletos apócrifos que mostravam um casal de homens se beijando na boca e afirmava que Cabral tinha feito lei a favor do casamento gay.
Crivella confirmou que a medida foi uma condição para seu apoio a Cabral no segundo turno: "Fez parte, sim, do acordo. Disse a ele que o acordo seria por princípios e propostas".
Sérgio Cabral negou ter retirado o projeto a pedido de Crivella e disse que foi uma retirada provisória, ao contrário do que informa a página do Senado na internet. "Não [retirei a PEC como parte do acordo para receber apoio de Crivella], de maneira nenhuma", afirmou.
"Vou dar uma revisada no projeto, chegar a um acordo. Há uma proposta de fazer uma consulta pública, um plebiscito, que o senador Camata já vinha apresentando, junto com o voto obrigatório, com cinco pontos importantes. Então, vou dar uma revisada nisso, talvez fazer um novo projeto, na linha do plebiscito."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Com Lula, Cabral cede a Crivella e retira projeto sobre casamento gay
Publicidade
O candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio, Sérgio Cabral, retirou ontem, "em caráter definitivo", a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 70) que previa o reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo. O senador Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Igreja Universal, disse que essa foi uma das condições que impôs para apoiá-lo no segundo turno. Cabral nega.
"Sérgio Cabral aceitou minha ponderação. Isso é um princípio fundamental tanto da Igreja Católica quanto da evangélica, que são a maioria no Rio. Pedi a ele que revisse a posição e ele o fez. Assinou requerimento retirando o projeto, e achei isso um gesto muito importante", afirmou o senador do PRB.
A página do Senado na internet informa que Sérgio Cabral, por meio do requerimento 1.023 de 2006, solicitou ontem "a retirada, em caráter definitivo da matéria de sua tramitação". A PEC vai ao arquivo.
Ontem, Cabral foi ao Palácio do Alvorada, onde recebeu apoio do presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva. O peemedebista é afilhado político do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, que apóia Geraldo Alckmin (PSDB). Crivella e o atual vice-governador do Rio, Luiz Paulo Conde, estiveram no evento.
Terceiro colocado na eleição, com 18,5% dos votos, Crivella fez campanha para o presidente Lula e, no encontro em Brasília, declarou voto em Cabral. Antes ele havia prometido apoio a Denise Frossard (PPS) no segundo turno e chegou a se irritar ao ver Lula anunciar seu apoio ao candidato do PMDB antes de ele fazê-lo.
Panfletos
No primeiro turno, Cabral foi alvo de panfletos apócrifos que mostravam um casal de homens se beijando na boca e afirmava que Cabral tinha feito lei a favor do casamento gay.
Crivella confirmou que a medida foi uma condição para seu apoio a Cabral no segundo turno: "Fez parte, sim, do acordo. Disse a ele que o acordo seria por princípios e propostas".
Sérgio Cabral negou ter retirado o projeto a pedido de Crivella e disse que foi uma retirada provisória, ao contrário do que informa a página do Senado na internet. "Não [retirei a PEC como parte do acordo para receber apoio de Crivella], de maneira nenhuma", afirmou.
"Vou dar uma revisada no projeto, chegar a um acordo. Há uma proposta de fazer uma consulta pública, um plebiscito, que o senador Camata já vinha apresentando, junto com o voto obrigatório, com cinco pontos importantes. Então, vou dar uma revisada nisso, talvez fazer um novo projeto, na linha do plebiscito."
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice