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08/10/2006
-
22h41
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá (MT)
A PF (Polícia Federal) vai pedir à Justiça nesta semana a quebra de sigilos de cerca de 500 telefones, cujos números aparecem na lista de ligações feitas ou recebidas por envolvidos na negociação de compra do dossiê contra tucanos.
A quebra do sigilo permitirá à PF identificar os donos dos telefones. Essa identificação é uma alternativa, usada pela PF, para tentar chegar à origem do dinheiro (R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil), apreendido no dia 15 de setembro no hotel Ibis em São Paulo e que seria usado pelo PT na compra do dossiê.
No rastreamento da quantia, a Justiça Federal decretou, no início das investigações, a quebra dos sigilos bancários de agências do Bradesco, BankBoston, Safra, Banco do Brasil e Sofisa em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é identificar os responsáveis por saques acima de R$ 10 mil entre 28 de agosto e 14 de setembro.
O volume de informações, porém, é muito grande, o que torna difícil rastrear o dinheiro desta forma. O delegado Diógenes Curado Filho, que conduz as investigações, recebeu uma lista de 200 mil saques feitos somente nas agências do Bradesco.
Devido a essa dificuldade, a PF concentra esforço em rastrear ligações feitas ou recebidas pelos envolvidos com a compra dossiê do fim de agosto e ao dia 15 de setembro.
Até a semana passada, a PF tinha obtido a quebra de 70 sigilos telefônicos no inquérito aberto para apurar o caso.
Entre os envolvidos com sigilo quebrado está Hamilton Lacerda, que era coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. Conforme a PF, Hamilton levou a mala de dinheiro ao hotel Ibis. Ele nega.
Também tiveram os sigilos telefônicos quebrados Jorge Lorenzetti e Oswaldo Bargas, ex-assessores da campanha de Lula.
A lista ainda incluiu Expedito Afonso Veloso, que deixou a diretoria do Banco do Brasil após o escândalo, o advogado Gedimar Pereira Passos e o empresário Valdebran Padilha da Silva. Os dois últimos foram presos com o dinheiro no hotel.
Especial
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PF vai pedir quebra de sigilos de 500 telefones de envolvidos com dossiê
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da Agência Folha, em Cuiabá (MT)
A PF (Polícia Federal) vai pedir à Justiça nesta semana a quebra de sigilos de cerca de 500 telefones, cujos números aparecem na lista de ligações feitas ou recebidas por envolvidos na negociação de compra do dossiê contra tucanos.
A quebra do sigilo permitirá à PF identificar os donos dos telefones. Essa identificação é uma alternativa, usada pela PF, para tentar chegar à origem do dinheiro (R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil), apreendido no dia 15 de setembro no hotel Ibis em São Paulo e que seria usado pelo PT na compra do dossiê.
No rastreamento da quantia, a Justiça Federal decretou, no início das investigações, a quebra dos sigilos bancários de agências do Bradesco, BankBoston, Safra, Banco do Brasil e Sofisa em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é identificar os responsáveis por saques acima de R$ 10 mil entre 28 de agosto e 14 de setembro.
O volume de informações, porém, é muito grande, o que torna difícil rastrear o dinheiro desta forma. O delegado Diógenes Curado Filho, que conduz as investigações, recebeu uma lista de 200 mil saques feitos somente nas agências do Bradesco.
Devido a essa dificuldade, a PF concentra esforço em rastrear ligações feitas ou recebidas pelos envolvidos com a compra dossiê do fim de agosto e ao dia 15 de setembro.
Até a semana passada, a PF tinha obtido a quebra de 70 sigilos telefônicos no inquérito aberto para apurar o caso.
Entre os envolvidos com sigilo quebrado está Hamilton Lacerda, que era coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. Conforme a PF, Hamilton levou a mala de dinheiro ao hotel Ibis. Ele nega.
Também tiveram os sigilos telefônicos quebrados Jorge Lorenzetti e Oswaldo Bargas, ex-assessores da campanha de Lula.
A lista ainda incluiu Expedito Afonso Veloso, que deixou a diretoria do Banco do Brasil após o escândalo, o advogado Gedimar Pereira Passos e o empresário Valdebran Padilha da Silva. Os dois últimos foram presos com o dinheiro no hotel.
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