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09/10/2006
-
18h58
FELIPE NEVES
da Folha Online
A coordenadora da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, Marta Suplicy, comparou nesta segunda-feira a postura do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, no debate da Band, à do ex-presidente Fernando Collor --senador eleito por Alagoas.
Segundo ela, o tucano é o "caçador de marajá atual". Trata-se de uma clara referência à forma como o próprio Collor se apresentava na campanha à Presidência da República de 1989. Depois de eleito, ele teve seu governo envolvido em diversos escândalos de corrupção e acabou renunciando em 1992.
"Fica lá o bastião da moralidade, o caçador de marajá atual falando, sendo que todos os podres, a poeira e a sujeira do governo dele [em São Paulo] estão embaixo do tapete", disse Marta, que fez campanha nesta tarde no comércio do centro de Mauá (Grande São Paulo).
Apesar da referência explícita --e pejorativa--, Marta afirmou que não existe constrangimento pelo próprio Collor ter anunciado apoio à candidatura de Lula. E aproveitou para alfinetar o tucano.
"É a diferença entre você buscar o apoio do Garotinho e depois dizer que não buscou, e fazer aquela hipocrisia toda, e você receber o apoio do Collor sem ter ido pedir."
A metralhadora da ex-prefeita de São Paulo estava mesmo afiada. Cheia de ironias, ela atacou o adversário de Lula de todas as formas possíveis. Para ela, no debate, de forma artificial, ensaiada, Alckmin "foi de picolé de chuchu para exterminador do futuro, Rambo".
"Agora, fica esquisito uma coisa dessa, né? Se fosse Rambo de verdade, o PCC [Primeiro Comando da Capital] não estaria como está em São Paulo. Ficou uma coisa muito treinada [a postura ofensiva do tucano]", afirmou.
Marta chegou ao ponto até de criticar Alckmin por ele ter ido de táxi ao debate. Em sua opinião, o tucano fez isso para criar o personagem que faz de tudo para economizar, a imagem do bom administrador.
"Isso tudo faz parte de uma postura que não é transparente, é uma postura hipócrita. Porque, vamos e venhamos, ir de táxi para o debate é para fazer figuração, ou será que ele não tinha um carro para levar ele?", indagou.
Para Marta, o presidente Lula se saiu bem no debate porque ficou claro que ele estava lá para apresentar propostas, contra um adversário que só queria fazer acusações. Para piorar, diz a petista, são ataques de alguém que esconde a própria sujeira.
"Ele não deixa fazer nenhuma [CPI]. E aí posa de santo. E o coitado do Lula lá, tendo que explicar meia dúzia de aloprados que fizeram uma besteira", disse ela, em referência ao episódio do dossiê.
Durante o debate, Alckmin insistiu no tema, questionando de Lula a origem do dinheiro (R$ 1,7 milhão) que seria usado para comprar os documentos que supostamente ligariam o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), à máfia das ambulâncias.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Marta Suplicy chama Alckmin de "caçador de marajá atual"
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da Folha Online
A coordenadora da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, Marta Suplicy, comparou nesta segunda-feira a postura do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, no debate da Band, à do ex-presidente Fernando Collor --senador eleito por Alagoas.
Segundo ela, o tucano é o "caçador de marajá atual". Trata-se de uma clara referência à forma como o próprio Collor se apresentava na campanha à Presidência da República de 1989. Depois de eleito, ele teve seu governo envolvido em diversos escândalos de corrupção e acabou renunciando em 1992.
"Fica lá o bastião da moralidade, o caçador de marajá atual falando, sendo que todos os podres, a poeira e a sujeira do governo dele [em São Paulo] estão embaixo do tapete", disse Marta, que fez campanha nesta tarde no comércio do centro de Mauá (Grande São Paulo).
Apesar da referência explícita --e pejorativa--, Marta afirmou que não existe constrangimento pelo próprio Collor ter anunciado apoio à candidatura de Lula. E aproveitou para alfinetar o tucano.
"É a diferença entre você buscar o apoio do Garotinho e depois dizer que não buscou, e fazer aquela hipocrisia toda, e você receber o apoio do Collor sem ter ido pedir."
A metralhadora da ex-prefeita de São Paulo estava mesmo afiada. Cheia de ironias, ela atacou o adversário de Lula de todas as formas possíveis. Para ela, no debate, de forma artificial, ensaiada, Alckmin "foi de picolé de chuchu para exterminador do futuro, Rambo".
"Agora, fica esquisito uma coisa dessa, né? Se fosse Rambo de verdade, o PCC [Primeiro Comando da Capital] não estaria como está em São Paulo. Ficou uma coisa muito treinada [a postura ofensiva do tucano]", afirmou.
Marta chegou ao ponto até de criticar Alckmin por ele ter ido de táxi ao debate. Em sua opinião, o tucano fez isso para criar o personagem que faz de tudo para economizar, a imagem do bom administrador.
"Isso tudo faz parte de uma postura que não é transparente, é uma postura hipócrita. Porque, vamos e venhamos, ir de táxi para o debate é para fazer figuração, ou será que ele não tinha um carro para levar ele?", indagou.
Para Marta, o presidente Lula se saiu bem no debate porque ficou claro que ele estava lá para apresentar propostas, contra um adversário que só queria fazer acusações. Para piorar, diz a petista, são ataques de alguém que esconde a própria sujeira.
"Ele não deixa fazer nenhuma [CPI]. E aí posa de santo. E o coitado do Lula lá, tendo que explicar meia dúzia de aloprados que fizeram uma besteira", disse ela, em referência ao episódio do dossiê.
Durante o debate, Alckmin insistiu no tema, questionando de Lula a origem do dinheiro (R$ 1,7 milhão) que seria usado para comprar os documentos que supostamente ligariam o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), à máfia das ambulâncias.
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