Publicidade
Publicidade
09/10/2006
-
18h59
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Uma semana depois de o presidenciável Geraldo Alckmin ter conquistado o apoio de Anthony Garotinho (PMDB-RJ) --um dos líderes da Igreja evangélica-- à sua candidatura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra-atacou e atraiu hoje cantores de música gospel para a sua campanha.
No total, 34 artistas estiveram no Palácio da Alvorada para oferecer apoio ao presidente, capitaneados pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), da Assembléia de Deus.
A maioria dos novos aliados de Lula pertence à Assembléia de Deus e a Igreja Batista. A aposta da campanha petista é que artistas como Mara Maravilha, Wanderley Cardoso, J. Neto e Robinson Monteiro, que ficou famoso no programa do Raul Gil, ajudem a pedir votos para o presidente entre os fiéis de suas igrejas, contrabalançando o apoio que Alckmin terá dos "fiéis de Garotinho".
"Isso é muito importante para o presidente, principalmente depois que Garotinho, figura importante nesta área evangélica, deu apoio a Geraldo Alckmin", admitiu Marcelo Crivella.
Homem de Jesus
Na cerimônia, Lula foi chamado de "homem de Jesus", por Mara Maravilha, e um homem que está "junto ao olhar de Deus", segundo a ministra Marina.
Também é no Evangelho que os presentes buscaram resposta para as denúncias que o presidente Lula enfrentou no seu governo.
"Eles disseram que houve escândalos. Jesus disse que os escândalos são inevitáveis. Tiveram no governo deles [em referência à FHC] e no nosso. A diferença é que eles amarravam a pedra nos escândalos e jogavam no mar; no nosso governo amarramos a pedra no escandaloso", disse Crivella.
Para Mara Maravilha, Lula é perseguido como foi Jesus Cristo. "Tudo o que é bom, tudo o que é muito bom, é muito perseguido, como o senhor Jesus", disse.
Debate
O debate entre Lula e Alckmin, promovido ontem pela TV Bandeirantes, também foi tema de análise.
A ministra Marina Silva considerou que o presidente "ofereceu a outra face" ao comparecer ao confronto com o tucano. "Fiquei orgulhosa do senhor que mostrou ser possível oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade; para a face da arrogância, a humildade", afirmou.
Marina disse que Lula fez bem ao responder a Alckmin que não cabe a ele punir os envolvidos em irregularidades, tarefa que é da Justiça. "Não queremos vingança, mas fazer justiça", justificou a ministra.
Parabéns
No final da cerimônia, o presidente queria cantar os parabéns para Marcelo Crivella que faz aniversário hoje, mas foi alertado por assessores que a manifestação poderia ser condenada pela Justiça eleitoral, que proibiu músicas no período da campanha. "Vamos chamar um jornalista para cantar os parabéns, já que eles não estão em campanha", tentou Lula. Ninguém se arriscou.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Lula busca evangélicos para neutralizar apoio de Garotinho a Alckmin
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Uma semana depois de o presidenciável Geraldo Alckmin ter conquistado o apoio de Anthony Garotinho (PMDB-RJ) --um dos líderes da Igreja evangélica-- à sua candidatura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra-atacou e atraiu hoje cantores de música gospel para a sua campanha.
No total, 34 artistas estiveram no Palácio da Alvorada para oferecer apoio ao presidente, capitaneados pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), da Assembléia de Deus.
A maioria dos novos aliados de Lula pertence à Assembléia de Deus e a Igreja Batista. A aposta da campanha petista é que artistas como Mara Maravilha, Wanderley Cardoso, J. Neto e Robinson Monteiro, que ficou famoso no programa do Raul Gil, ajudem a pedir votos para o presidente entre os fiéis de suas igrejas, contrabalançando o apoio que Alckmin terá dos "fiéis de Garotinho".
"Isso é muito importante para o presidente, principalmente depois que Garotinho, figura importante nesta área evangélica, deu apoio a Geraldo Alckmin", admitiu Marcelo Crivella.
Homem de Jesus
Na cerimônia, Lula foi chamado de "homem de Jesus", por Mara Maravilha, e um homem que está "junto ao olhar de Deus", segundo a ministra Marina.
Também é no Evangelho que os presentes buscaram resposta para as denúncias que o presidente Lula enfrentou no seu governo.
"Eles disseram que houve escândalos. Jesus disse que os escândalos são inevitáveis. Tiveram no governo deles [em referência à FHC] e no nosso. A diferença é que eles amarravam a pedra nos escândalos e jogavam no mar; no nosso governo amarramos a pedra no escandaloso", disse Crivella.
Para Mara Maravilha, Lula é perseguido como foi Jesus Cristo. "Tudo o que é bom, tudo o que é muito bom, é muito perseguido, como o senhor Jesus", disse.
Debate
O debate entre Lula e Alckmin, promovido ontem pela TV Bandeirantes, também foi tema de análise.
A ministra Marina Silva considerou que o presidente "ofereceu a outra face" ao comparecer ao confronto com o tucano. "Fiquei orgulhosa do senhor que mostrou ser possível oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade; para a face da arrogância, a humildade", afirmou.
Marina disse que Lula fez bem ao responder a Alckmin que não cabe a ele punir os envolvidos em irregularidades, tarefa que é da Justiça. "Não queremos vingança, mas fazer justiça", justificou a ministra.
Parabéns
No final da cerimônia, o presidente queria cantar os parabéns para Marcelo Crivella que faz aniversário hoje, mas foi alertado por assessores que a manifestação poderia ser condenada pela Justiça eleitoral, que proibiu músicas no período da campanha. "Vamos chamar um jornalista para cantar os parabéns, já que eles não estão em campanha", tentou Lula. Ninguém se arriscou.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice