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09/10/2006
-
21h48
da Folha Online
O agente aposentado da Polícia Federal, Gedimar Pereira Passos, alegou em sua defesa encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não tem qualquer vínculo com o PT e que desconhece a origem do R$ 1,7 milhão apreendido pela PF em São Paulo e que seriam usados na suposta compra de um dossiê contra candidatos tucanos.
Passos foi preso no dia 15 de setembro em um hotel em São Paulo junto com Valdebran Padilha. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão que seriam usados na suposta compra do dossiê.
Passos também afirma que não sabe nada sobre o dinheiro apreendido pela PF em São Paulo. Segundo ele, quando recebeu a determinação do diretor afastado do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) Jorge Lorenzetti para viajar até São Paulo para analisar os suspostos documentos do dossiê, desconhecia a "existência de acordo que envolvesse caráter pecuniário". Segundo Gedimar, ele só ficou sabendo de uma "suposta transação em dinheiro" quando dois desconhecidos, em dias e horas diferentes, levaram o dinheiro até ele. Na defesa, Passos não cita os nomes dos desconhecidos.
Segundo Passos, sua incumbência seria apenas a de avaliar os documentos, o que, segundo ele, não chegou a ser feito porque os documentos não chegaram a ser entregues.
Na defesa encaminhada nesta segunda-feira por Passos ao TSE, ele diz ter feito um acordo com Lorenzetti, para analisar documentos que seriam entregues por ele. "O acordo foi então celebrado, sendo estabelecido que a remuneração pelos serviços do representado (Gedimar) seria regularmente paga pelo Partido dos Trabalhadores, o qual fora formalmente instado por meio de seu setor de Recursos Humanos", alega a defesa de Passos.
Ele também declarou em sua defesa ter sido contratado para atestar a autenticidade dos documentos em poder dos donos da Planam, empresa apontada como beneficiária no esquema de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União, conhecido como máfia das ambulâncias.
De acordo com o TSE, na defesa Passos afirma que, em três oportunidades, nos meses de agosto e setembro, ele seria responsável pela tarefa de análise de documentos que deveriam ser entregues em Cuiabá e Brasília.
Passos também afirma em sua defesa que só conhece Jorge Lorenzetti, diretor do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), entre todos os citados por suposto envolvido no escândalo do dossiê.
Passos afirma ainda que não conhece o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, todos investigados pelo TSE por causa das denúncias do dossiê contra os tucanos.
Segundo Passos, ele só teria delatado o ex-assessor especial de Lula Freud Godoy enquanto esteve preso na carceragem da superintendência da PF em São Paulo "apenas com vistas à (falsa) promessa de liberdade do inquisidor naquela oportunidade, a título de colaboração ampla com as investigações".
Na defesa de Passos, ele afirma que "sob a promessa de não ser detido, declinou o nome de um membro do governo que se lembrava por ter acompanhado em um trabalho anterior de segurança no comitê eleitoral, mas que, de fato, não possuía --em seu conhecimento-- qualquer envolvimento com a situação", informa o TSE.
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Gedimar Passos nega conhecer a origem do dinheiro do dossiê
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O agente aposentado da Polícia Federal, Gedimar Pereira Passos, alegou em sua defesa encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não tem qualquer vínculo com o PT e que desconhece a origem do R$ 1,7 milhão apreendido pela PF em São Paulo e que seriam usados na suposta compra de um dossiê contra candidatos tucanos.
Passos foi preso no dia 15 de setembro em um hotel em São Paulo junto com Valdebran Padilha. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão que seriam usados na suposta compra do dossiê.
Passos também afirma que não sabe nada sobre o dinheiro apreendido pela PF em São Paulo. Segundo ele, quando recebeu a determinação do diretor afastado do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) Jorge Lorenzetti para viajar até São Paulo para analisar os suspostos documentos do dossiê, desconhecia a "existência de acordo que envolvesse caráter pecuniário". Segundo Gedimar, ele só ficou sabendo de uma "suposta transação em dinheiro" quando dois desconhecidos, em dias e horas diferentes, levaram o dinheiro até ele. Na defesa, Passos não cita os nomes dos desconhecidos.
Segundo Passos, sua incumbência seria apenas a de avaliar os documentos, o que, segundo ele, não chegou a ser feito porque os documentos não chegaram a ser entregues.
Na defesa encaminhada nesta segunda-feira por Passos ao TSE, ele diz ter feito um acordo com Lorenzetti, para analisar documentos que seriam entregues por ele. "O acordo foi então celebrado, sendo estabelecido que a remuneração pelos serviços do representado (Gedimar) seria regularmente paga pelo Partido dos Trabalhadores, o qual fora formalmente instado por meio de seu setor de Recursos Humanos", alega a defesa de Passos.
Ele também declarou em sua defesa ter sido contratado para atestar a autenticidade dos documentos em poder dos donos da Planam, empresa apontada como beneficiária no esquema de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União, conhecido como máfia das ambulâncias.
De acordo com o TSE, na defesa Passos afirma que, em três oportunidades, nos meses de agosto e setembro, ele seria responsável pela tarefa de análise de documentos que deveriam ser entregues em Cuiabá e Brasília.
Passos também afirma em sua defesa que só conhece Jorge Lorenzetti, diretor do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), entre todos os citados por suposto envolvido no escândalo do dossiê.
Passos afirma ainda que não conhece o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, todos investigados pelo TSE por causa das denúncias do dossiê contra os tucanos.
Segundo Passos, ele só teria delatado o ex-assessor especial de Lula Freud Godoy enquanto esteve preso na carceragem da superintendência da PF em São Paulo "apenas com vistas à (falsa) promessa de liberdade do inquisidor naquela oportunidade, a título de colaboração ampla com as investigações".
Na defesa de Passos, ele afirma que "sob a promessa de não ser detido, declinou o nome de um membro do governo que se lembrava por ter acompanhado em um trabalho anterior de segurança no comitê eleitoral, mas que, de fato, não possuía --em seu conhecimento-- qualquer envolvimento com a situação", informa o TSE.
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