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10/10/2006
-
09h27
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
O líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Ênio Tatto, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva equivocou-se ao dizer, durante debate na TV Bandeirantes, que a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) contratou empresas ligadas a Abel Pereira quando era presidida por Barjas Negri (PSDB).
"A CDHU tem bastante processo, aliás é a que tem mais no Estado, mas essa empresa do Abel Pereira não tem processo contra ele, não. O que tem é que ele ganhou licitações, o que está sob questionamento, depois que Barjas Negri assumiu a Prefeitura de Piracicaba [SP]", afirmou o deputado petista.
Pereira e Negri disseram que irão à Justiça contra o presidente.
Lula fez a acusação quando questionava a transparência do governo do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, período em que foram engavetados 69 pedidos de CPIs. "A verdade é que o Barjas Negri foi secretário da CDHU e tem 122 condenações provisórias do TCE e uma das empresas contratadas é de um senhor chamado Abel. Que, segundo informações da imprensa, estava lá para comprar dossiê e assim mesmo o governador disse que não sabia", afirmou o presidente durante o debate na TV.
A assessoria de campanha de Lula chegou a informar que a fonte do presidente tinha sido o pedido de CPI para a CDHU, engavetada por Alckmin, fato que poderia ser comprovado pelo líder petista na Assembléia. Depois da posição de Tatto, a assessoria recuou dizendo ter sido um equívoco do candidato, que se confundiu com as contratações de Piracicaba.
Pereira é acusado pela família Vedoin de receber propina para atuar na liberação de recursos da Saúde quando Negri era ministro da pasta, em 2002. Os dois negam a acusação, mas são investigados no caso pela Polícia Federal e pela CPI dos Sanguessugas.
O diretor de Obras da CDHU, Edward Zeppo, afirmou ser "100% garantido" que as empresas de Pereira --Construtora e Pavimentadora Cicat e a Cicat Construção Civil e Pavimentadora-- nunca tiveram contratos com a CDHU, assim como a Concivi Construtora, ligada à família do empresário.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Lula errou em acusação na TV, afirma líder do PT
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da Folha de S.Paulo
O líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Ênio Tatto, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva equivocou-se ao dizer, durante debate na TV Bandeirantes, que a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) contratou empresas ligadas a Abel Pereira quando era presidida por Barjas Negri (PSDB).
"A CDHU tem bastante processo, aliás é a que tem mais no Estado, mas essa empresa do Abel Pereira não tem processo contra ele, não. O que tem é que ele ganhou licitações, o que está sob questionamento, depois que Barjas Negri assumiu a Prefeitura de Piracicaba [SP]", afirmou o deputado petista.
Pereira e Negri disseram que irão à Justiça contra o presidente.
Lula fez a acusação quando questionava a transparência do governo do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, período em que foram engavetados 69 pedidos de CPIs. "A verdade é que o Barjas Negri foi secretário da CDHU e tem 122 condenações provisórias do TCE e uma das empresas contratadas é de um senhor chamado Abel. Que, segundo informações da imprensa, estava lá para comprar dossiê e assim mesmo o governador disse que não sabia", afirmou o presidente durante o debate na TV.
A assessoria de campanha de Lula chegou a informar que a fonte do presidente tinha sido o pedido de CPI para a CDHU, engavetada por Alckmin, fato que poderia ser comprovado pelo líder petista na Assembléia. Depois da posição de Tatto, a assessoria recuou dizendo ter sido um equívoco do candidato, que se confundiu com as contratações de Piracicaba.
Pereira é acusado pela família Vedoin de receber propina para atuar na liberação de recursos da Saúde quando Negri era ministro da pasta, em 2002. Os dois negam a acusação, mas são investigados no caso pela Polícia Federal e pela CPI dos Sanguessugas.
O diretor de Obras da CDHU, Edward Zeppo, afirmou ser "100% garantido" que as empresas de Pereira --Construtora e Pavimentadora Cicat e a Cicat Construção Civil e Pavimentadora-- nunca tiveram contratos com a CDHU, assim como a Concivi Construtora, ligada à família do empresário.
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