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10/10/2006 - 09h58

Lula chama dossiê de "coisa imbecil" e diz que tinha chance de vencer no 1º turno

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CRISTINA CHARÃO
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, fez uma dura avaliação sobre os escândalos que abalaram seu mandato e, principalmente, a sua campanha em entrevista na manhã desta terça-feira às rádios "Bandeirantes" e "BandNews".

Para Lula, a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que denunciou que a casa onde trabalhava era usada para por um grupo ligado ao ex-ministro Antonio Palocci para a realização de negociações ilícitas, foi uma "grosseria inimaginável". Já a tentativa de compra de dossiê contra candidatos tucanos voltou a ser classificada como "uma coisa imbecil", que nublou o "céu de brigadeiro" em que corria sua campanha.

"Eu estava com todas as possibilidades de vencer no primeiro turno. Olhava no horizonte e não via uma nuvem. Era céu de brigadeiro", avaliou o presidente, assumindo publicamente que esperava bater seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), já em 1º de outubro.

Lula repetiu o que ele é o principal prejudicado pelo episódio e que, portanto, é também o maior interessado em ver a investigação concluída. "Por isso [por ser o principal prejudicado] eu quero saber quem arquitetou, quem vendeu, o conteúdo do dossiê", disse Lula.

Mantendo a estratégia de jogar os holofotes sobre o que chama de "o conjunto da obra", o presidente voltou a citar o que considera circunstâncias estranhas relacionadas à descoberta da operação de compra do dossiê.

Afirmou estranhar o fato de que a equipe de TV da campanha de seu adversário, Geraldo Alckmin, ter chegado ao local antes das equipes de emissoras tradicionais. Também questionou o envolvimento "de procuradores que já participaram de casos desses; de delegados que já participaram de casos desses".

"E, veja que engraçado, tudo aconteceu depois de acabar o horário eleitoral, quando já não se tinha tempo para falar com a população", reclamou Lula.

Apesar de colocar a descoberta do dossiê sob suspeita de influência política, o presidente voltou a elogiar o trabalho da Polícia Federal. Disse que "este é o trabalho que a PF tem de fazer, doa a quem doer" e que, em seu governo, desbaratou-se um grande número de quadrilhas que agiam há 10 ou 15 anos.

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