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10/10/2006 - 18h31

Alckmin desautoriza proposta de Nakano para corte de gastos

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da Folha Online

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, contradisse hoje em Minas Gerais o economista Yoshiaki Nakano, um de seus assessores na área econômica. Nakano disse ontem em entrevista para a Reuters que se Alckmin fosse eleito iria promover um corte nos gastos governamentais de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), o que representaria mais de R$ 60 bilhões.

Alckmin disse que somente ele pode falar sobre propostas econômicas de seu eventual futuro governo. "Não vai cortar [gastos]. Isso não consta do meu programa. E não tem nada disto não. No meu governo, só falo eu."

A proposta de Nakano foi duramente criticada por vários setores do PT. O coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marco Aurélio Garcia, disse ontem que Alckmin "quer levar o país à recessão e o governo federal à inoperância".

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não havia necessidade de aumentar o ajuste fiscal. "Não vejo necessidade de utilizar tratamento de choque ou movimento radicais na economia brasileira. Nas vezes que instrumentos como esse foram utilizados, nós tivemos um final infeliz. (...) Sou contra esses métodos radicais", disse.

Já o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse não acreditar que Nakano tenha sugerido um corte drásticos nas despesas do governo já a partir do ano que vem. "Com toda sinceridade deve ser um mal entendido. Nakano é da maior classificação técnica. Eu duvido que ele tenha falado isso", disse o ministro.

Além do corte de gastos, Nakano também defendeu uma meta de inflação entre 2% e 4%, a redução rápida da taxa de juros e a desvalorização do real frente ao dólar. A meta de inflação do governo Lula é de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a Selic está hoje em 14,25% ao ano.

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