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10/10/2006 - 22h31

Vitória de Alckmin representa mal maior, diz Lula em São Paulo

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT, disse na noite desta terça-feira que o país precisa se mobilizar para evitar a vitória de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência da República. Segundo ele, a eleição de seu adversário significaria "um retrocesso" e "o mal maior" para o Brasil.

Lula afirmou que não se trata apenas de uma eleição dele contra Alckmin. Para ele, será uma escolha que a população fará entre dois projetos de governo, sendo um a continuidade de seu mandato e o outro o retrocesso das privatizações e da subordinação ao mercado e ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

"Agora temos que ir para a rua organizar, em cada cidade, em cada bairro, colocar as bandeiras dos partidos, e a gente vai junto, para não permitir que o mal maior aconteça neste país", afirmou Lula em discurso para milhares de militantes em um clube da zona norte de São Paulo.

O candidato petista disse ainda que a oposição está com ódio dele porque "eles não estavam preparados para que a gente fizesse política de inclusão social no país". Este ódio ficou refletido, segundo o presidente, na atuação de Alckmin durante o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes.

"Poucas vezes vi na vida grosseria, tratamento impiedoso e ódio estampado na cara de adversários como vi no PSDB no debate", disse Lula.

Intervenção divina

Durante seu discurso a militantes petistas, Lula atribuiu à vontade superior o fato da disputa presidencial ter ido para o segundo turno. Segundo ele, Deus quis mandar um recado ao clima de vitória de sua campanha e também à arrogância do PT.

"Vamos dar um segundo turno para que ele [Lula] perceba que tem que colocar mais álcool ou feijão com água dentro do sapato, para alargar um pouco e trazer mais gente para ajudar, não apenas a ganhar, como também ajudar a governar este país de fato e de direito da forma mais plural e democrática possível", disse Lula, reproduzindo o que ele acha que Deus pensou ao tomar tal decisão.

Lula também aproveitou para alfinetar seu próprio partido a respeito das alianças para o segundo turno. "Governar de forma plural é a gente permitir que todos os partidos políticos tenham poder de decisão junto com o governo e não apenas um partido querer ter a hegemonia. Porque de vez em quando nós cometemos o pequeno erro de achar que aliança política é quando os outros aceitam nos apoiar, mas nós dificilmente decidimos apoiar os outros", disse.

O recado até poderia ser uma explicação adiantada ao eclético palanque montado pela campanha petista no evento desta noite. Ao lado de Lula estavam representantes de diversos partidos, tanto aliados como rivais.

Havia prefeitos do PFL, PPS e PDT e políticos como o ex-ministro Delfim Neto (PMDB), o deputado federal eleito Frank Aguiar (PTB), o vereador Agnaldo Timóteo (PL), a candidata derrotada à Presidência pelo PRP, Ana Maria Rangel, além de lideranças tradicionais do partido em São Paulo.

No caso de Delfim, uma das presenças mais inusitadas no comício, Lula fez questão de destinar boa parte do início de seu discurso a ele. Segundo Lula, desde que tomou posse, o ex-ministro "tem se colocado defendendo a nossa política econômica".

Lula chegou a dizer que Delfim não conseguiu se reeleger deputado federal por São Paulo "porque certamente foi considerado traidor da sua classe pela elite política deste Estado", que, ainda segundo o presidente, não aceita uma politica econômica aliada à inclusão social.

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