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11/10/2006
-
17h31
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) avaliou hoje que a pesquisa Datafolha --que indica vantagem de 11 pontos da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tucano Geraldo Alckmin-- demonstra que o petista conquistou votos nas classes média e alta.
Segundo Tarso, é preciso ter cautela com os números, pois "pesquisa é uma fotografia do momento", mas é possível dizer a partir dos dados que as condições de o presidente vencer a eleição estão dadas.
"A pesquisa atingiu os que viram o debate, obviamente. Quem assistiu pertence a uma faixa de renda superior, onde estamos perdendo ou em condição de empate. Isso significa uma vitória para nós, que crescemos nesse meio", disse Tarso.
O ministro afirmou que não conversou com o presidente sobre a pesquisa, mas que certamente ele deve ter a mesma impressão de todos os políticos de que pesquisa é o retrato do momento.
"[A pesquisa] não quer dizer que Lula ganhou a eleição. As grandes possibilidades estão dadas, ele tem condição de ganhar, agora vamos trabalhar para consolidar a grande vitória", afirmou.
Waldir Pires (Defesa) também comentou o resultado do Datafolha. "Foi excelente, significa que cada vez se consolida a convicção de que vamos conquistar nesse país o caminho democrático da afirmação da cidadania", disse.
Debate
O ministro indicou que a campanha do presidente Lula não deve ter grandes alterações com o início do horário eleitoral. O presidente vai continuar insistindo no debate sobre a comparação do seu governo com o do ex-presidente Fernando Henrique e da questão ética. Lula deverá acrescentar, porém, a discussão sobre a atuação da organização criminosa PCC em São Paulo.
"O presidente Lula quer ir mais adiante na questão da ética. Queremos examinar a questão do PCC em São Paulo. Como é que um cidadão que está no governo há quase quatro anos, o seu partido teve 12 anos, não sabia de uma organização criminosa que tomava conta dos presídios em SP e do preparo de uma insurreição que ceifou milhares de vidas?", questionou Tarso, em referência aos ataques do PCC no Estado.
Segundo o ministro, ao não conseguir evitar os ataques, Alckmin deu "um sinal de irresponsabilidade pública que é inadmissível".
Programa eleitoral
Sobre o programa eleitoral do presidente --o horário político será retomado amanhã-- o ministro das Relações Institucionais disse que "vai continuar com três modulações: a comparação com aquilo que ocorreu, as propostas para o futuro e também o embate da questão ética, que não queremos deixar de fora, fazermos questão de fazê-lo".
Apoios
Tarso comentou ainda sobre o apoio do governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), à candidatura do presidente Lula, que deverá ser formalizado hoje.
"O apoio do Maggi é muito importante porque pela atividade produtiva e relações políticas que ele tem, abre um espaço muito grande na questão do agronegócio, da grande agricultura empresarial, onde já temos base de apoio, mas evidentemente ele dá uma sustentação muito grande".
Blairo deve se licenciar do PPS para apoiar Lula. O partido apóia o candidato Geraldo Alckmin.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Ministros comemoram pesquisa e dizem que Lula vai manter debate sobre ética
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) avaliou hoje que a pesquisa Datafolha --que indica vantagem de 11 pontos da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tucano Geraldo Alckmin-- demonstra que o petista conquistou votos nas classes média e alta.
Segundo Tarso, é preciso ter cautela com os números, pois "pesquisa é uma fotografia do momento", mas é possível dizer a partir dos dados que as condições de o presidente vencer a eleição estão dadas.
"A pesquisa atingiu os que viram o debate, obviamente. Quem assistiu pertence a uma faixa de renda superior, onde estamos perdendo ou em condição de empate. Isso significa uma vitória para nós, que crescemos nesse meio", disse Tarso.
O ministro afirmou que não conversou com o presidente sobre a pesquisa, mas que certamente ele deve ter a mesma impressão de todos os políticos de que pesquisa é o retrato do momento.
"[A pesquisa] não quer dizer que Lula ganhou a eleição. As grandes possibilidades estão dadas, ele tem condição de ganhar, agora vamos trabalhar para consolidar a grande vitória", afirmou.
Waldir Pires (Defesa) também comentou o resultado do Datafolha. "Foi excelente, significa que cada vez se consolida a convicção de que vamos conquistar nesse país o caminho democrático da afirmação da cidadania", disse.
Debate
O ministro indicou que a campanha do presidente Lula não deve ter grandes alterações com o início do horário eleitoral. O presidente vai continuar insistindo no debate sobre a comparação do seu governo com o do ex-presidente Fernando Henrique e da questão ética. Lula deverá acrescentar, porém, a discussão sobre a atuação da organização criminosa PCC em São Paulo.
"O presidente Lula quer ir mais adiante na questão da ética. Queremos examinar a questão do PCC em São Paulo. Como é que um cidadão que está no governo há quase quatro anos, o seu partido teve 12 anos, não sabia de uma organização criminosa que tomava conta dos presídios em SP e do preparo de uma insurreição que ceifou milhares de vidas?", questionou Tarso, em referência aos ataques do PCC no Estado.
Segundo o ministro, ao não conseguir evitar os ataques, Alckmin deu "um sinal de irresponsabilidade pública que é inadmissível".
Programa eleitoral
Sobre o programa eleitoral do presidente --o horário político será retomado amanhã-- o ministro das Relações Institucionais disse que "vai continuar com três modulações: a comparação com aquilo que ocorreu, as propostas para o futuro e também o embate da questão ética, que não queremos deixar de fora, fazermos questão de fazê-lo".
Apoios
Tarso comentou ainda sobre o apoio do governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), à candidatura do presidente Lula, que deverá ser formalizado hoje.
"O apoio do Maggi é muito importante porque pela atividade produtiva e relações políticas que ele tem, abre um espaço muito grande na questão do agronegócio, da grande agricultura empresarial, onde já temos base de apoio, mas evidentemente ele dá uma sustentação muito grande".
Blairo deve se licenciar do PPS para apoiar Lula. O partido apóia o candidato Geraldo Alckmin.
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