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14/10/2006 - 08h58

Folha questiona presidenciáveis sobre políticas para a educação

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da Folha de S.Paulo

A Folha iniciou no último domingo a série "Candidatos em 20 pontos", na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) responderão a perguntas formuladas pelo jornal.

O objetivo é questionar os presidenciáveis sobre temas de interesse da população. A série termina no dia 27, dois dias antes do segundo turno da eleição. Serão 20 dias, com duas perguntas em cada um.

Pergunta:

O Brasil ainda tem 15 milhões de analfabetos adultos. Ao fim de seu eventual governo, em quanto esse número será reduzido?

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE, mostra que o número de analfabetos teve uma redução de apenas 134.222 mil pessoas de 2002 para 2004.

Lula

O nosso governo é o que mais tem enfrentado a questão do analfabetismo. Implementamos intenso programa de alfabetização. Nestes três anos e meio, beneficiamos cerca de 7 milhões de jovens e adultos por meio do programa Brasil Alfabetizado.

Essas pessoas, que nunca tiveram a possibilidade de freqüentar a escola na idade apropriada, agora têm a oportunidade de concluir a alfabetização. O Fazendo Escola já possibilitou, desde 2003, que 10 milhões de brasileiros freqüentassem o ensino fundamental.

No segundo mandato, os programas de combate ao analfabetismo, principalmente o Brasil Alfabetizado, serão ampliados. Vamos estendê-los mais ainda às comunidades que vivem relativamente isoladas como os quilombolas, pescadores, populações prisionais. Nosso objetivo tem sido e continuará sendo a erradicação completa do analfabetismo.

Alckmin

No meu governo vamos trabalhar em parceria com estados, municípios, ONGs e entidades para erradicar o analfabetismo das pessoas com até 40 anos de idade, garantindo também EJA (Educação de Jovens e Adultos) para todos aqueles que quiserem ser alfabetizados, independentemente da idade.

Vamos criar um Sistema de Certificação Nacional de Educação de Jovens e Adultos para assegurar a qualidade dos cursos oferecidos e, o mais importante, a aprendizagem de todos.

Não adianta apenas alfabetizar os adultos, é preciso garantir, além da alfabetização, a continuidade do EJA, para que todos os cidadãos tenham a chance de ter o diploma de ensino fundamental e uma vida melhor.

Pergunta:

O sr. vai priorizar o ensino o básico ou o superior?

O projeto do Fundeb, que está no Congresso, se aprovado, colocará novos recursos de municípios, Estados e União também no financiamento da educação infantil e do ensino médio. No ensino superior, além da expansão de vagas, é cobrada a melhora da qualidade do ensino.

Lula

A Educação será prioridade absoluta. Não temos a visão de foco apenas no ensino fundamental. Investimos em todos os níveis. Nós aumentamos de 8 para 9 anos o tempo de permanência nas escolas.

Enviamos ao Congresso o projeto de criação do Fundeb, que, em quatro anos, aumentará em R$ 4,5 bilhões os recursos para o ensino básico. Criamos 10 novas universidades públicas, 48 extensões universitárias e 32 escolas técnicas. Através do Prouni, já concedemos 204 mil bolsas na universidade.

Cada uma das escolas públicas do ensino médio terá pelo menos um laboratório de informática. Vamos criar, em cada cidade-pólo, uma extensão universitária e uma escola técnica federal. Continuaremos a investir na formação de professores. Vamos também garantir maior financiamento para o estudante pobre que estuda em escolas particulares.

Alckmin

Vou priorizar a educação básica. Na educação infantil, vamos progressivamente universalizar o atendimento das crianças de 4 e 5 anos. No ensino fundamental, investir na qualidade. Para isso, vamos criar incentivos para combate a repetência e o abandono, dar prioridade à alfabetização e implantar programa de valorização dos professores, além de premiar as escolas que mais se esforçarem e definir apoio para as insatisfatórias.

No ensino médio, universalizar o acesso e aumentar a oferta diurna, combater a repetência e a evasão, introduzir disciplinas semi-profissionalizantes e ampliar o ensino técnico.

A prioridade para o ensino básico não exclui o universitário. Investiremos nas faculdades de tecnologia e nas pesquisas em universidades públicas. E vamos retomar a avaliação dos cursos.

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