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15/10/2006 - 09h34

Empresas pró-Lula agora doam para Alckmin

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CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

A chegada do tucano Geraldo Alckmin ao segundo turno provocou um movimento no universo empresarial. O comando da campanha do candidato foi procurado até por empresas que evitaram fazer contribuições na primeira etapa da corrida presidencial.

Entre os novos colaboradores, duas grandes empresas antes associadas ao adversário Luiz Inácio Lula da Silva, uma delas do comércio varejista.
"Está vindo até numa velocidade maior do que no primeiro momento", afirma o tesoureiro da campanha tucana, Paulo Bressan, numa referência ao fluxo de recursos.

Segundo Bressan, empresas de médio porte também buscaram, espontaneamente, o comitê eleitoral para oferecer apoio à candidatura de Alckmin. Em dez dias úteis, o comando da campanha teria arrecadado --incluídas promessas de doações-- o suficiente para cobrir o orçamento fixado para o segundo turno, aproximadamente R$ 16 milhões.

O comando da campanha terá ainda que viabilizar cerca de R$ 15 milhões de despesas assumidas no primeiro turno sem que ainda estejam cobertas. "Temos ainda que arrecadar recursos para gastos do primeiro turno", disse o coordenador-geral da campanha, senador Sérgio Guerra (PE).

A ampliação da vantagem de Lula sobre Alckmin tem provocado, no entanto, preocupação no comando do PSDB. O medo é que a diferença de onze pontos percentuais, segundo o Datafolha, afaste os doadores.

O PT, por sua vez, passou por processo diferente. Nos primeiros dias do segundo turno, dizem petistas ligados à arrecadação, diminuiu o volume de recursos arrecadados em comparação aos meses anteriores. Agora, após a divulgação de pesquisas que apontam para a liderança de Lula, o ritmo voltou ao do primeiro turno.

Segundo petistas, há setores da economia --representados em federações-- que estão encomendando pesquisas diárias para acompanhar a evolução da disputa. Os resultados influenciariam na hora de contribuir com os candidatos.

Em geral, os setores que colaboram com as campanhas no segundo turno são as mesmas do primeiro. No primeiro turno, Lula obteve, segundo o comando das duas campanhas, maior apoio entre bancos, siderurgia e construção; Alckmin, no agronegócio, além de grupos como Gerdau e Votorantim.

No segundo turno, essas empresas voltam a ser procuradas. Quando está esgotado o cardápio das grandes empresas, os comitês investem nas de médio e pequeno porte.

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