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16/10/2006
-
11h24
da Folha Online
O deputado federal e presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, deve ser ouvido nesta terça-feira pela Polícia Federal sobre o escândalo do suposto dossiê contra políticos tucanos que seria comprado por integrantes do PT.
A princípio, a PF havia convidado Berzoini a depor na sexta-feira passada. Por ser parlamentar, Berzoini tem foro privilegiado. Um dos privilégios é justamente poder escolher a data do depoimento em casos como esse.
As investigações apontam indícios de que Berzoini tinha conhecimento da compra, por membros do PT, dos documentos que ligariam tucanos à máfia das ambulâncias.
O delegado da PF Diógenes Curado, no entanto, ainda não tem provas de que ele tenha sido o mandante da compra do dossiê.
O caso
A 15 dias das eleições, a Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
O material contra Serra seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário, que levaria o dossiê contra o tucano. O PT nega que o dinheiro seja do partido.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do ex-coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Além deles, também o ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy e o ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercandante ao governo do Estado de São Paulo, Hamilton Lacerda, foram indicados como participantes da trama.
Lacerda teria sido o responsável por levar o dinheiro para Gedimar e Valdebran no hotel. À PF, ele negou que tenha levado a quantia.
No começo do mês, Berzoini afastou-se da presidência do PT. Lacerda e Lorenzetti pediram a desfiliação do partido. Ainda assim, os dois e mais Oswaldo Bargas e Expedito Veloso foram expulsos do PT pela Executiva Nacional.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
PF deve ouvir amanhã Ricardo Berzoini sobre caso dossiê
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O deputado federal e presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, deve ser ouvido nesta terça-feira pela Polícia Federal sobre o escândalo do suposto dossiê contra políticos tucanos que seria comprado por integrantes do PT.
A princípio, a PF havia convidado Berzoini a depor na sexta-feira passada. Por ser parlamentar, Berzoini tem foro privilegiado. Um dos privilégios é justamente poder escolher a data do depoimento em casos como esse.
As investigações apontam indícios de que Berzoini tinha conhecimento da compra, por membros do PT, dos documentos que ligariam tucanos à máfia das ambulâncias.
O delegado da PF Diógenes Curado, no entanto, ainda não tem provas de que ele tenha sido o mandante da compra do dossiê.
O caso
A 15 dias das eleições, a Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostram o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas.
O material contra Serra seria entregue pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.
Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário, que levaria o dossiê contra o tucano. O PT nega que o dinheiro seja do partido.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do ex-coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas (coordenador de programa de governo da campanha) e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Além deles, também o ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy e o ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercandante ao governo do Estado de São Paulo, Hamilton Lacerda, foram indicados como participantes da trama.
Lacerda teria sido o responsável por levar o dinheiro para Gedimar e Valdebran no hotel. À PF, ele negou que tenha levado a quantia.
No começo do mês, Berzoini afastou-se da presidência do PT. Lacerda e Lorenzetti pediram a desfiliação do partido. Ainda assim, os dois e mais Oswaldo Bargas e Expedito Veloso foram expulsos do PT pela Executiva Nacional.
Especial
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