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16/10/2006 - 10h01

Lula investe em comitês; Alckmin dá prioridade à TV

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CÁTIA SEABRA
FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo

Surpreendida com o segundo turno, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu na semana passada ofensiva para conferir capilaridade à candidatura, ou, como explicam dirigentes petistas, manter o nome do presidente na boca dos eleitores que já o escolheram e conquistar mais alguns.

O PT fez convocação para que eleitos e mesmo derrotados mantenham comitês abertos e equipes para dar sustentação à campanha do presidente, principalmente em Estado onde Lula perdeu.

A estrutura dos diretórios zonais do partido também foi mantida para reforçar a campanha. "Temos diagnóstico de que podemos crescer, o que pressupõe presença e participação", diz o vereador Paulo Fiorilo, presidente do PT paulistano --a capital, onde Lula não ganhou nem em áreas de vitória de Marta Suplicy em 2004, é "prioridade entre as prioridades", diz o dirigente.

Tucanos sugeriram a Geraldo Alckmin estratégia similar, mas, para cumprir o orçamento, ele a vetou e prefere centrar forças na campanha da TV.

Responsável pela logística da campanha, o ex-secretário-geral de FHC Eduardo Jorge Caldas Pereira apresentou a Alckmin um orçamento de R$ 25 milhões, que incluiria a contratação de estrutura nos Estados. Mas o próprio Alckmin reduziu para R$ 16 milhões o limite de gastos no segundo turno.

"Fizemos ajustes. O segundo turno é mais concentrado na TV e no rádio", disse Paulo Bressan, tesoureiro da campanha.

Nos Estados, deputados eleitos sugeriram que Alckmin arcasse com parte das despesas dos comitês para aproveitar a estrutura. Mas, segundo Bressan, o material será enviado aos diretórios do PSDB e do PFL.

Segundo Fiorilo, do PT, na capital já estão garantidas a estrutura de 36 diretórios zonais e 700 pessoas que trabalharão na campanha de Lula. A campanha não antecipou receitas e gastos do segundo turno.

A expectativa na semana passada era que cerca de 25 petistas que disputaram as eleições proporcionais com comitês na capital mantivessem as portas abertas e equipes em ação.

Jilmar Tatto, eleito deputado federal e braço direito de Marta, coordenadora estadual da campanha de Lula, manteve sua base.

"Estamos incorporando apoiadores de outras candidaturas que ganharam e perderam", afirmou.

No Rio Grande do Sul, onde Lula também perdeu para Alckmin e Olívio Dutra (PT) disputa o segundo turno com Yeda Crusius (PSDB), há movimento parecido.

Lá reforçaram a campanha o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto e Manuela D'Ávila, do PC do B, deputada federal mais votada do Estado.

Estratégia tucana

A estratégia de Alckmin depende dos Estados que têm mais relevância no segundo turno. Em São Paulo, a campanha incorporou a estrutura deixada por José Serra, eleito governador no primeiro turno.

Na Bahia, herdou o comitê de Paulo Souto, derrotado por Jaques Wagner (PT). Coordenador da bancada do PPS, Raul Jungmann (PPS) conta que os deputados eleitos foram convocados a colaborar. "Pedimos que disponibilizassem carro de som, muros, comitês", disse.

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