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16/10/2006
-
19h55
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
As legendas PSDB, PFL e PPS decidiram hoje recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que investigue todas as pessoas supostamente envolvidas numa "operação abafa" das investigações sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria usado por petistas para comprar um dossiê contra políticos do PSDB.
A denúncia será anexada ao processo que já tramita no TSE, a pedido dos três partidos, que investiga se a candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi beneficiada com o episódio do dossiê.
Um dos alvos da ação é o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). Segundo a revista "Veja" desta semana, o ministro orientou envolvidos com o dossiegate de forma a blindar o presidente Lula das acusações.
"Pedimos não só que sejam investigado todos os envolvidos, desde o delegado que foi afastado, ao carcereiro e os delegados que estavam de plantão, como o envolvimento do ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos] servindo de intermediário e dossiegate de toda essa artimanha que foi colocada para blindar o senhor Freud", disse o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissatti (CE).
Tucanos e pefelistas se apóiam na denúncia de que, quando Gedimar Passos estava preso, os responsáveis pelo plantão na PF teriam permitido que ele saísse da cadeia para se reunir com petistas, segundo a "Veja", e combinar uma nova versão para a denúncia.
Segundo o senador, os partidos também querem uma investigação sobre o suposto "afastamento e a marginalização de delegados que estavam investigando de maneira independente o caso".
Acompanhamento da OAB
Os três partidos também querem que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Congresso Nacional acompanhem de perto das investigações da Polícia Federal.
"Vamos visitar a OAB amanhã para que acompanhe todas as investigações do dossiegate e ajude a dar uma explicação à opinião pública sobre a origem do dinheiro. Temos a informação que [a origem dos recursos] é claramente sabida, mas que está sendo protelada por orientação do governo", disse Tasso.
Os presidentes dos três partidos devem ir amanhã à Polícia Federal para manifestar repúdio ao atraso das investigações sobre o dinheiro do dossiê.
"Vamos à PF deixar protocolado que não vamos admitir, em hipótese nenhuma, que a PF seja destruída e transformada em polícia política do governo Lula como está acontecendo. Vamos reagir dentro do parlamento para que a PF não siga esse caminho fascista que está seguindo hoje, com afastamento, perseguição e ameaça a profissionais que trabalham de forma independente", informou o presidente do PSDB.
Factóide
Os líderes dos três partidos reagiram às declarações da campanha do presidente Lula de que as novas denúncias sobre o dossiegate são um "factóide". Para o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), é o PT quem faz um "factóide" quando convoca uma coletiva no mesmo horário que a oposição iria receber a imprensa para mudar a pauta da discussão.
"O que é que a oposição tem com isso? Factóide de quê? Factóide é eles quererem perturbar uma decisão de três presidentes responsáveis, sob o qual não paira nenhuma dúvida de processo de corrupção, partidos decentes, diferentemente do que está ocorrendo na Presidência da República", disse.
Maggi
Em outra frente, PSDB, PFL e PPS vão ingressar no TSE com pedido de abertura de processo de abuso de poder econômico e administrativo contra o presidente Lula, por causa do "mega-mensalão" que teria sido dado ao governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), pelo governo para que ele apoiasse a candidatura do presidente Lula.
"É um crime eleitoral confesso e explícito, já que o próprio governador saiu do Palácio do Planalto avisando a todos que tinha acabado de resolver dar seu apoio ao presidente Lula em função das vantagens pecuniárias e administrativas que teriam sido prometidas a ele pelo governo, caracterizando claramente abuso do poder econômico e federal", explicou Tasso.
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PSDB, PFL e PPS vão recorrer à Justiça para investigar dossiegate
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da Folha Online, em Brasília
As legendas PSDB, PFL e PPS decidiram hoje recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que investigue todas as pessoas supostamente envolvidas numa "operação abafa" das investigações sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria usado por petistas para comprar um dossiê contra políticos do PSDB.
A denúncia será anexada ao processo que já tramita no TSE, a pedido dos três partidos, que investiga se a candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi beneficiada com o episódio do dossiê.
Um dos alvos da ação é o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). Segundo a revista "Veja" desta semana, o ministro orientou envolvidos com o dossiegate de forma a blindar o presidente Lula das acusações.
"Pedimos não só que sejam investigado todos os envolvidos, desde o delegado que foi afastado, ao carcereiro e os delegados que estavam de plantão, como o envolvimento do ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos] servindo de intermediário e dossiegate de toda essa artimanha que foi colocada para blindar o senhor Freud", disse o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissatti (CE).
Tucanos e pefelistas se apóiam na denúncia de que, quando Gedimar Passos estava preso, os responsáveis pelo plantão na PF teriam permitido que ele saísse da cadeia para se reunir com petistas, segundo a "Veja", e combinar uma nova versão para a denúncia.
Segundo o senador, os partidos também querem uma investigação sobre o suposto "afastamento e a marginalização de delegados que estavam investigando de maneira independente o caso".
Acompanhamento da OAB
Os três partidos também querem que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Congresso Nacional acompanhem de perto das investigações da Polícia Federal.
"Vamos visitar a OAB amanhã para que acompanhe todas as investigações do dossiegate e ajude a dar uma explicação à opinião pública sobre a origem do dinheiro. Temos a informação que [a origem dos recursos] é claramente sabida, mas que está sendo protelada por orientação do governo", disse Tasso.
Os presidentes dos três partidos devem ir amanhã à Polícia Federal para manifestar repúdio ao atraso das investigações sobre o dinheiro do dossiê.
"Vamos à PF deixar protocolado que não vamos admitir, em hipótese nenhuma, que a PF seja destruída e transformada em polícia política do governo Lula como está acontecendo. Vamos reagir dentro do parlamento para que a PF não siga esse caminho fascista que está seguindo hoje, com afastamento, perseguição e ameaça a profissionais que trabalham de forma independente", informou o presidente do PSDB.
Factóide
Os líderes dos três partidos reagiram às declarações da campanha do presidente Lula de que as novas denúncias sobre o dossiegate são um "factóide". Para o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), é o PT quem faz um "factóide" quando convoca uma coletiva no mesmo horário que a oposição iria receber a imprensa para mudar a pauta da discussão.
"O que é que a oposição tem com isso? Factóide de quê? Factóide é eles quererem perturbar uma decisão de três presidentes responsáveis, sob o qual não paira nenhuma dúvida de processo de corrupção, partidos decentes, diferentemente do que está ocorrendo na Presidência da República", disse.
Maggi
Em outra frente, PSDB, PFL e PPS vão ingressar no TSE com pedido de abertura de processo de abuso de poder econômico e administrativo contra o presidente Lula, por causa do "mega-mensalão" que teria sido dado ao governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), pelo governo para que ele apoiasse a candidatura do presidente Lula.
"É um crime eleitoral confesso e explícito, já que o próprio governador saiu do Palácio do Planalto avisando a todos que tinha acabado de resolver dar seu apoio ao presidente Lula em função das vantagens pecuniárias e administrativas que teriam sido prometidas a ele pelo governo, caracterizando claramente abuso do poder econômico e federal", explicou Tasso.
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