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17/10/2006 - 10h19

Alckmin ataca Lula e Roseana e dá apoio a candidato do PDT

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LEANDRO BEGUOCI
enviado especial da Folha de S.Paulo a São Luís

O tucano Geraldo Alckmin fez campanha ontem no Maranhão contra Roseana Sarney (PFL), candidata ao governo do Estado que deu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Chegou a atacar Lula e Roseana a um só tempo. Disse que Lula "mudou muito, porque o poder muda as pessoas, infelizmente. Hoje, o que a gente vê? Em vez de atender a saúde, vai comprar avião de luxo. As pessoas mudam. Em vez de apoiar a luta popular, vai ser parceiro da oligarquia", referindo-se à família Sarney, que domina o Estado há quatro décadas. Na Bahia, porém, o tucano é apoiado pelo grupo de Antonio Carlos Magalhães, hegemônico no Estado desde os anos 70.

O PFL faz parte da coligação que sustenta Alckmin. Roseana contrariou a direção nacional do partido e apoiou Lula. O pai da candidata, senador José Sarney (PMDB-AP), é aliado do petista no Congresso. O PFL ameaça expulsar Roseana.

Logo ao chegar ao Maranhão, Alckmin declarou apoio ao adversário de Roseana. "Eu, se votasse no Maranhão, eu votaria no Jackson Lago." Questionado sobre por que apoiaria Lago sem obter contrapartida, já que o candidato do PDT se declarou neutro, o tucano afirmou: "Ele é melhor candidato, é mais coerente, pode fazer mais, tem visão social. Ele [Jackson Lago] também recebe apoio aqui do PT local. Não vou criar constrangimentos. Vim pelo compromisso com o Maranhão".

A coligação que dá suporte a Lago no segundo turno inclui PT e PSDB. Na cidade, carros ostentam adesivos tanto com os dizeres "Sou Alckmin, voto Jackson" quanto "Sou Lula, voto Jackson". Ambos tem o mesmo desenho e as mesmas cores.

No Maranhão, o tucano teve pouco mais de 18% dos votos. Para tentar diminuir a diferença, Alckmin disse que manterá o Bolsa Família e que Lula "faz demagogia barata" quando diz que o PSDB não tem compromisso com o Nordeste.

Diante da notícia de que o PDT optou pela neutralidade, Alckmin declarou que tem o apoio da sigla: "O PDT, a grande maioria das suas lideranças, deve ficar com a nossa campanha. Hoje, para minha alegria, acabei de receber o apoio do prefeito da capital, Tadeu Palácio, aqui o prefeito de São Luís". Questionado, Palácio não negou nem confirmou o apoio.

Campanha do medo

Antes de embarcar para o Maranhão, Alckmin acusou Lula de promover a "campanha do medo": "A campanha inteira deles é sobre o medo. "Olha, o adversário poderá tirar". Não vou tirar, é óbvio". O PT leva ao programa eleitoral a ameaça de extinção do Bolsa Família em caso de vitória de Alckmin: "O Bolsa Família fomos nós que criamos. Ele não deve ser é moeda de troca. Hoje você depende de voluntarismo. Não tem meta fixa". Ele acrescentou: "Independente de quem vai ser o governante, essa é uma política pública. Não uma política do governante do momento. É necessária para ajudar as pessoas, não para ganhar voto".

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