Publicidade
Publicidade
17/10/2006
-
18h17
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio a um intenso bate-boca entre parlamentares do governo e da oposição, a CPI dos Sanguessugas decidiu transformar em convite os requerimentos de convocação dos quatro ex-ministros da Saúde acusados de estarem no comando da pasta no período em que a máfia das ambulâncias agiu no ministério. Os parlamentares fizeram um acordo para evitar que José Serra (PSDB), Barjas Negri (PSDB), Saraiva Felipe (PMDB) e Humberto Costa (PT) fossem obrigados a prestar esclarecimentos à CPI, transformando as convocações em convites.
A disputa política marcou a reunião da comissão na tarde de hoje. Em diversos momentos, parlamentares do PT discutiram em tom exaltado com deputados e senadores do PSDB e do PFL. A oposição compareceu em massa à CPI e conseguiu aprovar nove requerimentos de convocação de petistas e ex-membros do governo acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano --entre eles Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, Freud Godoy, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Oswaldo Bargas, ex-integrante da campanha de Lula à reeleição.
No momento em que a CPI começaria a votar os requerimentos de convocação dos tucanos que estariam citados no dossiê, a comissão fechou acordo para transformar as convocações aos ex-ministros em convites. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), tentou colocar em votação o requerimento de convocação do empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro Barjas Negri, que é acusado de tentar comprar o dossiê antes dos petistas para abafar as denúncias contra os tucanos. Mas o presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), encerrou a reunião diante do início das votações no plenário do Senado.
"Quando chegamos no primeiro requerimento que poderia trazer incômodo para a oposição, a reunião [da CPI] virou um verdadeiro barraco. O palanque eleitoral ficou visível. O mínimo que se esperava dessa comissão era aprovar requerimentos dos envolvidos no outro lado da moeda", criticou Ideli.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), rebateu as acusações da petista. Segundo ele, não existem provas que liguem Serra e Barjas Negri à máfia das ambulâncias, o que desautoriza a CPI a convocá-los a depor. "O governador eleito de São Paulo não tem nada a ver com esse episódio. Seria o mesmo que convocar o presidente Lula a depor", criticou.
Em quase duas horas de reunião, o clima na CPI esquentou em diversos momentos. O senador Sibá Machado (PT-AC) chegou a bater boca com o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) em meio às discussões sobre a votação do requerimento.
O deputado Doutor Rosinha (PT-PR) também trocou insultos com o senador Efraim Morais (PFL-PB), a quem chamou de "mentiroso". Biscaia chegou a suspender a sessão por dez minutos para que os parlamentares acalmassem os ânimos antes de retomar as votações.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Leia cobertura sobre a máfia sanguessuga
Em clima tenso, CPI decide convidar quatro ex-ministros da Saúde para depor
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Em meio a um intenso bate-boca entre parlamentares do governo e da oposição, a CPI dos Sanguessugas decidiu transformar em convite os requerimentos de convocação dos quatro ex-ministros da Saúde acusados de estarem no comando da pasta no período em que a máfia das ambulâncias agiu no ministério. Os parlamentares fizeram um acordo para evitar que José Serra (PSDB), Barjas Negri (PSDB), Saraiva Felipe (PMDB) e Humberto Costa (PT) fossem obrigados a prestar esclarecimentos à CPI, transformando as convocações em convites.
A disputa política marcou a reunião da comissão na tarde de hoje. Em diversos momentos, parlamentares do PT discutiram em tom exaltado com deputados e senadores do PSDB e do PFL. A oposição compareceu em massa à CPI e conseguiu aprovar nove requerimentos de convocação de petistas e ex-membros do governo acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano --entre eles Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, Freud Godoy, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Oswaldo Bargas, ex-integrante da campanha de Lula à reeleição.
No momento em que a CPI começaria a votar os requerimentos de convocação dos tucanos que estariam citados no dossiê, a comissão fechou acordo para transformar as convocações aos ex-ministros em convites. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), tentou colocar em votação o requerimento de convocação do empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro Barjas Negri, que é acusado de tentar comprar o dossiê antes dos petistas para abafar as denúncias contra os tucanos. Mas o presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), encerrou a reunião diante do início das votações no plenário do Senado.
"Quando chegamos no primeiro requerimento que poderia trazer incômodo para a oposição, a reunião [da CPI] virou um verdadeiro barraco. O palanque eleitoral ficou visível. O mínimo que se esperava dessa comissão era aprovar requerimentos dos envolvidos no outro lado da moeda", criticou Ideli.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), rebateu as acusações da petista. Segundo ele, não existem provas que liguem Serra e Barjas Negri à máfia das ambulâncias, o que desautoriza a CPI a convocá-los a depor. "O governador eleito de São Paulo não tem nada a ver com esse episódio. Seria o mesmo que convocar o presidente Lula a depor", criticou.
Em quase duas horas de reunião, o clima na CPI esquentou em diversos momentos. O senador Sibá Machado (PT-AC) chegou a bater boca com o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) em meio às discussões sobre a votação do requerimento.
O deputado Doutor Rosinha (PT-PR) também trocou insultos com o senador Efraim Morais (PFL-PB), a quem chamou de "mentiroso". Biscaia chegou a suspender a sessão por dez minutos para que os parlamentares acalmassem os ânimos antes de retomar as votações.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice