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17/10/2006
-
18h40
da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota hoje explicando declaração dada na manhã desta terça-feira em entrevista para a rádio CBN. Segundo FHC, um erro seu de "cacoete de linguagem" fez com que uma declaração fosse interpretada de forma equivocada.
Em nota, FHC diz que é contrário à privatização da Petrobras. Por conta desse "cacoete", a frase foi interpretada como se FHC dissesse que não era contrário à privatização da Petrobras.
"Minha posição é clara [sobre o controle da Petrobras e do Banco do Brasil]: estas empresas devem ser públicas. Ao contrário do que vem ocorrendo no governo atual, que as utiliza para fins privados, no interesse de grupos e partidos políticos", diz FHC.
Questionado sobre o terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, FHC diz em nota que declarou textualmente: "Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei [que flexibilizou o monopólio estatal no setor]. Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não [e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública. E não ser utilizada para fins políticos", diz nota de FHC explicando sua declaração de manhã para a rádio CBN.
Veja a íntegra da nota divulgada por FHC:
"Um cacoete de linguagem, de minha parte, e uma transcrição imprecisa da entrevista que dei hoje pela manhã à rádio CBN deram origem a um mal-entendido sobre minha posição quanto ao controle da Petrobras e do Banco do Brasil. Minha posição é clara: estas empresas devem ser públicas.
Ao contrário do que vem ocorrendo no governo atual, que as utiliza para fins privados, no interesse de grupos e partidos políticos.
Perguntado sobre a onda de desinformação e terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, declarei textualmente: 'Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei (que flexibilizou o monopólio estatal no setor). Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não (e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública. E não ser utilizada para fins políticos'.
Sobre o sentido da minha declaração, não cabe dúvida. Dúvida, aí sim, pesa sobre honestidade, inclusive intelectual, daqueles que fazem do vale-tudo um método de luta política."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
FHC diz que foi mal interpretado e que é contra a privatização da Petrobras
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota hoje explicando declaração dada na manhã desta terça-feira em entrevista para a rádio CBN. Segundo FHC, um erro seu de "cacoete de linguagem" fez com que uma declaração fosse interpretada de forma equivocada.
Em nota, FHC diz que é contrário à privatização da Petrobras. Por conta desse "cacoete", a frase foi interpretada como se FHC dissesse que não era contrário à privatização da Petrobras.
"Minha posição é clara [sobre o controle da Petrobras e do Banco do Brasil]: estas empresas devem ser públicas. Ao contrário do que vem ocorrendo no governo atual, que as utiliza para fins privados, no interesse de grupos e partidos políticos", diz FHC.
Questionado sobre o terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, FHC diz em nota que declarou textualmente: "Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei [que flexibilizou o monopólio estatal no setor]. Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não [e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública. E não ser utilizada para fins políticos", diz nota de FHC explicando sua declaração de manhã para a rádio CBN.
Veja a íntegra da nota divulgada por FHC:
"Um cacoete de linguagem, de minha parte, e uma transcrição imprecisa da entrevista que dei hoje pela manhã à rádio CBN deram origem a um mal-entendido sobre minha posição quanto ao controle da Petrobras e do Banco do Brasil. Minha posição é clara: estas empresas devem ser públicas.
Ao contrário do que vem ocorrendo no governo atual, que as utiliza para fins privados, no interesse de grupos e partidos políticos.
Perguntado sobre a onda de desinformação e terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, declarei textualmente: 'Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei (que flexibilizou o monopólio estatal no setor). Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não (e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública. E não ser utilizada para fins políticos'.
Sobre o sentido da minha declaração, não cabe dúvida. Dúvida, aí sim, pesa sobre honestidade, inclusive intelectual, daqueles que fazem do vale-tudo um método de luta política."
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