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18/10/2006 - 08h31

No rádio, Lula ressalta tema da energia; Alckmin abranda críticas

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da Folha Online

O primeiro programa de rádio após a divulgação da pesquisa Datafolha que apontou a ampliação da vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, sobre o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, para 19 pontos percentuais mostrou mudanças significativas nas estratégias de campanha.

Lula apostou em valorizar pontos reconhecidos como positivos em seu governo. Já Alckmin abandonou os ataques diretos a seu opositor. Seu programa citou apenas uma vez a palavra "escândalo", assim mesmo sem citar episódios específicos como vinha fazendo.

O candidato petista passou a maior parte do seus dez minutos falando do programa do biodiesel e da auto-suficiência em petróleo e listando promessas para o setor energético, entre elas a construção de sete novas hidrelétricas e a construção de mais cinco plataformas de petróleo.

O gancho para falar de política energética veio da comparação de seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso, em que se destacou o tema do apagão. Lula ressaltou que a diversificação da matriz energética vai evitar este problema e colocar o Brasil como referência internacional.

No início do programa de Alckmin, uma vinheta usada há alguns dias, o narrador diz ser preciso "votar no certo" porque "errado é o que está aí --escândalos, muita promessa e pouco trabalho".

Depois, Alckmin restringe suas críticas ao nível da gestão. Falou do assistencialismo das políticas sociais de Lula, do mau estado de conservação das estradas e do desperdício de recursos públicos em viagens e publicidade.

O candidato petista, porém, manteve o tom de crítica direta. Seu programa buscou desconstruir a idéia de que Alckmin seria responsável pelo "maior programa habitacional da América Latina", como a campanha tucana vem ressaltando.

De acordo com texto lido por um narrado no programa de Lula, o ex-governador de São Paulo afirma ter construído 225 mil casas populares, mas a maioria dessas unidades teria sido feita durante a gestão Mário Covas. "A história não é bem assim: de 2001 a março de 2006, o tucano construiu apenas 90.920 casas", diz o narrador.

Além disso, a campanha petista afirma que Alckmin deixou de investir mais de R$ 1 bilhão previstos em orçamento. A estas afirmações, os estrategistas da campanha juntaram depoimentos de moradores de regiões pobres de São Paulo em que afirmam que a política habitacional do tucano não beneficia os mais pobres e que as casas entregues têm problemas estruturais.

Coincidentemente, o candidato tucano dedicou seu programa a falar do setor habitacional. Repetiu o número de 225 mil unidades construídas e comparou a média salarial das famílias atendidas em seu governo em São Paulo --segundo ele, de até 3 salários mínimos-- e das incluídas nos programas de casa própria da Caixa Econômica --mais de 5 salários.

Além dos números, Alckmin prometeu mudar a política da Caixa, para atender as camadas mais pobres da população, investir na urbanização de favelas e ressaltou que as obras do setor habitacional são uma estratégia eficaz de geração de emprego.

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