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18/10/2006
-
13h11
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, condenou hoje a possibilidade de reeleição. Segundo ele, a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --candidato do PT-- irá antecipar a campanha eleitoral de 2010.
"Se o Lula for reeleito, [o governo] acaba antes de começar. Já começa no dia seguinte a discutir [a eleição de] 2010. Para que perder tempo", afirmou ele hoje em debate com integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O tucano criticou a reeleição. "A nossa proposta é de mudança. Já fui reeleito e a reeleição é um pouquinho mais do mesmo."
A reeleição foi aprovada em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao criticar a reeleição, Alckmin acena para os governadores eleitos Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), prováveis candidatos à vaga de candidato a presidente pelo partido em 2010.
Antes do debate com Alckmin, o presidente da OAB, Roberto Busato, disse que considerava "contraditório" o argumento apresentado por Lula para não comparecer ao debate que a entidade realizaria com o candidato petista nesta semana. Em carta enviada à OAB, Lula lamentou que o debate não tenha sido marcado no primeiro turno, quando o presidente alega que teria comparecido.
"O presidente Lula não participou dos debates no primeiro turno, disse que a oportunidade seria no segundo turno, por isso ele foi convidado agora. Os motivos do candidato foram contraditórios", disse Busato.
"O clima não é bom e isso parte dos dois lados. Os dois candidatos apresentam um discurso igual, o que nos preocupa. Não podemos partir para uma divisão do país. Na última eleição, tivemos um clima saudável, mas agora vemos uma divisão que não faz parte do contexto histórico do povo brasileiro", criticou Busato.
Despetização
Alckmin criticou hoje o que chamou de "privatização do Estado brasileiro" pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o tucano, o PT e os aliados aparelharam o Estado brasileiro com cargos de confiança. Ele prometeu extinguir os cargos, caso seja eleito.
"Vou despetizar o governo. Houve privatização do Estado, mas vou prestigiar funcionários de carreira", disse ele, durante sabatina na sede da OAB.
Alckmin se comprometeu a reduzir o número de medidas provisórias editadas pelo governo federal. Ele também reiterou ser contrário ao mandato de 5 anos para os cargos majoritários.
"Ou passamos todos os mandatos para 5 anos, ou vamos ter eleições todo ano. Em 4 anos, se trabalhar bem, desde o primeiro dia, dá para fazer um bom mandato", afirmou.
Pesquisas
Sobre a última pesquisa Datafolha, Alckmin disse que vai conseguir reverter a vantagem do adversário petista, às vésperas da votação de segundo turno.
"Vamos chega lá e ganhar a eleição. As nossas pesquisas internas mostram o contrário, que a diferença esta diminuindo. A decisão de voto é fruto de amadurecimento, que vai aumentando a medida em que se chega perto da data da eleição", disse ele.
Alckmin rebateu o discurso dos governistas, que "insinuam" a intenção do tucano de privatizar grandes estatais. Ele defendeu a venda de estatais no governo Fernando Henrique Cardoso e disse que o discurso da oposição é eleitoreiro.
"Isso é para ganhar voto. Tanto fizemos avanços, que o governo não reestatizou nenhuma empresa. É uma visão atrasada, de que não tem projeto e quer tirar a corrupção do foco", disse ele.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Alckmin diz que reeleição de Lula antecipa campanha de 2010
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da Folha Online, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, condenou hoje a possibilidade de reeleição. Segundo ele, a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --candidato do PT-- irá antecipar a campanha eleitoral de 2010.
"Se o Lula for reeleito, [o governo] acaba antes de começar. Já começa no dia seguinte a discutir [a eleição de] 2010. Para que perder tempo", afirmou ele hoje em debate com integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O tucano criticou a reeleição. "A nossa proposta é de mudança. Já fui reeleito e a reeleição é um pouquinho mais do mesmo."
A reeleição foi aprovada em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao criticar a reeleição, Alckmin acena para os governadores eleitos Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), prováveis candidatos à vaga de candidato a presidente pelo partido em 2010.
Antes do debate com Alckmin, o presidente da OAB, Roberto Busato, disse que considerava "contraditório" o argumento apresentado por Lula para não comparecer ao debate que a entidade realizaria com o candidato petista nesta semana. Em carta enviada à OAB, Lula lamentou que o debate não tenha sido marcado no primeiro turno, quando o presidente alega que teria comparecido.
"O presidente Lula não participou dos debates no primeiro turno, disse que a oportunidade seria no segundo turno, por isso ele foi convidado agora. Os motivos do candidato foram contraditórios", disse Busato.
"O clima não é bom e isso parte dos dois lados. Os dois candidatos apresentam um discurso igual, o que nos preocupa. Não podemos partir para uma divisão do país. Na última eleição, tivemos um clima saudável, mas agora vemos uma divisão que não faz parte do contexto histórico do povo brasileiro", criticou Busato.
Despetização
Alckmin criticou hoje o que chamou de "privatização do Estado brasileiro" pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o tucano, o PT e os aliados aparelharam o Estado brasileiro com cargos de confiança. Ele prometeu extinguir os cargos, caso seja eleito.
"Vou despetizar o governo. Houve privatização do Estado, mas vou prestigiar funcionários de carreira", disse ele, durante sabatina na sede da OAB.
Alckmin se comprometeu a reduzir o número de medidas provisórias editadas pelo governo federal. Ele também reiterou ser contrário ao mandato de 5 anos para os cargos majoritários.
"Ou passamos todos os mandatos para 5 anos, ou vamos ter eleições todo ano. Em 4 anos, se trabalhar bem, desde o primeiro dia, dá para fazer um bom mandato", afirmou.
Pesquisas
Sobre a última pesquisa Datafolha, Alckmin disse que vai conseguir reverter a vantagem do adversário petista, às vésperas da votação de segundo turno.
"Vamos chega lá e ganhar a eleição. As nossas pesquisas internas mostram o contrário, que a diferença esta diminuindo. A decisão de voto é fruto de amadurecimento, que vai aumentando a medida em que se chega perto da data da eleição", disse ele.
Alckmin rebateu o discurso dos governistas, que "insinuam" a intenção do tucano de privatizar grandes estatais. Ele defendeu a venda de estatais no governo Fernando Henrique Cardoso e disse que o discurso da oposição é eleitoreiro.
"Isso é para ganhar voto. Tanto fizemos avanços, que o governo não reestatizou nenhuma empresa. É uma visão atrasada, de que não tem projeto e quer tirar a corrupção do foco", disse ele.
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