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18/10/2006
-
17h37
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) acusou hoje o adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin, de assumir seu "lado Pinochet" em referência ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Tarso criticou a declaração de Alckmin que se Lula vencer a eleição não conseguirá governar.
Para Tarso, a afirmação também revela um lado conservador do candidato tucano. "[Alckmin] está demonstrando seu lado mais perigoso, que é o lado Pinochet. Essa ameaça de dizer que o governo não vai começar, um governo que será eleito democraticamente pela população, revela um lado mais Opus Dei do que republicano [do tucano]", disse o ministro.
O comentário de Alckmin foi feito pela manhã em sabatina na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O candidato se referia às denúncias que atingem o governo, quando disse que "se o Lula for reeleito [o governo] acaba antes de começar e [o país] já começa, no dia seguinte, a discutir 2010".
Segundo Tarso, se Alckmin for eleito, o PT terá outra postura. "Nós achamos que, seja quem for o eleito, vai governar com legitimidade. É assim que se comporta na República e na democracia e não fazendo ameaças e bravatas sobre as instituições", disse.
Privatizações
O ministro voltou a insinuar que se Alckmin for eleito fará privatizações. Uma prova disso, segundo Tarso, é que o candidato já anunciou que sua primeira medida será vender o Aerolula.
"No debate que ocorreu na Band ele demonstrou seu lado vendedor dizendo que iria privatizar o avião da República", alfinetou.
Apesar das críticas, o ministro reconheceu hoje que a privatização do setor de telefonia foi importante para o país. "O resultado da privatização da telefonia foi positivo, barateou o telefone e mais pessoas puderam ter acesso. Não estou avaliando se deveria ou não ter sido privatizado. O que não concordamos é com o processo de privatização selvagem que ocorreu durante os oito anos do governo tucano."
O ministro acusou o governo FHC de usar mal o dinheiro captado com as privatizações. "Eles privatizaram o ativo de U$ 100 bilhões para pagar dividas e a divida triplicou. Ou seja, ficou demonstrado que essa política foi irresponsável e uma política completamente contrária ao interesse do país", disse.
Despetizar
Tarso também rebateu as críticas de Alckmin de que o presidente Lula aparelhou o governo e que, se eleito, vai "despetizar" a administração pública. "Essa visão de despetizar não tem significado técnico nem político. É uma mera disputa eleitoreira. Não só o PT nomeou menos cargos de confiança do que eles, como também permanecem no governo vários cargos de confiança originários do governo anterior."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Tarso Genro diz que Alckmin mostrou hoje seu "lado Pinochet"
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) acusou hoje o adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin, de assumir seu "lado Pinochet" em referência ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Tarso criticou a declaração de Alckmin que se Lula vencer a eleição não conseguirá governar.
Para Tarso, a afirmação também revela um lado conservador do candidato tucano. "[Alckmin] está demonstrando seu lado mais perigoso, que é o lado Pinochet. Essa ameaça de dizer que o governo não vai começar, um governo que será eleito democraticamente pela população, revela um lado mais Opus Dei do que republicano [do tucano]", disse o ministro.
O comentário de Alckmin foi feito pela manhã em sabatina na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O candidato se referia às denúncias que atingem o governo, quando disse que "se o Lula for reeleito [o governo] acaba antes de começar e [o país] já começa, no dia seguinte, a discutir 2010".
Segundo Tarso, se Alckmin for eleito, o PT terá outra postura. "Nós achamos que, seja quem for o eleito, vai governar com legitimidade. É assim que se comporta na República e na democracia e não fazendo ameaças e bravatas sobre as instituições", disse.
Privatizações
O ministro voltou a insinuar que se Alckmin for eleito fará privatizações. Uma prova disso, segundo Tarso, é que o candidato já anunciou que sua primeira medida será vender o Aerolula.
"No debate que ocorreu na Band ele demonstrou seu lado vendedor dizendo que iria privatizar o avião da República", alfinetou.
Apesar das críticas, o ministro reconheceu hoje que a privatização do setor de telefonia foi importante para o país. "O resultado da privatização da telefonia foi positivo, barateou o telefone e mais pessoas puderam ter acesso. Não estou avaliando se deveria ou não ter sido privatizado. O que não concordamos é com o processo de privatização selvagem que ocorreu durante os oito anos do governo tucano."
O ministro acusou o governo FHC de usar mal o dinheiro captado com as privatizações. "Eles privatizaram o ativo de U$ 100 bilhões para pagar dividas e a divida triplicou. Ou seja, ficou demonstrado que essa política foi irresponsável e uma política completamente contrária ao interesse do país", disse.
Despetizar
Tarso também rebateu as críticas de Alckmin de que o presidente Lula aparelhou o governo e que, se eleito, vai "despetizar" a administração pública. "Essa visão de despetizar não tem significado técnico nem político. É uma mera disputa eleitoreira. Não só o PT nomeou menos cargos de confiança do que eles, como também permanecem no governo vários cargos de confiança originários do governo anterior."
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