Publicidade
Publicidade
18/10/2006
-
20h32
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O TCU (Tribunal de Contas da União) deve concluir até a próxima quarta-feira o relatório parcial sobre os gastos do governo com o cartão corporativo do Palácio do Planalto. A informação foi dada pelo ministro Ubiratan Aguiar, responsável pela auditoria no TCU que investiga o uso dos cartões de crédito pelo governo para parlamentares da oposição que estiveram reunidos com ele hoje para buscar mais informações sobre o assunto.
Segundo o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), o TCU teria identificado a utilização de notas frias para justificar gastos com os cartões. "Várias notas frias foram compradas para calçar as despesas com o cartão de crédito do presidente", afirmou.
O deputado acusou as "pessoas que operam os cartões no Palácio" pelas irregularidades. A oposição, porém, deixou o encontro sem informações sobre os gastos pessoais do presidente e de seus familiares com os cartões de crédito. Um decreto proibiu a divulgação destes dados, sob a alegação de tratam-se de informações de segurança nacional que devem ser mantidas sob sigilo.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que acompanhou a comitiva ao TCU, disse que vai recorrer à Advocacia do Senado para derrubar o decreto. "Um técnico do Senado estava analisando os dados dos cartões e quando chegou próximo ao presidente da República o decreto foi editado. O governo montou uma operação para proteger esses documentos, mas vamos tentar remover estes obstáculos", disse.
A oposição aposta que a conclusão da auditoria apontará mais um escândalo do governo Lula e por isso foi ao TCU para tentar acelerar a investigação a tempo de ser divulgada antes do segundo turno. Mas saiu do encontro desanimada.
"Só acredito em informação sobre os gastos do presidente e da sua família se a oposição vencer a eleição. Caso contrário, eles vão continuar negando. Acho que é por isso que querem tanto vencer a eleição, para esconder esse grande escândalo", disse Dias.
Cartilhas
A oposição também buscou informações sobre o chamado escândalo das cartilhas. Uma auditoria do TCU identificou desvio de R$ 11 milhões da Secom (Secretaria de Comunicação do governo). O dinheiro saiu dos cofres públicos para a confecção de material de propaganda do governo, mas não há provas de que as cartilhas foram compradas.
O ministro Ubiratan Aguiar informou aos oposicionistas que uma cópia do seu relatório foi encaminhada ao deputado Júlio Redecker (PSDB-RS). "Vamos analisar o documento e verificar o que podemos fazer", disse Dias.
Uma das propostas é analisar o documento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. O TCU está em fase de análise da defesa dos envolvidos, entre eles está o ex-ministro Luiz Gushiken. Ele nega as acusações.
Além de Aleluia e Álvaro Dias, também foram ao TCU os deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR), Júlio Semeghini (PSDB-SP) e Ricardo Barros (PP-PR).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre cartões corporativos
Leia o que já foi publicado sobre o caso das cartilhas
TCU deve concluir investigação parcial sobre cartões corporativos na quarta
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O TCU (Tribunal de Contas da União) deve concluir até a próxima quarta-feira o relatório parcial sobre os gastos do governo com o cartão corporativo do Palácio do Planalto. A informação foi dada pelo ministro Ubiratan Aguiar, responsável pela auditoria no TCU que investiga o uso dos cartões de crédito pelo governo para parlamentares da oposição que estiveram reunidos com ele hoje para buscar mais informações sobre o assunto.
Segundo o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), o TCU teria identificado a utilização de notas frias para justificar gastos com os cartões. "Várias notas frias foram compradas para calçar as despesas com o cartão de crédito do presidente", afirmou.
O deputado acusou as "pessoas que operam os cartões no Palácio" pelas irregularidades. A oposição, porém, deixou o encontro sem informações sobre os gastos pessoais do presidente e de seus familiares com os cartões de crédito. Um decreto proibiu a divulgação destes dados, sob a alegação de tratam-se de informações de segurança nacional que devem ser mantidas sob sigilo.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que acompanhou a comitiva ao TCU, disse que vai recorrer à Advocacia do Senado para derrubar o decreto. "Um técnico do Senado estava analisando os dados dos cartões e quando chegou próximo ao presidente da República o decreto foi editado. O governo montou uma operação para proteger esses documentos, mas vamos tentar remover estes obstáculos", disse.
A oposição aposta que a conclusão da auditoria apontará mais um escândalo do governo Lula e por isso foi ao TCU para tentar acelerar a investigação a tempo de ser divulgada antes do segundo turno. Mas saiu do encontro desanimada.
"Só acredito em informação sobre os gastos do presidente e da sua família se a oposição vencer a eleição. Caso contrário, eles vão continuar negando. Acho que é por isso que querem tanto vencer a eleição, para esconder esse grande escândalo", disse Dias.
Cartilhas
A oposição também buscou informações sobre o chamado escândalo das cartilhas. Uma auditoria do TCU identificou desvio de R$ 11 milhões da Secom (Secretaria de Comunicação do governo). O dinheiro saiu dos cofres públicos para a confecção de material de propaganda do governo, mas não há provas de que as cartilhas foram compradas.
O ministro Ubiratan Aguiar informou aos oposicionistas que uma cópia do seu relatório foi encaminhada ao deputado Júlio Redecker (PSDB-RS). "Vamos analisar o documento e verificar o que podemos fazer", disse Dias.
Uma das propostas é analisar o documento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. O TCU está em fase de análise da defesa dos envolvidos, entre eles está o ex-ministro Luiz Gushiken. Ele nega as acusações.
Além de Aleluia e Álvaro Dias, também foram ao TCU os deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR), Júlio Semeghini (PSDB-SP) e Ricardo Barros (PP-PR).
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice