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19/10/2006
-
11h55
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou nesta quinta-feira o PSDB e o PFL de serem preconceituosos com relação aos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobretudo os da região Nordeste. Segundo Aldo, os dois partidos, que sustentam a candidatura do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), tratam o Nordeste "como os colonizadores britânicos tratavam as colônias africanas".
O comentário do presidente da Câmara foi em resposta a avaliação do líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), de que a candidatura de Alckmin ainda não decolou --como indicam as pesquisas-- porque as pessoas não estão assistindo ao programa eleitoral, indicando que votam no Lula porque não tem informação.
"É uma manifestação de preconceito contra uma parte do eleitorado brasileiro que vota no presidente Lula. Os tucanos e o PFL acham que só os eleitores deles são esclarecidos, são bem informados. Os tucanos não são administradores ingleses nem o Nordeste é uma colônia africana", criticou.
Aldo cobrou dos tucanos mais respeito com o eleitorado. "Eles precisam aprender a respeitar todos os eleitores brasileiros. Eleitor do presidente Lula, do presidente Alckmin, eleitor com doutorado honoris causa, eleitor que apenas sabe assinar o nome, são todos brasileiros. Partir da idéia de que o eleitor bem informado vota no Alckmin e o desinformado, o que recebe Bolsa Família, vota no Lula, é uma visão muito elitista", afirmou.
Outro lado
Rodrigo Maia disse que as afirmações do presidente da Câmara fazem parte do "terrorismo eleitoral" que a campanha do presidente Lula tenta estabelecer no país. Ele justificou que, na sua avaliação, não estava embutido nenhum preconceito aos nordestinos, até porque ele se referia aos eleitores do Paraná e Rio de Janeiro que, segundo as pesquisas, não estão acompanhando o programa eleitoral. E ressaltou que o PFL governa quatro Estados no Nordeste: Sergipe, Bahia, Pernambuco e Maranhão.
"Disse apenas que as pessoas ainda não estão demonstrando interesse pelo processo eleitoral, o que tende a mudar com a proximidade da eleição. Foi o que ocorreu no primeiro turno quando Lula e Aldo achavam que o presidente iria se reeleger. O mesmo vai ocorrer agora no segundo turno", disse.
O líder pefelista acusou Aldo de estar sendo orientado para repetir um discurso "pré-elaborado" numa tentativa de dividir o Brasil. "De manhã alguém liga para ele e dá as ordens do que deve dizer durante o dia. Ele, como presidente da Câmara, deveria se interessar em dizer de onde veio o dinheiro do dossiê. E ele sabe dessa informação pelo cargo que ocupa e por sua proximidade com o presidente", afirmou.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Aldo acusa PSDB e PFL de agirem como colonizadores britânicos
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou nesta quinta-feira o PSDB e o PFL de serem preconceituosos com relação aos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobretudo os da região Nordeste. Segundo Aldo, os dois partidos, que sustentam a candidatura do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), tratam o Nordeste "como os colonizadores britânicos tratavam as colônias africanas".
O comentário do presidente da Câmara foi em resposta a avaliação do líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), de que a candidatura de Alckmin ainda não decolou --como indicam as pesquisas-- porque as pessoas não estão assistindo ao programa eleitoral, indicando que votam no Lula porque não tem informação.
"É uma manifestação de preconceito contra uma parte do eleitorado brasileiro que vota no presidente Lula. Os tucanos e o PFL acham que só os eleitores deles são esclarecidos, são bem informados. Os tucanos não são administradores ingleses nem o Nordeste é uma colônia africana", criticou.
Aldo cobrou dos tucanos mais respeito com o eleitorado. "Eles precisam aprender a respeitar todos os eleitores brasileiros. Eleitor do presidente Lula, do presidente Alckmin, eleitor com doutorado honoris causa, eleitor que apenas sabe assinar o nome, são todos brasileiros. Partir da idéia de que o eleitor bem informado vota no Alckmin e o desinformado, o que recebe Bolsa Família, vota no Lula, é uma visão muito elitista", afirmou.
Outro lado
Rodrigo Maia disse que as afirmações do presidente da Câmara fazem parte do "terrorismo eleitoral" que a campanha do presidente Lula tenta estabelecer no país. Ele justificou que, na sua avaliação, não estava embutido nenhum preconceito aos nordestinos, até porque ele se referia aos eleitores do Paraná e Rio de Janeiro que, segundo as pesquisas, não estão acompanhando o programa eleitoral. E ressaltou que o PFL governa quatro Estados no Nordeste: Sergipe, Bahia, Pernambuco e Maranhão.
"Disse apenas que as pessoas ainda não estão demonstrando interesse pelo processo eleitoral, o que tende a mudar com a proximidade da eleição. Foi o que ocorreu no primeiro turno quando Lula e Aldo achavam que o presidente iria se reeleger. O mesmo vai ocorrer agora no segundo turno", disse.
O líder pefelista acusou Aldo de estar sendo orientado para repetir um discurso "pré-elaborado" numa tentativa de dividir o Brasil. "De manhã alguém liga para ele e dá as ordens do que deve dizer durante o dia. Ele, como presidente da Câmara, deveria se interessar em dizer de onde veio o dinheiro do dossiê. E ele sabe dessa informação pelo cargo que ocupa e por sua proximidade com o presidente", afirmou.
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