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19/10/2006
-
19h30
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas recebeu informações que parte dos US$ 248 mil que seriam usados na compra do dossiê antitucano podem ter chegado às mãos do petista Jorge Lorenzetti por meio de uma corretora de câmbio de Florianópolis (SC) --cidade onde mora o ex-coordenador do núcleo de informações da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.
Segundo o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), a corretora Centauros teria recebido US$ 150 mil da corretora Action --que negociou o montante original de dólares com o banco Sofisa, de São Paulo. Jungmann afirmou, no entanto, que a PF ainda não tem elementos para confirmar a veracidade da operação.
"O delegado [Diógenes Curado] me disse que não poderia afirmar nem negar porque, no momento da investigação, isso seria passar informações que não são convenientes para o andamento da investigação", afirmou o deputado.
Os US$ 248 mil foram apreendidos com o petista Valdebran Padilha e com o ex-agente da PF Gedimar Passos em um hotel em São Paulo. A soma total em dólares e reais apreendida pela Polícia Federal para a compra do dossiê é de R$ 1,75 milhão.
O dinheiro seria usado para pagar Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, pela entrega de um dossiê contra o candidato ao governo do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB). Lorenzetti é acusado de ser um dos intermediários para a compra do dossiê.
A PF já tem informações de que os dólares entraram no Brasil de forma legal a pedido do banco Sofisa, que, por sua vez, revendeu os valores para 20 corretoras de câmbio.
Relatório
O vice-presidente da CPI confirmou que um técnico da comissão já seguiu para Cuiabá (MT) onde deve receber, nesta sexta-feira, cópia do relatório parcial da PF sobre as investigações da compra do dossiê. Segundo Jungmann, os membros da CPI vão analisar o relatório em busca de novas informações sobre o dossiegate.
"O delegado [Diógenes Curado] disse que está otimista para avançar de forma contundente no rastreamento do dinheiro", afirmou.
O deputado afirmou, ainda, que a comissão vai solicitar formalmente ao delegado a quebra do sigilo bancário de Hamilton Lacerda, acusado de repassar o dinheiro para a compra do dossiê a Gedimar e Valdebran. Lacerda é ex-coordenador de imprensa da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo.
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CPI quer investigar possível elo entre dólares do dossiê e Lorenzetti
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas recebeu informações que parte dos US$ 248 mil que seriam usados na compra do dossiê antitucano podem ter chegado às mãos do petista Jorge Lorenzetti por meio de uma corretora de câmbio de Florianópolis (SC) --cidade onde mora o ex-coordenador do núcleo de informações da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.
Segundo o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), a corretora Centauros teria recebido US$ 150 mil da corretora Action --que negociou o montante original de dólares com o banco Sofisa, de São Paulo. Jungmann afirmou, no entanto, que a PF ainda não tem elementos para confirmar a veracidade da operação.
"O delegado [Diógenes Curado] me disse que não poderia afirmar nem negar porque, no momento da investigação, isso seria passar informações que não são convenientes para o andamento da investigação", afirmou o deputado.
Os US$ 248 mil foram apreendidos com o petista Valdebran Padilha e com o ex-agente da PF Gedimar Passos em um hotel em São Paulo. A soma total em dólares e reais apreendida pela Polícia Federal para a compra do dossiê é de R$ 1,75 milhão.
O dinheiro seria usado para pagar Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, pela entrega de um dossiê contra o candidato ao governo do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB). Lorenzetti é acusado de ser um dos intermediários para a compra do dossiê.
A PF já tem informações de que os dólares entraram no Brasil de forma legal a pedido do banco Sofisa, que, por sua vez, revendeu os valores para 20 corretoras de câmbio.
Relatório
O vice-presidente da CPI confirmou que um técnico da comissão já seguiu para Cuiabá (MT) onde deve receber, nesta sexta-feira, cópia do relatório parcial da PF sobre as investigações da compra do dossiê. Segundo Jungmann, os membros da CPI vão analisar o relatório em busca de novas informações sobre o dossiegate.
"O delegado [Diógenes Curado] disse que está otimista para avançar de forma contundente no rastreamento do dinheiro", afirmou.
O deputado afirmou, ainda, que a comissão vai solicitar formalmente ao delegado a quebra do sigilo bancário de Hamilton Lacerda, acusado de repassar o dinheiro para a compra do dossiê a Gedimar e Valdebran. Lacerda é ex-coordenador de imprensa da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo.
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